O Barbatanas e o Arroz-doce são presença assídua ao largo da Nazaré. Os dois amigos fazem parte do grupo residente de golfinhos, que costuma acolher bem os turistas que cruzam as ondas em barcos semi-rídigos para os observar de perto, no seu habitat natural. Mas além destes, acredita Jorge Barroso, existem muitos outros golfinhos que atravessam esta zona da costa num fluxo migratório.
“Há golfinhos do Sado a vir jantar à Nazaré”, conta o ex-presidente de Câmara, que, com os filhos, André e Inês Barroso, constituiu a Nazaré On_da Wave.
A empresa dedica-se, entre outras actividades, à promoção de passeios para observação de golfinhos, e está a levar a cabo, em articulação com a investigadora Teresa Mouga, do Politécnico de Leiria, um projecto que envolve os turistas na identificação destes cetáceos no concelho.
Desde que arrancou, no ano passado, o projecto Ocean Senses já permitiu identificar 150 golfinhos diferentes. O objectivo é[LER_MAIS] identificar muitos mais até ao final da iniciativa, que deve terminar este ano.
“Fotografamos e comparamos as imagens, sendo que são as barbatanas que nos permitem saber se estamos na presença de um elemento novo. Nos golfinhos, as barbatanas são autênticas impressões digitais”, explica Jorge Barroso.
Este trabalho de campo, realizado pelo próprio Jorge Barroso, com o apoio dos filhos, ambos formados pela Escola Naval, e com a ajuda dos turistas, conta com o suporte técnico de uma bióloga do Politécnico de Leiria, realça o sócio- gerente da Nazaré On_da Wave. O passeio dura cerca de duas horas, 30 minutos dos quais dedicados ao avistamento de golfinhos propriamente dito.
Entre elementos mais afáveis, curiosos ou envergonhados, Jorge Barroso explica que é possível encontrar ao largo da Nazaré espécies tão diferentes como o golfinho comum, o roaz, o boto ou o riscado.