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Home Opinião

Indecente bullying docente

Amélia Correia, professora por Amélia Correia, professora
Dezembro 8, 2017
em Opinião
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Indecente bullying docente
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O fenómeno do bullying tem vindo a aumentar nas nossas escolas? Parece que sim, dizem. Há cada vez mais jovens a sofrer desse mal e os debates sobre o tema têm vindo a desdobrar-se (e muito bem!), no sentido de lidar com o problema de modo a erradicá-lo.

Mas estamos longe disso, pois tal prática já se estendeu aos próprios professores. A minha pergunta é: Que mal fizeram os professores a esta sociedade da treta, afinal, se são praticamente os únicos a remar contra esta maré desenfreada que arrasta valores humanos para a sarjeta?

Se o António Vieira vivesse no nosso tempo, continuaria a dizer (como diz num dos seus belos sermões) que os peixes se comem uns aos outros, sendo o banquete mais condenável, já que são os maiores que comem os mais pequenos.

Mas acrescentaria aos exemplos que dá no seu texto mais um caso muito concreto para provar aos peixes que os homens fazem o mesmo, isto é, os “maiores” humilham e exploram (que é o que quer dizer “comer”, neste contexto, não vá haver más interpretações!) os mais “pequenos”.

E esse exemplo seria o do professor.

Se não, vejamos. Ainda mal começaram as aulas, já o professor acabou de ser comido: come-o o aluno, que quer ser entretido enquanto aprende, se não sente-se desmotivado, coitadinho!, e vai choramingar para casa. (O melhor é porem os professores, antes de o serem, a tirar um curso de artes performativas, tal como as artes circenses!

Ou talvez bastasse comprar narizes de palhaço que o professor seria obrigado a ostentar enquanto ensina); come-o o pai desse aluno, coitadinho!, pois não anda a criar um filho, coitadinho!, para agora o entregar na mão de um professor que tem o atrevimento de dar aulas chatas, com matéria chata, sentado numa cadeira chata; come-o o diretor de turma que, sorrateiramente, driblando o professor, vai contar à diretora da escola (que é o mesmo que dizer Deus), que recebeu um pai que acha que o professor não ensina bem, se não o filho tiraria boas notas, embora ainda nem saiba que notas vai tirar (ou saberá, uma vez que conhece bem as capacidades do filho?!); come-o a mãe (a mulher do pai), que era o que faltava!

Se o filho diz cobras e lagartos do professor, então é porque há mesmo lagartos e cobras a dizer; come-o a diretora da escola, que não duvida de nenhum dos outros. Se o pai diz, se a mãe diz, se o aluno diz, se o periquito diz, se a diretora de turma diz (com uma lambidela de botas, já agora, que é sempre bom estar do lado do poder, não vá um pai queixar-se dele também),  [LER_MAIS] então esse professor tem que ser exterminado, porque não está à altura de pais que mal sabem escrever, de alunos que querem notas sem esforço, de diretores de turma queixinhas e de diretoras prepotentes.

O que se passa aqui é que retiraram a alma aos professores e encheram de arrogância a alma de alunos, pais e afins, de diretores, nem que sejam só de turma ou de escola. É claro que falo apenas de alguns, mas os suficientes para se poder falar em indecente bullying docente.

Penso que o que causa tudo isto é o medo dos pais dos alunos, por parte de quem devia defender os professores que já deram provas positivas durante trinta ou quarenta anos. Eu cá só tenho medo de duas coisas: uma são as doenças (medo comum a todos nós, calculo!) e a outra não digo, mas não é seguramente dos alunos e dos seus paizinhos.

*Professora do ensino secundário
Texto escrito de acordo com a nova ortografia

 

Etiquetas: améliacorreiaopinião
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