As festas em honra de Nossa Senhora da Nazaré, que estão a decorrer no Sítio de 7 de Setembro até hoje, 18 de Setembro, no Parque Atlântico, foram criticadas por parte dos vereadores do PSD e da CDU durante a última reunião de câmara.
Fátima Duarte, vereadora social- democrata, mostrou-se preocupada com as festas do Sítio, que estão a “desaparecer a olhos vistos”. A autarca perguntou ao executivo se este fez alguma reflexão para perceber por que razão são cada vez menos os feirantes, os carrosséis e as tasquinhas envolvidas, bem como as associações, que até poderiam ter nestas festividades uma forma de ganhar dinheiro para ultrapassar as dificuldades que atravessam [LER_MAIS]ao longo do ano.
Também do PSD, Edmundo Eustáquio sugeriu que a redução de participantes possa estar relacionada com o preço do terrado.
As críticas surgiram também da parte da CDU. António Caria perguntou ao executivo que avaliação faz desta edição e questionou se este evento vai ao encontro das expectativas dos vendedores ambulantes e do movimento associativo.
Walter Chicharro, presidente de câmara, recordou que o executivo socialista foi criticado em edições anteriores, precisamente pelo montante que gastou nestas festas. Lembrou que outros eventos com grande sucesso, em concelhos próximos, “têm pagamento à porta”. E recordou quando nas festas do Sítio foi cobrado um euro depois das 19 horas, nos dias de grandes concertos, iniciativa suficiente para fazer cair “o carmo e a trindade”, com contributo da oposição.
Informou que todas as associações foram convidadas a estar presentes e explicou ainda que esta aposta num cartaz de artistas locais foi a possível, quando tudo foi organizado num clima de incerteza suscitado pela pandemia.
José Caria realçou que valoriza “a prata da casa”, o que critica é que seja uma festa “pobre”.
Manuel Sequeira, vereador da Cultura, admitiu não saber como procedia a anterior organização das festas, mas lembrou que, com a câmara, esse planeamento passa por concursos públicos.
O autarca reconheceu que as festas nunca foram tão “pobres”, mas adiantou que no próximo ano terão maior investimento. Contudo, independentemente das verbas gastas, “vamos continuar contra a cartelização de preços”, garantiu.