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Home Sociedade

Flexibilidade e criatividade conquistam alunos para a escola

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Outubro 14, 2017
em Sociedade
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Flexibilidade e criatividade conquistam alunos para a escola
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Uns frequentam os Cursos de Educação e Formação (CEF), outros o ensino vocacional ou os Percursos Curriculares Alternativos. Em comum, a maioria tem vontade de abandonar o ensino ou um historial de indisciplina, dificuldades em acompanhar o ensino regular ou insucesso escolar. Para acompanhar estes alunos, é necessário professores com algum perfil.

Quem lida com estes jovens assume que é um desafio aliciante e que se sente realizado quando consegue demonstrar que estes jovens também têm capacidades. “Nestas turmas há alunos tão ou até mais inteligentes que os do ensino regular. As famílias nem sempre souberam acompanhá-los da melhor forma e as vicissitudes da vida fizeram deles vítimas sociais.

Precisam apenas de se sentir apoiados por alguém que se responsabilize por eles”, refere F.S., docente de uma escola de Leiria. “É preciso saber entrar no espaço deles e tirar o melhor que têm. Não se trata de impor, mas de ir ao seu encontro e deixá-los descobrir as suas mais-valias”, acrescenta T. M., professora de uma outra escola de Leiria.

Nestes cursos, o currículo é mais flexível e prático. “Muitas vezes, estes alunos ‘só’ não gostam da escola, mas nada os impede de se tornarem adultos pro-activos e capazes. São jovens que andaram perdidos no sistema e quando lhes damos uma oportunidade ajustada acabam por fazer o 3.º ciclo”, adianta F.S. Captar a atenção destes jovens e torná-los interessados pela escola é quase uma missão impossível, que é possível vencer.

“Temos que criar empatia com estes alunos, ser um bocadinho criativos e flexíveis, desvalorizar alguns comentários e até utilizar o sentido de humor para resolver alguns conflitos. Um professor inflexível vai ter problemas com estes alunos, porque vai entrar em braço de ferro. Há que fazer respeitar-se, mas conquistando o respeito dos alunos”, aconselha F.S.

Também T.M. entende que “é preciso impor regras e mostrar que existe uma hierarquia”, mas ao mesmo tempo “saber ouvi-los e permitir uma proximidade”. “Às vezes basta dois minutos a ouvir para ganhar um miúdo.” A preocupação, segundo as docentes, é dar-lhes competências para que “saibam estar e saibam fazer”. “Mais do que dar os conteúdos, é ensinar a respeitar o outro.”

Este ano, T.M. é responsável por um apoio tutorial específico. À sua frente tem os alunos que já tiveram mais do que duas retenções no percurso escolar e a sua primeira preocupação é fazê-los entender o que estão a fazer na escola. “Tento que, através deles próprios, encontrem e percebam a utilidade da escola. Enquanto não ouvirmos as suas necessidades não chegamos a estes alunos.”

 [LER_MAIS] Também esta professora considera a “flexibilidade” e a “criatividade das aulas” para conquistar estes alunos. “As aulas continuam a ser um formato 'caixa' e a sociedade já mudou há muito. Se tivermos aulas onde tudo é 'engavetado', os alunos não têm capacidade para se expandir e eles precisam de oportunidade para mostrar o que sabem e, por vezes, até se espantam com os conhecimentos que têm”, reforça, T.M.

Valorizar o aluno
Na sua tutoria, T.M. prepara os encontros de modo a que os jovens possam falar do que sentem e pensam e desafia-os a serem os próprios a dar aulas e a se colocarem na pele do outro. “Quando percebem o quão difícil é tentar falar com os alunos a fazer barulho consciencializam-se do seu comportamento.”

Valorizar o aluno, aumentar a sua auto-estima, fazê-lo sentir imprescindível são métodos que T.M. utiliza para conquistar os jovens, que começam a ver a escola com outros olhos. F.S. explica que a “negociação” é também uma maneira de “agarrar” estes estudantes, oferecendo- lhe recompensas como uma visita de estudo em troca de um período sem ocorrências disciplinares, exemplifica.

Esta professora salienta que, quando as regras estão bem definidas, os jovens percebem as decisões dos docentes, mesmo quando lhes são desfavoráveis. “Já tive de pedir a intervenção da Escola Segura na resolução de comportamentos de risco. Apesar disso, o aluno percebeu que não havia qualquer ressentimento da minha parte e continuou a cumprimentar-me bem.”

Admitindo que é preciso ter perfil para trabalhar com estas turmas, F.S. afirma que “não há fórmulas mágicas”, mas é preciso “uma entrega à causa” e não ficar ressentido com comportamentos menos adequados dos jovens.

“Dá-se o sermão e o que passou, passou. É desgastante, sobretudo, quando temos direcções de turma em que todos os problemas nos chegam. Há que assumir um papel de mediador entre os alunos e entre estes e os outros professores.”

As docentes consideram ainda que cada caso de sucesso que reencontram no futuro é a sensação de “missão cumprida”. “Sinto-me realizada e fico feliz porque aquele trabalho que fizemos serviu-lhes para alguma coisa”, salienta T.M. T.M. lamenta ainda o fim da área de projecto, pois considera que era um espaço que permitia aos alunos darem um pouco de si.

“Os alunos precisam sentir-se necessários na escola e têm de estar envolvidos. Temos programas para dar, mas o que importa debitar matéria se depois esquecem tudo, sobretudo, estes alunos de cursos mais práticos? Temos de nos reinventar para encontrar coisas que os prendam à escola.”

E desafia ainda as escolas a terem um espaço ou oferta de escola, que permita aos alunos falar e ouviremse. “Não é falar com um psicólogo. É mais no contexto sociológico, em grupo, onde todos abordam os seus problemas, sem individualizar o caso deles.”

Etiquetas: alunoseducaçãoescolasociedade
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