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Home Opinião

(I)maturidade(s)

Paulo José Costa, psicólogo clínico por Paulo José Costa, psicólogo clínico
Setembro 7, 2018
em Opinião
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(I)maturidade(s)
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Relacionar a maturidade com a idade é um juízo limitado, pois a maturidade é uma dimensão bem mais integrativa, e num sentido mais profundo, não está necessariamente vinculada à idade cronológica.

Todos nós conhecemos crianças que nos surpreendem pelo seu nível de maturidade e também pessoas de idade mais avançada que nos assustam pelo seu nível de imaturidade.

Ainda que paradoxalmente Nietzsche assuma que a maturidade do homem consista em ter reencontrado a seriedade que tinha no jogo de quando era criança, não restam dúvidas de que amadurecer conscientemente possibilita olhar em redor com menos ilusões, aceitando o sofrimento, entendendo com mais tranquilidade os dissabores e as agruras da realidade, alcançando as concretizações com maior confiança.

A virtude do amadurecimento encontra-se na espera. A experiência é frutuosa e uma indiscutível alavanca para a maturidade, manifestando-se quando se pressente uma preocupação e a encaramos como um desafio superável.

De resto, a adversidade é uma escada para atingir a maturidade, na convicção de que os obstáculos poderão ser suplantados pela presença da esperança, numa equação de elementos que integra a experiência e a capacidade de aguardar, em expectativa resiliente.

Ainda que sejamos todos o resultado de um processo de desenvolvimento composto por segmentos de existência enevoada e trémula, com orlas desfocadas e secções fraccionadas, maturar implica ir edificando o mundo de um modo panorâmico.

O cérebro vai-se encarregando de ir preenchendo as lacunas, compensando o movimento intermitente e contrabalançando as assimetrias. E esse processo é influenciado pelas nossas motivações e ensejos.

Contudo, à semelhança de outros organismos, os humanos evoluem a partir de matéria inanimada, tendo um dia que retornar, inevitavelmente, a um estado inerte e derradeiro, destino que encontra correspondência e reside nos nossos pensamentos  [LER_MAIS] e predisposições primordiais.

É inquestionável o papel regulador das emoções nesta dimensão. Uma pessoa pode aparentar ser muito madura, mas pensar e gerir as emoções como uma criança. O córtex pré-frontal – que regula a resolução de problemas, o raciocínio, a planificação e o controlo sócio-emocional – é a última secção do cérebro a desenvolver-se, o que sucede entre os vinte e os vinte e oito anos.

Esta circunstância explica muitos dos constrangimentos que ocorrem até e durante estes períodos, em que o cérebro se encontra inacabado.

Numa inteligência sensível, Platão ousou declarar que “a maturidade é uma ave que levanta voo ao cair da tarde”. É também, por isso, que a capacidade de assimilar a complexidade dos outros é uma medida de maturidade e uma condição essencial para a formação de relações autênticas e significativas.

A vida comprova-nos que existirá sempre o desafio de encarar uma encantadora diversidade de carácteres, a exuberância e um pródigo jogo de formas e cambiantes de comportamento, de rotinas emocionais que traduzem a singularidade humana.

E então fará sentido ousarmos perscrutar as palavras de Einstein, homem cuja maturidade foi um processo atípico e inadaptativo: “Vivo naquela solidão que é penosa na juventude, mas deliciosa nos anos de maturidade”.

*Psicólogo clínico

Etiquetas: opiniãoPaulo José Costa
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