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Há mar e mar, há vender e comprar

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Agosto 7, 2025
em Abertura
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Nestes dias quentes de Verão, aproveitando a visita de turistas estrangeiros e a chegada dos emigrantes, são muitos aqueles que tiram partido do movimento nas praias para dinamizar os seus negócios. Ora em bancas mais organizadas, ora em pontos de venda improvisados nos estacionamentos e nos passeios, prolifera a venda de bijuteria, de rádios, óculos, cintos e até fruta da época.

Aqui e ali, apregoa-se melão a um euro por quilo. No paredão, cantam artistas, brindados com moedas dos transeuntes. E no areal, não faltam os tradicionais vendedores das bolas de Berlim, com sabores clássicos e mais arrojados, que fazem o gosto de adultos e crianças.

O JL calçou os chinelos de praia para conhecer as histórias de quem, por estes dias, faz um esforço adicional para conseguir um pé-de-meia.

Com chocolate ou pistácio

A intensidade do bronze e a firmeza das pernas são reveladoras do esforço físico que Maria [LER_MAIS]Laridão empreende todos os dias, areal fora, na venda de bolas de Berlim. Pela Praia da Vieira, Maria, de 57 anos, palmilha quilómetros diários a fio, para saciar os mais gulosos com bolas doces para todos os gostos. “Há com o creme tradicional, sem creme, com recheio de kinder bueno, de nutella e de pistácio”, conta a vendedora, atarefada entre pedidos. Todas custam dois euros, porque nesta praia a disponibilidade financeira dos clientes não permite aumentar mais, justifica.

Natural de Aveiro, Maria estreou-se neste negócio de Verão há cinco anos. Trabalha numa cadeia de supermercados, entre as 3 e as 9 da manhã. Depois, passa por uma pastelaria de Águeda, onde se abastece, e segue até à Praia da Vieira. É a primeira vez que vende bolas de Berlim nesta região. “Foi o lugar onde este ano consegui licença”, explica Maria.

Noutras épocas, quando obteve autorização para vender os bolos noutras praias, como a Figueira da Foz, por exemplo, conseguiu cobrar um pouco mais por cada artigo. Nesta zona, os clientes têm condições diferentes. Ainda assim, Maria consegue obter deste part- time um segundo salário. “Não faltam gulosos, desde os maiores aos mais pequenos”, assegura a vendedora.

O marroquino das pechinchas

Abdenbi Kalda, natural de Marrocos, é já um rosto conhecido na Praia da Vieira, onde é vendedor há cerca de 15 anos. No paredão, improvisa uma banca, onde não faltam pechinchas. Telefonias, óculos de sol, cintos de várias cores são alguns dos seus artigos, que vende por 5 a 10 euros. São sobretudo os estrangeiros quem mais abre os cordões à bolsa, mas não tanto que permitam a Abdenbi retirar daqui um bom ordenado. “Está fraco. Há menos pessoas a passar este ano”, verifica o marroquino.

Mas nem tudo se resume a vencimento e a verdade é que, em 15 anos de actividade, Abdenbi já conquistou muitos amigos nesta praia. Durante o Inverno, Fátima e Ourém são as paragens habituais deste comerciante.

Viola traz sons do Brasil

Natural do Brasil, Pericles Longo, de 55 anos, chegou há mais de dois anos a Portugal. Presentemente, com a sua viola, anima os transeuntes no paredão da Praia da Vieira. Autodidacta, Pericles aprendeu em casa e sozinho a dominar a viola. E foi sempre com este instrumento que ganhou a vida. No outro lado do Atlântico, a tocar na rua para um público com mais capacidade económica, facilmente fazia mais do que um ordenado, recorda o músico. Mas nem tudo era bom. “Os roubos, a violência eram o pior.”

Em Portugal, não dá para viver sendo apenas músico de rua. Pericles continua a fazê-lo durante o Verão, por carolice, uma vez que gosta e porque vive na Praia da Vieira a escassos metros do paredão. No entanto, durante o resto ano, o músico tem outra ocupação. Ajuda a esposa a confeccionar salgadinhos e outros artigos que vende para restauração.

