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“Os oleiros de barro vermelho tornaram famosa a freguesia de Pedreiras no distrito de Leiria. A sua loiça está para sempre ligada à cozinha tradicional portuguesa. Onde antigamente havia uma centena de oleiros na freguesia, agora resta apenas um”, lê-se numa nota de divulgação de O Último Oleiro, que é exibido no próximo fim-de-semana em Porto de Mós.
“Marca o meu regresso à criação documental. Desde criança que cozinhar sempre foi uma da minhas maiores paixões. Lembro-me de estar na cozinha a ver a minha mãe e avó a utilizar as travessas e tachos feitos de barro vermelho. Quando fui morar para o Reino Unido, levei comigo estes utensílios tradicionais portugueses, para que a minha comida soubesse um pouco a casa. Tenho por hábito comprar os meu tachos e travessas a um oleiro muito apaixonado pelo seu trabalho numa pequena aldeia chamada Tremoceira na região de Leiria que, durante uma das minhas visitas, me disse que hoje em dia mais ninguém quer aprender a sua arte. Foi depois desta conversa que decidi que devia fazer o filme”, conta o realizador, Fábio Fino Oliveira.
Entretanto, O Último Oleiro passou por festivais internacionais, em que arrecadou várias distinções.
O documentário retrata a vida do artesão José Alves Santos, de Pedreiras, e vai ser exibido no domingo, 18 de Dezembro, às 21:30 horas, no Cine-teatro de Porto de Mós.
O Último Oleiro conta com música de Miss Cat e o Rapaz Cão featuring Joel Madeira, G. Edgar, Nuno Santos e do Rancho Folclórico das Pedreiras.
Radicado em Londres, Fábio Oliveira é natural de Santo Tirso e inspirou-se na vida e no trabalho do oleiro José Alves, residente nas Pedreiras, terra natal da esposa do realizador.
