Já estiveram na ribalta e deram muitas alegrias a sócios e simpatizantes. Por esta ou aquela razão, foram obrigados a abandonar as equipas seniores. Bidoeirense e Cister Sport Alcobaça mantiveram a formação de futebol e andebol, respectivamente. Já o Sport Clube Leiria e Marrazes extinguiu a secção.
Agora, estão de regresso. A vontade de ex-jogadores e jovens da casa permitiu criar uma equipa e todos querem reerguer o clube e as respectivas modalidades.
A ideia de reactivar o hóquei em patins em Leiria surgiu de uma conversa entre ex-jogadores do Marrazes. Alguns atletas ainda jogam e como estavam sem clube decidiram reactivar a secção num dos emblemas com mais tradição na modalidade. O Leiria e Marrazes aceitou a proposta desde que a secção garantisse a sua autonomia financeira.
“Havia a possibilidade de criar um novo clube, mas queríamos reerguer a secção do hóquei em patins do Marrazes, porque é o clube da nossa terra e já tem tradição na modalidade”, explica Renato Silva, dirigente e ex-jogador.
Depois do primeiro passo dado, o grupo avançou para a construção da equipa. “O mais difícil é o material, que está quase todo ao abandono. Grande parte dos jogadores tem material próprio, mas temos de fornecer ainda algum especificamente a guarda- redes”, adianta.
Inicialmente, a equipa vai ser constituída por 15 jogadores, 11 dos quais formados no clube. “Queremos dar alguma visibilidade à equipa para no final do ano ou início do próximo avançarmos para a iniciação à patinagem.”
Totalmente amadora, a equipa não tem objectivos demasiado ambiciosos. “Queremos consolidar o grupo, mas se chegarmos ao final com a possibilidade de subir de divisão não vamos, deixar de lutar para o conseguir.”
O grupo vai começar a preparar o Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, zona B, no início de Setembro. O local de treino e jogos ainda não está decidido. “Quando criámos a equipa, as horas dos pavilhões já estavam distribuídas aos clubes pela Câmara. Estamos em conversações com o Sismaria para partilharmos o pavilhão dos Marrazes”, revela Renato Silva.
[LER_MAIS]Segundo o dirigente, em Leiria há dois pavilhões com boas condições para a prática da modalidade: Marrazes e Colmeias, pois são aqueles que têm tabelas.“Dependendo como correm as coisas vamos tentar pôr a funcionar uma equipa de veteranos, mas será um projecto mais secundário. Temos de nos focar no que nos vai trazer a receita, que acabam por ser as camadas jovens”, frisa.
Tradição em Alcobaça
O Cister Sport de Alcobaça é um clube virado essencialmente para a formação de jovens atletas. Chegou a ter equipa sénior masculina que disputou os nacionais da 2.ª Divisão. Há cerca de dez anos foi obrigado a abandonar o escalão mais alto, porque a Federação Portuguesa de Andebol exigia que os clubes tivessem três escalões sequenciados.
Agora, o Cister está de volta à competição em seniores, com o objectivo de “dar continuidade à formação”, sublinha Isabel Carolino, responsável pela área desportiva do clube.
“Fez-se um trabalho de formação consolidado. Temos tido excelentes atletas, que acabam por ir para grandes clubes. Agora vamos formar a equipa sénior com base na formação e com exatletas que já tinham deixado o andebol”, revela, adiantando que o grupo será constituído por um misto de experiência e juventude.
“Este é o ano zero. O principal objectivo é arrancar com a equipa. Temos jovens com muita qualidade e depois logo se vê.” Se o percurso do campeonato encaminhar o Cister para os lugares cimeiros, o clube vai então lutar pela subida.
Futebol sénior de regresso ao Outeiro Agudo
Não é o regresso do futebol ao Outeiro Agudo, porque a formação nunca desapareceu, mas os mais velhos estão de volta. Um grupo de jogadores da formação e outros que já passaram pelo clube uniram-se para trazer o futebol sénior à Bidoeira. A proposta foi aceite pela direcção e o projecto está a renascer.
“A época foi planeada um pouco tarde, mas a vontade era tanta que se trabalhou para preparar tudo para esta temporada. Tínhamos de construir tudo do zero, mas encontrámos um treinador que aceitou o desafio: Pedro Ramos”, adianta Jorge Martins, director do Bidoeirense.
A equipa vai começar na distrital. “O primeiro objectivo é construir uma base sólida para pensar em voos mais altos. Queremos que os jovens da formação ou quem chegue possa sentir o clube”, salienta Jorge Martins, admitindo que com o fim dos seniores a formação ficou um pouco desfalcada.
Com o regresso dos mais velhos, o dirigente acredita que será mais fácil captar miúdos, que passam a ter o objectivo de jogar naquele patamar.