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Medicamentos para síndrome coronária aguda, anticoagulantes para a fibrilhação auricular e fármacos e procedimentos para o tratamento de insuficiência cardíaca, hipertensão ocular, diabetes tipo II ou degenerescência macular.
Estas são algumas das áreas abrangidas pelos 15 ensaios clínicos e dois estudos observacionais com medicamentos que, neste momento, estão em curso no Centro Hospitalar de Leiria (CHL).
A nível nacional encontram-se a decorrer 382 ensaios, que envolvem 830 investidores e perto de 13 mil voluntários, de acordo com dados divulgados pelo Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), no âmbito do Dia Internacional dos Ensaios Clínicos, assinalado recentemente.
Coordenador do Centro de Investigação do CHL, João Morais recorda que, quando esta unidade foi criada, em 2014, além de seis estudos observacionais com medicamentos, havia apenas um ensaio clínico no centro hospital, número que subiu para 15.
Esta evolução deve-se, por um lado, à criação da unidade de investigação, mas também ao protocolo de colaboração celebrado com a Blue- Clinical, que “vieram dotar o CHL de um conjunto de condições atractivas para os promotores destes projecto”, sublinha o médico.
João Morais reconhece, no entanto, que persistem ainda alguns entraves à realização de mais ensaios, dificuldades essas que “derivam, no essencial, do facto da actividade de investigação não estar definida nos contratos-programa dos hospitais”, pelo que, “o tempo de trabalho dos profissionais não contempla esta actividade”.
“O chamado tempo protegido para investigação, que existe há muito tempo nos países mais desenvolvidos, não existe em Portugal”, lamenta o cardiologista.
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