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Home Viver

Há uma invasão silenciosa a contar histórias nas paredes de Leiria

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Setembro 19, 2019
em Viver
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Há uma invasão silenciosa a contar histórias nas paredes de Leiria
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No currículo de Nuno Viegas sobressai o trabalho com o projecto Street Art Today – de uma agência que pretende montar em Amesterdão o maior museu do mundo dedicado à street art – e as várias exposições realizadas no museu Urban Nation, de Berlim.

Desde este mês, Metis está também representado em Leiria. No âmbito da terceira edição do evento Leiria, Paredes com História: Arte Pública, a decorrer até 6 de Outubro, coube-lhe pintar uma parede exterior do museu m|i|mo, na colina do Castelo, numa intervenção que se vê com todo o esplendor a partir da zona norte da cidade.

Na fachada com seis metros de largura por oito de altura, uma lata de spray levita sobre uma mão aberta protegida por uma luva branca de látex.

A imagem projecta harmonia, leveza e passividade, em contraste com o universo sujo e agressivo dos graffiti, a que a lata e a luva fazem, directamente, referência.

Não há qualquer ligação propositada ao edifício nem ao lugar, e o nome da obra, Glovex 400 mL, mantém à distância o contexto arquitectónico e geográfico em que se insere.

Como sempre acontece, na lógica do artista nascido em Faro há 34 anos.

Do tag para a tela Nuno Viegas assinou os primeiros graffiti logo na adolescência, em Quarteira, onde cresceu. A meio do caminho, na entrada para o ensino superior e durante o curso de artes visuais, parou de espalhar o seu próprio tag.

Mas, já na Holanda, onde está emigrado desde 2014, regressou à pintura nas ruas e começou a explorar o conceito que desenvolve actualmente, em que utiliza símbolos dos graffiti num conjunto de obras que – faz questão de dizer – não são graffiti.

Mesmo que o spray continue a ser o principal instrumento de trabalho.

“O graffiti, na essência, é espalhar o nome por todo o lado, escrever o tag em todo o lado, são letras. Evoluiu para outras coisas e uma das coisas para que evoluiu é o que cha- mamos street art”, justifica.

Em todas as pinturas murais a que dá vida, coloca objectos com significado: a lata, a luva de látex, o pé de cabra, o saco preto, a t-shirt máscara, entre outros, como homenagem às raízes e defesa constante do purismo da definição original.

Ou como quem explica as diferenças entre os graffiti e o que agora está na moda, ao misturar os dois mundos. Neste momento a preparar o regresso, de vez, a Portugal, Nuno Viegas tem o privilégio de depender em exclusivo da arte graças ao impacto das exposições no Urban Nation, de Berlim, a convite da directora e curadora Yasha Young.

Quanto à presença entre quatro paredes, zero preconceitos. “O museu tem uma função, que é preservar e documentar. E nenhuma pintura vai durar 150 anos na rua”. Nuno Viegas não esquece de onde vem nem nega que a ilegalidade faz parte de disseminar tags pela selva urbana.

Mas desvia o diálogo para o lado positivo. “O que eu valorizo bastante no graffiti é o espírito de irmandade e o espírito de entrega à missão. Todo aquele risco em tro- ca, simplesmente, daquele momento entre nós”. Ou seja, escolher o anonimato, protegido por um pseudónimo.

Visitas guiadas

Metis é um dos sete artistas que participam no terceiro Leiria, Paredes com História: Arte Pública. Os outros são Sebas Velasco (Espanha), Guido Van Helten (Austrália) e os portugueses Jorge Charrua e Ricardo Romero (Projecto Matilha), também responsáveis por intervenções ao ar livre, enquanto Thecaver e Tenório estão com exposições entre portas, respectivamente, na M Gallery & Studio e na livraria Arquivo.

