GRAP estreia-se na Taça de Portugal e quer continuar a fazer história

No próximo domingo, vai fazer- -se história no Campo da Charneca, a casa do GRAP (Grupo Recreativo Amigos da Paz), independentemente do resultado registado no final do jogo, que tem início marcado para as 17 horas.

O clube dos Pousos, Leiria, que nasceu há 78 anos por iniciativa de um grupo de amantes de chinquilho, fará a sua estreia na Taça de Portugal de futebol.

O sorteio ditou como adversário o CD Torres Novas, que, tal como o GRAP, joga na Divisão de Honra Distrital, mas de Santarém.

Na terra, a expectativa é grande e espera-se casa cheia no Campo da Charneca para ajudar equipa a continuar a fazer história. Rui Jorge, presidente do clube, prevê uma jornada equilibrada, depois de o sorteio juntar duas equipas do mesmo escalão, mas admite que o facto de o GRAP jogar perante o seu público pode dar-lhe uma “ligeira” vantagem.

“O factor casa, com o apoio dos nossos adeptos, poderá jogar a nosso favor, mas será, certamente, uma eliminatória equilibrada”, antevê o dirigente, que não esconde a ambição de ver o GRAP seguir em frente na Taça de Portugal.

“O sonho é passar duas eliminatórias, mas primeiro temos de vencer esta. Queremos ir o mais longe possível e contamos com o apoio do nosso público para continuarmos a fazer história”, confessa Rui Jorge.

O treinador, Carlos Ribeiro (Tocha), partilha dessa ambição, mas tenta aliviar a pressão da equipa. “Queremos passar a eliminatória porque entendemos que temos essa capacidade. Mas não há a obrigação de o fazermos”, afirma.

Apesar da mensagem de tranquilidade que a equipa técnica procura passar para dentro do grupo, Carlos Ribeiro reconhece que há “alguma ansiedade e expectativa, sobretudo para que domingo chegue depressa”.

 [LER_MAIS] O treinador frisa, contudo, que é “normal” que tal aconteça, face ao momento excepcional que o clube está a viver. “É uma prova na qual o GRAP nunca participou. E Taça é Taça”, nota o técnico, que fala de uma equipa “muito motivada”, não só para encarar o desafio de domingo, mas também para o campeonato.

Esta época, o GRAP vai voltar a disputar a Divisão de Honra Distrital, depois de, no ano passado, ter estado muito perto de subir aos nacionais, tendo perdido o jogo decisivo com o Peniche. Agora, a hora é da festa da Taça e nos Pousos o tempo é de sonhar.

Ambição q.b nas Caldas

Sonho e ambição q.b é também o que não falta ao Caldas Sport Clube. A equipa sensação da última edição da Taça, que deixou pelo caminho a Académica, o Arouca e o Farense, chegou às meias-finais, onde claudicou perante o Desportivo das Aves, da I Liga, que viria a vencer o troféu.

O treinador do Caldas admite que o percurso feito no ano passado traz alguma pressão ao grupo, que, no entanto, o técnico tenta aliviar. “Vivemos algo fantástico, mas está vivido. É passado. Agora, a realidade é outra. Temos novos jogadores e o grupo também não é o mesmo”, sublinha José Vala, admitindo que o feito alcançado na última época “poderá não ser irrepetível, mas é extremamente difícil” que volte a acontecer.

Para já, a equipa orientada por José Vala tem o foco no jogo da primeira eliminatória da prova, que será disputado contra o Vilafranquense (Vila Franca de Xira).

“Não tivemos um sorteio favorável. Calhou-nos uma equipa do nosso campeonato [série C do Campeonato de Portugal] e jogamos fora. Vamos fazer tudo por tudo para passar a eliminatória. Depois, é ir pensado jornada a jornada”, avança o técnico, cuja equipa vem de uma derrota (3-1) para o campeonato com o Benfica de Castelo Branco, ocupando a 11.ª posição.