Diz, com indisfarçável orgulho, que em todos os concursos em que participou trouxe “sempre” primeiros lugares. E, desde 2012, quando se iniciou nas competições de ornitologia, já foram muitos os títulos conquistados por Fernando Vieira em provas nacionais e internacionais. Entre os prémios arrecadados estão seis títulos de campeão do mundo, três segundos e dois terceiros lugares em mundiais.
Depois de um interregno provocado pela pandemia, o criador, residente em Serro Ventoso, Porto de Mós, voltou às competições este fim-de-semana e regressou com vários prémios, entre os quais dois primeiros lugares (um individual e outro colectivo) e uma segunda posição na edição deste ano da Avixira – Exposição Internacional Ornitológica de Vila Franca de Xira, que teve 4.250 aves inscritas. A
paixão de Fernando Vieira pelas aves começou há cerca de 25 anos, primeiro com os canários, caturras e roseicollis. Depois, desistiu destas espécies e passou a dedicar-se em exclusivo aos papagaios.
Conta que o interesse pela ornitologia surgiu por influência de amigos, que lhe foram mostrando o mundo das aves e que o incentivaram a entrar em competições. [LER_MAIS]A primeira participação aconteceu em 2012 num campeonato do mundo e revelou-se uma estreia em grande, com a conquista de um primeiro lugar.
“Nessa noite não preguei olho”, recorda o criador, que viria a revalidar o título de campeão mundial em 2019. Fernando Vieira tem actualmente 25 papagaios, que são o seu hobbie.
“Depois de um dia de trabalho [é sapador florestal], o contacto com aves ajuda a desanuviar”, diz o criador , que, entretanto, já passou a paixão pelas aves à filha mais velha, Maria Vieira, também ela criadora federada, mas ainda à espera de poder entrar em concurso.
“Só posso concorrer quando tiver crias das minhas aves, para lhes colocar a anilha”, explica a jovem, que acompanha, “com orgulho e entusiasmo”, os feitos do pai como criador. O mais difícil, revela, é quando se desfazem das aves, muitas delas alimentadas à mão durante as primeiras semanas de vida. Esse sentimento de “tristeza” acaba, no entanto, compensado por saber que alguém irá beneficiar da companhia da ave.