PUBLICIDADE
O Instituto D. João V (IDJV), no Louriçal, Pombal, tem 18 professores em lay off desde o início desde mês. A denúncia foi feita, numa conferência à porta da escola, na segunda-feira, por Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), e por Vítor Juvenal, docente no IDJV e dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro.
“Fomos confrontados com a situação de lay off no final do terceiro período do ano passado e fomos postos perante a eventualidade de recebermos cortes que iria, em alguns casos, até 45/46% do salário”, explicou Vítor Juvenal, ao revelar que são 18 os docentes nesta situação, já que dois acabaram por sair do lay off com a abertura de uma nova turma de ensino profissional.
Mário Nogueira considerou que a intenção da administração do IDJV será, “provavelmente, não perder dinheiro, não ter de pagar indemnizações e continuar a fazer o que sempre fez que é viver à custa dos outros, neste caso dos professores”.
Admitindo que a redução do número de alunos e os cortes nas turmas com contrato de associação são dificuldades acrescidas, Mário Nogueira constatou que é um problema extensível a todo o País e “a zona mais afectada não foi o centro, foi o norte do país, mas isto [lay off] não aconteceu em colégio nenhum”.
O secretário-geral da Fenprof salientou que as “escolas se adequaram à nova realidade”, enquanto no IDJV, a opção “foi tentar que as pessoas vão embora sem ter de pagar nada”.
Os sindicalistas prometem agora denunciar a situação à Autoridade para as Condições de Trabalho e à Segurança Social.
Fonte oficial do IDJV esclarece que o lay off em curso “cumpre escrupulosamente a lei e as disposições em vigor”, justificando a medida da administração com “os cortes de turmas nos contratos de associação”.
“Se o Ministério da Educação corta turmas, há menos alunos e naturalmente menos horas lectivas para os professores. Daí que se tenha que recorrer a todos os mecanismos legais para manter a escola em funcionamento e garantir o maior número possível dos postos de trabalho”, acrescentou a mesma fonte.
Segundo o IDJV, o lay off “demorará o tempo que for necessário e legalmente possível”, sendo “prematuro estar a antecipar quaisquer outras medidas”.
