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Home Opinião

Georgia O’Keeffe foi Georgia O’Keeffe

Helena Rafael, assessora de imprensa por Helena Rafael, assessora de imprensa
Dezembro 3, 2020
em Opinião
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Considerada a mãe do modernismo americano, Georgia O’Keeffe (1887-1986) viveu quase 100 anos.

Em Nova Iorque, onde foi para se tornar artista, conheceu Alfred Stieglitz, fotógrafo e galerista americano de quem se tornaria musa e amante e que a viria a promover junto da comunidade artística.

Quando Stieglitz morreu Georgia cedeu à sua grande paixão e mudou-se definitivamente para o Novo México, a paisagem que conduziu à sua afirmação artística. Sozinha, rodeada pela aridez do sudoeste americano, Georgia interiorizou a meio da sua vida a epifania que muitos de nós só tardiamente conhecemos – a de que fora afinal ela própria a pessoa que sempre procurara. O’Keeffe soube desde cedo que queria ser artista plástica.

Estudou artes mas abandonou tudo insatisfeita com o resultado dos seus trabalhos.

Em 1915, retomou os estudos e tornou-se aluna de Arthur W. Dow, especialista em Arte Oriental, um encontro que determinaria uma mudança profunda no seu estilo.

Dow fê-la valorizar a composição em detrimento da imitação e acreditar que a essência do seu trabalho residia nas suas impressões pessoais manifestadas através de uma combinação harmoniosa entre linha, cor, luz e sombra.

O’Keeffe diria mais tarde que Dow foi quem, pela primeira vez, lhe permitiu descobrir algo de seu.

Desse encontro nasceria um conjunto de desenhos a carvão que chegaria às mãos de Stieglitz.

Impressionado com a sua energia vibrante, expõe-nos na sua galeria em Nova Iorque sem o conhecimento da sua autora.

Pouco tempo demoraria até que Georgia e Alfred se conhecessem e se apaixonassem.

20 anos mais velho e casado, Stieglitz abandona tudo para ficar com O’Keeffe dando assim início a uma fecunda colaboração artística.

Stieglitz produziria um acervo assombroso de fotografias de O’Keeffe, nus belíssimos em que é retratada em toda a sua sensualidade angulosa e despojada, e O’Keeffe os seus famosos quadros de flores imbuídos de tensão erótica, e as paisagens urbanas de Nova Iorque.

Todavia apesar do crescimento artístico que experimenta, O’Keeffe percebe que a cidade não é suficiente para alimentar a sua criatividade e, na sequência de um grave esgotamento nervoso resultado da devastação provocada pelas consecutivas traições de Stieglitz, refugia-se no Novo México.

A paisagem inóspita e fendida da terra e a beleza dos ossos das carcaças dos animais do sudoeste americano que viriam a dominar a partir daí a sua obra, restituem-lhe uma pulsação ancestral e salvam-na do colapso.

Durante os verões que passa sozinha a pintar, O’Keeffe regenera-se emocional e artisticamente enquanto Stieglitz rejubila no ambiente frenético nova-iorquino. Independente mas unida ao fotógrafo por um vínculo afectivo que nunca se quebrou, Georgia O’Keeffe volta a ser Georgia O’Keeffe apesar de permanecer casada com Stieglitz até à morte dele.

Depois do funeral, Georgia passa a residir em permanência no sudoeste americano onde viverá sozinha até à deterioração da sua visão.

Os seus últimos anos são vividos ao lado de Juan Hamilton, um jovem ceramista com ambições artísticas que lhe bate à porta e que gradualmente toma conta dos seus bens alimentando nela a ilusão de que se iriam casar.

Mas apesar deste final de vida atabalhoado, o que prevalece do trajecto pessoal e artístico de Georgia O’Keeffe é, além da sua obra monumental, a independência que conquista num tempo e contexto adversos à sua afirmação como mulher e artista.

“Sempre me senti apavorada a cada momento da minha vida”, chegou a afirmar “mas nunca deixei que isso me impedisse de fazer tudo que queria fazer.” 

Etiquetas: Helena Rafaelopinião
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