O samba e várias músicas românticas brasileiras compõem o repertório de Pericles. “É isto que eu gosto de fazer. Gosto de tocar, de conhecer pessoas e de fazer novas amizades. A música quebra barreiras”, constata o artista.

Uma estreia no bar de praia

É também natural do Brasil o jovem Felipe Muniz, de 17 anos, que se estreia nesta época balnear como funcionário num bar de apoio de praia, em São Pedro de Moel. O adolescente chegou ao País há cerca de um ano. Primeiro morou em Ourém, mas mudou-se para a Marinha Grande, cidade onde mais facilmente podia praticar voleibol, o seu desporto favorito.

Estudante do curso profissional de Mecatrónica, na Escola Secundária Pinhal do Rei, Felipe sonha com um futuro laboral como mecânico automóvel. Enquanto isso, vai aceitando part-times. “No Brasil, já trabalhava numa loja de animais. E em Portugal continuo. Agora como empregado neste bar. Quero juntar um dinheirinho para mim”, conta o jovem. “Até prefiro trabalhar aqui. É um sonho trabalhar na praia”, admite.

Mas nem de tostas, gelados, sumos e imperais vive o negócio. O empregador de Felipe é proprietário de outros espaços de restauração em São Pedro de Moel. E, concessionário de praia na primeira e na terceira bandeira neste areal, o empresário dedica-se também ao aluguer de barracas de pano.

As da primeira bandeira são de riscas brancas e vermelhas e as da terceira de riscas brancas e azuis, mantendo as cores das típicas barracas de São Pedro de Moel. À sombra destes panos, juntam-se várias gerações de veraneantes. Alguns são turistas locais, outros vêm de longe. Desde a cidade do Porto, passando por Lisboa ou Coimbra. E muitos marcam presença assídua, ano após ano.

Os mais velhos usufruem de dias calmos, de uma boa leitura à beira-mar, e os mais jovens procuram uma temporada com mais emoção e adrenalina, com aulas de surf e bodyboard, ambas actividades que também por estes dias redobram o vigor nas praias da região.

A história em código QR

Voltada para o mar, com banca montada na praceta de São Pedro de Moel, Rosa Duarte, de 62 anos, expõe desde brincos e colares, passando por artigos estampados a laser, até ímanes para frigorífico. Natural da Marinha Grande, Rosa descobriu o gosto pelo fabrico de artesanato quando teve de deixar o emprego numa fábrica de moldes para cuidar da sua mãe. “Para mim, o artesanato passou a ser uma terapia, uma forma de ultrapassar a dificuldade de cuidar de alguém com Alzheimer.”

Passaram mais de duas décadas e Rosa continua com a mesma paixão. “Adoro o contacto com o público. E aqui apanho sol e tenho vista privilegiada para o mar”, conta a sexagenária. São todos estes grandes privilégios que a movem a montar e a desmontar a banca, dia após dia, durante o Verão, mesmo quando nem sempre se vende muito. O importante é não desanimar e encontrar ideias inovadoras para captar o interesse do público.

Este ano, a novidade são os seus ímanes, com código QR, que permitem aceder a fotografias e histórias de vários pontos de atracção local, com tradução em várias línguas, anuncia a comerciante.

Entre brinquedos e vestidos

Vestidos e camisas dos mais variados estampados, toalhas de praias, bolas e outros brinquedos fazem parte da oferta na banca de Moustaph Gueye. O senegalês, de 46 anos, reside em Portugal desde 2009 e começou este ano, pela primeira vez, a trabalhar na praceta de São Pedro de Moel, por conta do patrão.

Quem passa procura sobretudo toalhas de praia e roupa fresca. Até agora, a banca tem dado mais trabalho do que dinheiro, observa Moustaph. Mesmo assim, o senegalês conta que gosta do que faz, sobretudo por poder conversar com pessoas diferentes, muitos deles turistas estrangeiros, o que lhe permite praticar uma série de idiomas.

Etiquetas: arealnegóciospraia
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