Serão apresentados na próxima terça-feira, em Lisboa, com recurso a um protótipo demonstrador, os resultados do projecto Flexcraft – Flexible Aircraft, uma aeronave modular que permite a reconfiguração da cabina para diferentes missões.
O projecto foi desenvolvido por um consórcio que envolve a SETsa (do Grupo Iberomoldes), na Marinha Grande, a Almadesign, a Embraer, o Inegi e o IST.
A empresa da Marinha Grande foi responsável pela engenharia, desenvolvimento e produção do protótipo, explicou ao JORNAL DE LEIRIA Joaquim Menezes, presidente da Iberomoldes, adiantando que para a empresa a participação neste consórcio tem como mais valia o facto de a ajudar a especializar neste tipo de produção.
Em desenvolvimento desde 2016 (são três anos de projecto mais seis meses para a sua disseminação), consiste na construção de uma aeronave versátil, que tanto pode transportar pessoas como mercadorias, actuar em voos comerciais ou de lazer, de auxílio e de socorro.
[LER_MAIS] Consegue competir com soluções de asa rotativa e está apta para operações em pistas curtas. Tem capacidade para sete passageiros e é apresentada como “mais rápida e eficiente do que um helicóptero, de fácil operacionalidade e de baixo consumo”. É híbrida-eléctrica, tem uma autonomia de mil quilómetros e pode atingir os 400 quilómetros/hora.
O Flexcraft nasceu do projecto newFace e do conceito Utility com o objectivo de elevar de forma integrada as tecnologias críticas deste conceito – configuração, soluções de flexibilidade e processos de produção e materiais. O investimento total é de 3,2 milhões de euros, contando com um incentivo não reembolsável de 1,7 milhões.
A SETsa está também está envolvida na construção do Alice, o primeiro avião 100% eléctrico, com capacidade para nove passageiros e dois tripulantes, apresentado no ano passado no salão de Paris.