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A Indumape, empresa de transformação de polpa de frutos, sediada em Pombal e detida pelo grupo Patris através da Real Vida Seguros, comprou a GL Food.
Três meses após ter adquirido a Frutíssima, a Autoridade da Concorrência (AC) foi notificada da aquisição da GL Food, que controla a marca de sumos naturais Sonatural e a Snock.
De acordo com a documentação e informação publicada no portal da AC, deu entrada nos serviços deste regulador, a 21 de Novembro, um pedido de “operação de concentração”, que “consiste na aquisição, pela Indumape, S.A., do controlo exclusivo sobre a GL International Food, S.A.”.
Segundo o Jornal Económico, a GL Food estava em Processo Especial de Revitalização (PER), desde Agosto, após falhar a venda e reestruturação de uma dívida no valor de 13 milhões de euros.
A intenção revelada ao JORNAL DE LEIRIA por Gonçalo Pereira Coutinho durante a inauguração de uma nova linha de produção em Pombal, no início do ano, presidente do Conselho de Administração da Indumape e um dos administradores desta empresa participada do Grupo Patris, de reforçar a presença da Indumape no mercado nacional, aumentando a capacidade instalada, fundindo ou adquirindo outros operadores empresariais, conhece assim mais um episódio, após a aquisição em Agosto da Frutíssima, sediada no Fundão e a inauguração da nova linha de produção e embalamento de puré de frutas, no valor de 3,5 milhões de euros.
Sandes, saladas e wraps
A informação disponibilizada à AC revela que a GL Food detém as marcas de sumos naturais Sonatural e Stock, operando esta na comercialização de refeições prontas refrigeradas, como saladas, sandes, hambúrgueres e wraps.
A empresa conta com uma fábrica na Azambuja, inaugurada em 2011, vocacionada para a produção de sandes ou saladas.
A GL Food apresenta-a como a “maior fábrica da Península Ibérica no ramo”, com um potencial de produção anual de 12 milhões de unidades.
Instalada no Parque Industrial Manuel da Mota, em Pombal, a Indumape, por seu turno, foi fundada em 2007, emprega cerca de três dezenas de pessoas e deverá atingir uma facturação, em 2024, próxima dos 15 milhões de euros, segundo revelou o seu presidente do Conselho de Administração.
Apresenta-se como o maior transformador de fruta portuguesa, com recolha a nível nacional, exportando cerca de 80% da sua produção.
“Em 2014, inaugurámos uma unidade dedicada ao concentrado de mosto de uva, e foi esse o primeiro passo para a diversi cação da empresa. Depois, apostámos no concentrado de baga de sabugueiro”, partilhou Gonçalo Pereira Coutinho.
A empresa, que arrancou com a sua segunda unidade em Lamego em 2022, detém ainda um entreposto em Armamar para recolha de fruta de produtores locais e dois pomares, onde produz cerca de mil toneladas de maçã, o que lhe permite um maior controlo sobre a qualidade do produto.
