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Home Opinião

Há quem se julgue Deus-ou-coisa-parecida

Amélia Correia, professora por Amélia Correia, professora
Maio 3, 2018
em Opinião
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Há quem se julgue Deus-ou-coisa-parecida
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Um dos grandes problemas da nossa sociedade é a palavra poder. E, pior ainda, quando vem precedida de um artigo definido e se escreve tudo em maiúsculas: O PODER.

Assim a palavra torna-se ameaçadora, porque há quem goste de pensar ou dizer: “Eu tenho O PODER! Ninguém me pode contestar!”. E os que o exercem assim e já estão passados de todo pensam: “Sou TODO-PODEROSO… Se calhar sou DEUS-OU-COISA PARECIDA!”.

E então começam a levitar e ascendem ao céu, o que prova que Deus não existe, se não escondia-se atrás de uma nuvem, dava-lhes um encontrão e fazia-os cair lá de cima, “just for fun”.

Isto tudo para dizer que há para aí (esta expressão pode designar qualquer ponto de Portugal continental e ilhas, não se vá agora pensar que me refiro a alguém em particular!) diretoras (sim, no feminino,o género é propositadamente especificado!) de escolas, que exercem O PODER de modo exemplar.

Começa logo com os lambe-botas execráveis que em vez de falarem primeiro com os profs (colegas deles, atenção!) cujas falhas, se as há, são iguaizinhas às deles e facilmente resolúveis (quem nunca se enganou a fazer uma pergunta num teste que atire a primeira alínea!), preferem informar primeiramente a direção da escola das queixinhas de um pai.

E vai daí, as tais directoras-que-se-calhar-são-Deus ou-coisa-parecida, com a preciosa ajuda destes esbirros, acham que o dito prof tem que sofrer as penas do inferno, tipo chicoteamento metafórico em público, coação e tortura psicológica (estas em sentido literal) em reuniões à porta fechada, muito convenientes para manipulação.

Não porque a falha do prof tenha prejudicado quem quer que fosse, já que foi corrigida atempadamente, mas porque, por acaso, ele nunca concordou (e atreve-se a dizê-lo! ‘tá parvo ó quê?!) com o modo como as tais diretoras exercem o poder, carregando com trabalho inútil, que em nada beneficia os alunos.

Pelo contrário, provoca tal stress, que o mais surpreendente é mesmo não haver mais falhas.

Se calhar é esse o objetivo de quem exerce assim o poder, porque às tais diretoras não lhes chega o trabalho que os profs têm vindo a ter cada vez mais, sem que seja necessário para o bom funcionamento da instituição ou melhoramento das aprendizagens dos alunos.

É preciso chatear mais, até porque já se esqueceram que também já foram profs antes de serem diretoras, e já não se lembram das falhas que elas próprias cometeram nas escolas por onde já andaram e que também tiveram colegas e alunos e pais que as notaram e que as divulgaram.

Então pedem ao dito prof incongruências como sumários cheios de pormenores, como se ‘sumário’ e ‘pormenor’ fossem conceitos compatíveis.

E andam os desgraçados dos profs de português a insistir na importância do rigor das palavras para depois vir não-sei-quem impor sumários detalhados, o que faz supor também o desconhecimento do significado da palavra paradoxo.

Vale tudo, quando se tem O PODER! Só consigo imaginar esta gente em casa, sozinha, nua em frente ao espelho, num frémito orgásmico, a considerar se deve chicotear ou apenas açoitar em público a sua vítima.

 [LER_MAIS] E quando, numa atitude magnânima, opta por só exigir ao tal desgraçado os sumários com detalhes circundados de florinhas e ramos de silvas, e que detalhe tudo, como a ordem de trabalhos de uma reunião, por alíneas, subalíneas, asteriscos e notas de rodapé, ou seja, fazer a ata antes da reunião (até dá vontade de rir!) e já agora, porque não, que entregue na direção todos os testes e respetivas correções com vários dias de antecedência, estica dois dedos frouxos, à imagem do capitão nazi de A lista de Shindler, e diz com uma voz semelhante à do Papa Francisco: “Perdoo-te!”.

E vai fazer alista de exigências estupidamente burocráticas que esse tal prof tem de cumprir, se não… Se ele fica com tempo para preparar melhor as aulas e evitar mais falhas… “whocares!”

Termino citando Álvaro de Campos: “Arre, estou farto de semi-deuses! Onde é que há gente no mundo?” Era um bom fecho de texto, mas, dado que o caso tem mais a ver com terrorismo do que com poesia, digo apenas, sem medo: “Je suis Charlie!”

*Professora do Ensino Secundário

Texto escrito de acordo com a nova ortografia

Etiquetas: améliacorreiaopinião
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