No final da edição 2019, a terceira, o centro da cidade passa a acolher um total de 13 pinturas e três instalações, num circuito de arte pública a céu aberto, da autoria de nomes como Bordallo II, Catarina Glam, Bezt (Turquia), a dupla Jana & Js (Áustria e França), Zoer (Itália), PichiAvo (Espanha), Lonac (Croácia), Eime, Smile e Robot, com intervenções em edifícios tão emblemáticos como o Teatro José Lúcio da Silva ou as antigas instalações da EDP na Rua de Tomar.

De acordo com a Câmara Municipal de Leiria, “todas as intervenções receberão placas informativas” que se encontram neste momento “a ser desenhadas”.

Está prevista “uma visita guiada aberta” e é intenção da autarquia “potenciar mais visitas ao longo do ano, que vão integrar os roteiros que habitualmente o Município propõe aos leirienses”.

Para o executivo liderado por Gonçalo Lopes, o balanço “é bastante positivo” e o evento organizado pela associação Riscas Vadias, com curadoria de Ricardo Romero, [LER_MAIS]coloca Leiria “no mapa dos principais destinos de arte urbana da Europa”. Para Ricardo Romero, a edição 2019 “fecha um ciclo”, onde “foi conseguido” o objectivo de “ter alguma consistência”, com “um bom número de obras” e “de artistas”.

Apesar da dificuldade de “impor a arte pela arte”, na hora de pedir e autorizar paredes para contar histórias. “Daqui para a frente importa, em conjunto com os agentes do território, tentarmos perceber de que forma é que isto pode evoluir”, refere.

Programa Pinturas, exposições e debates
Intervenções: até 24 de Setembro, Guido Van Helten na Avenida Marquês de Pombal; de 22 a 27 de Setembro, Jorge Charrua em local a designar; a 4 de Outubro, Projecto Matilha no Centro Cívico. Já realizadas: Nuno Viegas (Metis) no museu m|i|mo e Sebas Velasco na Escola Branca. Exposições: Thecaver, na M Gallery & Studio e Tenório na livraria Arquivo, ambos até 6 de Outubro Masterclass: urban sketching, com Lapin, de 4 a 6 de Outubro na M Gallery & Studio Conferência: Beyond Walls, dias 5 e 6 de Outubro, em colaboração com Urban Creativity, no Museu de Leiria

“Sem dúvida que uma das questões é poder abrir este tipo de intervenções às freguesias. Entretanto, outro caminho passa por levar a arte pública para dentro de quatro paredes, o que a M Gallery & Studio, em Leiria, também dinamizada por Ricardo Romero, tem vindo a fazer: há uma parede que é sempre pintada de novo, em cada exposição.

“Por exemplo, este ano, quisemos levar para dentro da nossa galeria um artista que tem um trabalho totalmente na rua, mas quisemos que ele fosse pintar as paredes da nossa galeria, também para chamarmos a atenção das pessoas que este tipo de pinturas não vão ficar aqui a vida toda, é preciso as pessoas terem essa consciência, no fundo, é convidar as pessoas a apreciá-las enquanto elas cá estão.” 

Agora, Ricardo Romero acredita que é preciso investir para levar o esforço mais além.

“Até que ponto é que não pode ser bom ficar com algumas peças dessas, terá que ser sempre o Município, ir fazendo uma colecção, é o que outras cidades estão a fazer e Leiria podia efectivamente aproveitar.

Com o português Vilhs e o mistério Banksy como maiores exemplos, à escala nacional e internacional, a arte pública chega das ruas para invadir todo o espectro da cultura contemporânea, incluindo os habitualmente circunspectos museus e as não menos sérias galerias.

E Leiria está no mapa da mudança

Etiquetas: Arte Públicaarte pública leiriaassociação riscas vadiasbanksyBeyond Wallsguido van helteninstameetJorge CharruaLeiria paredes com históriaM Galery & StudiomatilhaNuno ViegasPantónioricardo romerosebas velascostreetartUrban Nation berlinUSK lapinvihls
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