Há já vários anos que o Grupo de Protecção Sicó (GPS), Organização Não Governamental do Ambiente (ONGA), que tem como objectivo a exploração, estudo, protecção e preservação das cavidades e do ambiente no Maciço de Sicó, tem alertado para o entulhamento de uma linha de água por uma das pedreiras de calcário que operam na freguesia de Pombal, embora as queixas não tenham tido resposta da parte das autoridades.
Em Dezembro, o GPS denunciou mais uma situação. Em cima do aterro que entulha a linha de água, foi construído um parque solar.
A ONGA enviou cartas a várias entidades onde dava conta de que a Sicóbrita teria construído o equipamento num espaço “fora do perímetro licenciado da pedreira”.
O parque terá sido autorizado pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), embora, segundo a autarquia, sem o necessário parecer do Município de Pombal. Existe um diferendo sobre a propriedade do espaço, entre o município e a assembleia de compartes local.
Sérgio Medeiros, do GPS, diz que, até ao dia 7 de Fevereiro, apenas a Direcção-Geral de Território respondeu ao pedido de fiscalização do GPS, “para dizer que não tem competência no assunto”.
O membro da comissão de Ambiente da ONGA recorda ser proibido, tanto o entulhamento, como a construção em cima de linhas de água.
“Estamos preocupados porque a deposição de terras e lamas resultantes da lavagem da brita está a impermeabilizar o leito da Ribeira do Vale”.
Também a autarquia fez um pedido de esclarecimento sobre a situação à Sicóbrita e à DGEG.
O JORNAL DE LEIRIA solicitou um comentário à empresa, porém, até ao fecho desta edição, não recebeu resposta.