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Home Desporto

Ferro, suor e tupperwares de pescada

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Agosto 29, 2018
em Desporto
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Ferro, suor e tupperwares de pescada
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É quase improvável cruzar-se com ele na rua e não reparar no volume dos seus braços. Mas o que o muitos não saberão é que, maior do que os seus músculos é o tamanho da sua determinação. Pedro Jesus, programador de moldes natural da Marinha Grande, tem 37 anos e compete há quatro em provas de culturismo. Pesa actualmente 93 quilos, sensivelmente mais 30 do que quando começou a frequentar ginásios.

Pedro sempre foi magrinho e admite que essa condição física era motivo para uma baixa auto-estima. Há nove anos, quando uma lesão o impediu de jogar futebol, Pedro foi aconselhado a frequentar ginásio, para ultrapassar o problema que tinha na perna. E foi nessa altura que, ao ver os resultados dos treinos reflectidos no espelho, Pedro se apaixonou pelo culto da sua imagem. E mais ainda quando, há cerca de quatro anos, juntou aos treinos um plano de dieta alimentar. Os resultados melhoraram substancialmente e Pedro Jesus tornou- se atleta de competição, na categoria de culturismo clássico.

E o que quer isso dizer afinal? O objectivo do culturismo é melhorar a estética do corpo, através da utilização de pesos, de halteres e de máquinas. Ou seja, o essencial é trabalhar o corpo, dando-lhe formas e proporções harmoniosas. Parece simples, mas não é, explica Pedro Jesus. Isto porque nem só o treino é exigente. Também a dieta alimentar, que exponencia os resultados, é muitíssimo rigorosa.

“Vivo de dieta 24 horas por dia, sete dias por semana”, conta o atleta. Pedro pesa absolutamente todos os alimentos que ingere, zelando para que as quantidades sejam adequadas às suas características e objectivos pessoais.

Trata-se de uma dieta baseada em proteína, hidratos de carbono egorduras saudáveis. Isso exclui doces e bebidas alcoólicas. O atleta tem apenas uma refeição livre por semana, que usa habitualmente para matar saudades de sushi ou de hambúrguer. Mas são as semanas que antecedem as competições que exigem mais destes atletas. “Durante essas duas semanas só como proteínas, verdura e alguma gordura.

Significa que num dia faço três refeições de pescada, duas refeições de frango e duas refeições de ovos”, relata Pedro. E tão importante como o treino, intenso e regular, são os períodos obrigatórios de repouso.

Todos estes constrangimentos limitam bastante a vida social dos atletas, salienta Pedro, que muito recentemente foi a um aniversário, mas teve de levar os seus próprios tupperwares. Treinar as poses com as quais se deve apresentar em palco, nas provas, é outro grande desafio. Mas tudo se consegue quando se gosta realmente deste estilo de vida. E Pedro confessa que se vê a praticar culturismo até aos 60 ou 70 anos.

É por considerar que o culturismo é uma modalidade exigente, e que não é praticável por qualquer pessoa que não tenha motivação e grande espírito de sacrifício, que Pedro lamenta as observações frequentes, de quem está de fora, e que reduzem o culturismo à utilização de drogas. Pedro Jesus reconhece que efectivamente existe consumo de esteróides, mas não deixa de observar que a utilização de suplementos e de drogas são também prática corrente noutras modalidades, e que estas, apesar disso, não têm de conviver com o estigma sentido entre os praticantes de culturismo.

Outra questão que o faz insurgir são as campanhas de sensibilização contra a obesidade. Muito se fala de alimentação saudável, mas fica mais barato comprar um pacote de batatas fritas do que um molho de brócolos, compara o atleta.

O gordinho tornou-se campeão

Tal como Pedro Jesus, também Sérgio Rodrigues, de 29 anos, encontrou no exercício uma arma contra a baixa auto-estima. Era gordinho quando era mais novo. E foi quando se tornou militar que começou a gostar das transformações que o exercício lhe ia trazendo ao corpo. Desde então, nunca mais parou de trabalhar a imagem.

