PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Sociedade

Feridos em redes de pesca, golfinhos estão a morrer nas nossas praias

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Junho 18, 2023
em Sociedade
0
Feridos em redes de pesca, golfinhos estão a morrer nas nossas praias
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Domingo, dia 4 de Junho. Apesar dos esforços de populares, que tentaram devolver um golfinho ao mar, o animal acabaria por morrer, na Praia de Paredes de Vitória, no concelho de Alcobaça. No dia anterior, outro cetáceo tinha sido encontrado morto, na praia a sul do pontão da Nazaré. Dia 19 de Maio, outro animal foi descoberto, em elevado estado de decomposição, entre as praias do Osso da Baleia e Leirosa.

Marisa Ferreira é uma das coordenadoras da Rede Regional de Arrojamentos do Norte, que intervém desde Peniche até Caminha. Em 2022, ao longo desta extensão de praias, a Rede Regional de Arrojamentos do Norte registou 263 arrojamentos, 71% dos quais motivados por captura acidental.

Destas 263 ocorrências, 257 disseram respeito a cetáceos, cinco a tartarugas marinhas e também a uma foca. Só este ano, até dia 9 de Junho, esta entidade registou mais 124 arrojamentos, nove dos quais na costa do concelho de Leiria, cinco nas praias de Alcobaça, oito em Peniche e um em Pombal.

Contactada directamente pela população [LER_MAIS]ou pela Polícia Marítima, a Rede Regional de Arrojamentos do Norte regista as ocorrências e encaminha os animais para reabilitação ou para autópsia, para dois pólos diferentes.

Ao Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, no edifício Ecomare, na Universidade de Aveiro, chegam animais vivos, para receber assistência, também cadáveres, para autopsiar e estudar. No pólo de Quiaios, da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem, são recebidos apenas animais mortos.

Dependendo das situações, os cadáveres também podem ser entregues aos serviços das autarquias, que os encaminham para aterros ou para incineração, explica Marisa Ferreira.

A maioria dos cetáceos que arrojam na região são golfinhos e botos, sendo que estes últimos estão em perigo de extinção, salienta Marisa Ferreira. Só uma “ínfima percentagem” destes animais dá à costa com vida, refere a coordenadora da Rede Regional de Arrojamentos do Norte, explicando que a captura acidental, em artes de pesca, é a principal causa de morte.

A coordenadora salienta a importância de se fazerem vários estudos e encontrarem várias soluções para mitigar o problema. Já existem dispositivos que podem ser colocados nas redes, que emitem sinais sonoros capazes de alertar os cetáceos para a presença das redes, exemplifica. Mas as artes de pesca são muitas e os dispositivos são sistemas caros, observa a coordenadora.

EStes acidentes também não agradam aos pescadores, acredita a responsável. Não só porque se perdem animais, mas também porque se danificam artes de pesca, causando prejuízos.

O número de arrojamentos não parece ter aumentado este ano. No entanto, sublinha Marisa Ferreira, não deixa de ser “uma mortalidade considerável”. Mergulhador, ambientalista e membro do grupo Guardiões do Mar, Alcobaça e Nazaré, António Lemos já encontrou vários cetáceos no areal, o último foi um golfinho comum, juvenil, que viu dia 3 de Junho, na Nazaré.

Para situações em que o mar não está agitado e estes animais surgem mortos, com ferimentos, como aconteceu agora, António Lemos tem duas suposições. “Ou os animais ficam presos nas redes de pesca ou se magoam enquanto brincam, junto às embarcações”.

Frequentes durante este Inverno foram também as mortes de aves, como os gansos patolas e os papagaios do mar, relata o ambientalista. Mas, nestes casos, talvez tenha sido o mar agitado que as impediu de pescar, levando as aves a morrer de fome, justifica António Lemos.

O início do ano não foi um mês fácil, explica também ao nosso jornal Afonso Castanheira, presidente da Mestres do Oceano, associação ambiental constituída em 2022 em Peniche. Nessa altura, foram muitas as aves que arrojaram naquela região, devido ao mau tempo, que pode ter limitado a caça, mas também às alterações climáticas, que influenciam as rotas migratórias dos peixes que elas comem.

Nos últimos tempos têm sido mais escassas as ocorrências deste tipo, porque as aves estão migradas no Norte de Europa. Ainda assim, têm arrojado algumas gaivotas. Afonso Castanheira acredita que podem estar a ingerir algas vermelhas, uma “praga” com elevada toxicidade, ou também derivados de petróleo, que encontram em embalagens, à tona do mar, e que se abrem.

Nesta zona sul, o último arrojamento de um golfinho aconteceu a 18 de Abril. Mas é a história de um outro cetáceo que tem vindo agora a captar a atenção da associação. Trata-se de um roaz adulto, de cerca de três metros, que pode ter sido expulso do grupo e que escolheu ficar no Porto de Peniche, que é zona de água suja, mas protegida, onde o golfinho está bem, expõe Afonso Castanheira. A associação tem vindo a acompanhá- lo, solicitando à população que “não o incomode nem stresse”.

“Muitos cetáceos arrojam com marcas de corte. É preciso trabalhar na simbiose entre pescadores e golfinhos e em Portugal não existe muito essa educação”, lamenta.

João Paulo Delgado, presidente da Mútua de Pescadores, reconhece que, “acidentalmente, uma vez por outra”, acontecem acidentes com golfinhos, quando as redes são colocadas a pouca profundidade. Mas demarca-se de “discursos fundamentalistas”, salientando que muitos arrojam por “fenómenos naturais e desorientação”.

Etiquetas: ambientearrojamentosgolfinhospescasociedade
Previous Post

Esquininhas. Seis horas de concertos nas ruas da Nazaré

Próxima publicação

Fonte

Próxima publicação

Fonte

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Publicidade Edição Impressa
  • Publicidade Online
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.