PUBLICIDADE
Aquela entrada de perdiz e ovo escalfado com amêijoa sobre creme de ervilhas, aquele magret de pato com puré de batata doce e ragu de frutos vermelhos, e, a fechar, o bolo de amêndoa com ovos moles de Aveiro e gelado de limão. Tudo isto, e muito mais, na escola. Com preços entre 7,50 e 10 euros por pessoa. Basta bater à porta dos restaurantes de aplicação a funcionar em Leiria, Ourém e Nazaré, que oferecem uma alternativa mais elaborada para os almoços em dia de trabalho.
Na Escola Profisional de Nazaré (EPN), o chef Frederico Neto comanda a equipa que no próximo ano lectivo vai servir refeições todos os dias. Por enquanto, os almoços pedagógicos assegurados por alunos dos cursos de restaurante, bar, cozinha e pastelaria acontecem de 15 em 15 dias. Oito euros por pessoa incluem entrada, dois pratos principais, sobremesa, bebida e café, com os sabores do mar a descerem regularmente sobre a mesa.
"De todo o distrito de Leiria têm vindo reservas", adianta Pedro Ferreira, director adjunto da EPN, instituição que também aceita marcações especiais para grupos, se apresentadas com pelo menos uma semana de antecedência (262 182 107).
Na Escola de Hotelaria de Fátima, o restaurante de aplicação Claustro Monfortino não chega para as encomendas. Aberto há dois anos, só funciona mediante reserva (249 530 630) e entre as 12 e as 14 horas, mas "está sempre cheio", sublinha a directora executiva da associação de ensino e formação Insignare. "A opinião generalizada dos clientes é que servimos muito bem e é algo que ostentamos com orgulho", afirma Carina João Oliveira. Entrada, sopa, prato principal e sobremesa, 7,50 euros, com café e bebidas à parte.
[LER_MAIS]
As ementas elaboradas com a supervisão dos chefes de cozinha Yannick Génard, Lisa Silva e Ricardo Raumundo são divulgadas com uma semana de antecedência. Pratos típicos da região, do cabrito à cabidela, mas também a gastronomia portuguesa e do mundo. Hoje, quinta-feira, 8, a proposta começa pelo acepipe de humos com cleeps de cenoura e entrada de caldeirada de dourada, passa pelo lombo com arroz de grelos e castanhas e termina com o mil folhas de ovos moles e gelado de canela. Amanhã, sexta-feira, há rolo de sardinhas sobre xerém de conquilhas (acepipe), perdiz, amêijoa sobre creme de ervilhas e ovo escalfado (de entrada), atum, abóbora e figo caramelizado (prato principal) e para sobremesa a torta de alfarroba e crocante de amêndoa.
Em Leiria, o restaurante Escola de Sabores (244 813 635), da Escola Profissional de Leiria, opera em São Romão debaixo do olhar atento do chef Alberto Vaz. Uma centena de formandos por semana garantem o rigor do serviço, que viaja dos "sabores tradicionais e regionais" à "cozinha mais internacional e de autor".
Nove euros por pessoa pagam um almoço de quatro tempos, que inclui entrada, sopa, prato de peixe ou carne e sobremesa, com bebida e café incluídos e três vinhos à escolha. Da toalha de pano à decoração minimalista, mas elegante, nenhum pormenor é deixado ao acaso.
Hoje, quinta-feira, 8, e amanhã, sextafeira, o serviço à carta fica por 10 euros por pessoa e vai do soufflé de peixe e camarão à pavlova de queijo creme com pêra em court bouillon de vinho do Porto.
Melhor do que a literatura de restaurante, só mesmo os sabores. Das escolas da região já saíram profissionais como Samuel Mota (primeira estrela Michelin em 2012, integrado na equipa do restaurante Belcanto) e Luís Gaspar (chefe cozinheiro do ano em 2017). É aproveitar enquanto a próxima geração está à prova.