Treina regularmente desde 2009, mas foi desde 2013, à medida que adicionou dieta, suplementos alimentares e descanso, na dose certa, que Sérgio notou maiores mudanças. E quase toda a vida de Sérgio Rodrigues, de Penacova, gira agora em torno do culturismo.Até a própria namorada, Filipa Bregieiro, do Louriçal, é praticante da modalidade, salienta o atleta.

Desde a primeira competição em que participou, o culturista já fez cerca de 20 provas nacionais e internacionais. E nos concursos nacionais chegou sempre aos pódios. Na categoria de muscular physique, por exemplo, foi campeão nacional no Troféu Rui Ferreira, em Setembro, e foi ainda vice-campeão no Troféu Carlos Rebolo, que se realizou em Novembro. 

 [LER_MAIS] Além de vencer os seus próprios prémios, Sérgio trabalha hoje para que outros atletas possam vencer os seus.É online coach, pelo que dedica a sua vida profissional a prescrever dietas, a planificar treinos e suplementos.“Já levei mais de 20 atletas a competições e, além disso, também acompanho outras pessoas por questões de saúde e de bem-estar”, explica o coach. Presentemente, Sérgio está a prepara- se para a competição PowerExpo, que se realiza no próximo mês de Outubro, na Maia. 

Significa isso que, com 1,70 metros de altura e com 91 quilos de peso, e face aos resultados que pretende atingir, o atleta está a treinar cinco vezes por semana, e todos os dias faz uma sessão de cardio em jejum. Mas é em vésperas da competição que se dão as maiores transformações físicas, ou, como refere o próprio, “é em véspera de competição que a magia acontece”. 

Para isso, há um percurso duro a fazer: “primeiro cargas de água de seis a oito litros por dia, depois retiramos os hidratos de carbono para os implementar no final”. As refeições, que são todas pesadas à grama, também não variam muito: “claras de ovos de manhã e depois uma pescada com algo verde; antes do treino toma-se aveia e proteína e depois do treino come-se vaca e arroz; o jantar poderá ser peixe e alface e, antes de deitar, ingere-se caseína, uma proteína de digestão lenta”, explica Sérgio. E há vida social? Quase nada, relata o atleta. Isto porque tão importante é o treino como a fase de descanso. Por isso as saídas resumem-se a pouco mais do que um café entre amigos. 

Em fase de pré-provas, nem isso existe. Mas no seu caso, há uma companheira que também é culturista, pelo que se compreendem na perfeição.

Puro músculo no feminino

Hylla Martins tem 24 anos e começou a praticar musculação quando tinha 18 anos. Subiu ao palco para competir pela primeira vez no ano passado e está a prepara-se actualmente para uma outra prova.

Natural do Brasil e a residir em Leiria, Hylla conta que sempre olhou com admiração para as mulheres mais tonificadas que surgiam na televisão. Em Portugal, a categoria wellnesschegou aos concursos de culturismo há cerca de três anos. E foi então que a jovem, percebendo que é nessa categoria que o seu corpo melhor se enquadra, começou a ponderar a participação em provas. Adorou a experiência inicial do ano passado e, embora saiba o quão difícil é viver exclusivamente do culturismo, confessa que adoraria tornar- se profissional da modalidade.

Tal como Sérgio e Pedro, também Hylla explica que pesa absolutamente tudo o que come. “O treino envolve pesos e sessão de cardio e tenho uma alimentação muito restrita, que é cada vez mais restrita à medida que se aproximam as provas. E como de três em três horas sem falhar nenhuma refeição. E também é preciso beber muita água. No meu caso de 3,5 litros a 5 litros por dia”, relata a jovem.

E tudo isso compensa? Hylla assegura que sim. “Compensa tudo quando se pisa o palco”, salienta a atleta. outros atletas possam vencer os seus.

 

Etiquetas: culturismodesportoginásio
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