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Home Saúde

Infecções respiratórias empurram urgências hospitalares para o caos

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Novembro 17, 2022
em Saúde
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Infecções respiratórias empurram urgências hospitalares para o caos
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O tempo de espera para primeiro atendimento nas urgências hospitalares portuguesas ultrapassa, muitas vezes, as 12 horas. Em Leiria a situação não é diferente e chega a ser dramática, assumem as responsáveis pelos serviços de urgência Geral e Pediátrica do Centro Hospitalar de Leiria, que apelam à colaboração da população para que opte pelo atendimento em hospital só quando a situação for realmente urgente.

As infecções respiratórias têm ajudado a contribuir para o caos que se vive nas urgências. Apesar de típicas da época, estas patologias estão a chegar mais cedo. Bronquiolites, pneumonia vírica, vírus sincicial respiratório, gripe e outros vírus respiratórios têm sido as principais razões da afluência à urgência pediátrica.

“Nas situações de internamento fazemos o teste para identificar o tipo de vírus e uma grande percentagem tem a ver com vírus sincicial respiratório, que tem alguma agressividade. Mas nem todas as crianças precisam de internamento”, alerta Ester Gama, directora do serviço de Pediatria em substituição, ao referir que estes foram sempre vírus prevalentes nesta época do ano, mas que quase desapareceram com a pandemia.

Faltam profissionais

Com poucos recursos médicos e enfermeiros, os profissionais de saúde sentem dificuldade em dar resposta atempada a uma afluência média diária superior a 150 doentes. “Temos números assustadores. Na semana de 7 e 14 de Novembro, tivemos uma média de 170 crianças por dia, com picos a ultrapassarem os 200 casos. É uma sobrecarga enorme”, aponta Ester Gama.

O número tem sido “mais volumoso” do que em anos anteriores e a afluência por patologia respiratória também está a chegar mais cedo do que o habitual. “O pico maior seria no final de Dezembro e início de Janeiro, mas já começámos em Outubro e até tivemos casos no Verão”, afirma a pediatra.

“As infecções respiratórias são o grande bolo de afluência à urgência neste período. Na pandemia quase não existiram porque as crianças estavam protegidas pela máscara e pelo isolamento”, avança, reconhecendo que só tem sido possível dar resposta “à custa de horas extraordinárias”. Mais de 200 pessoas por dia A pediatra acrescenta que estão a ser desenvolvidos esforços para contratar mais profissionais de saúde, porque “os tempos de espera estão a ser largamente ultrapassados”. “É humanamente impossível atender 200 e tal pessoas em 24 horas”, sublinha.

200 pessoas por dia

Estes são números com que a urgência Geral do Hospital de Santo André se depara há vários anos, com picos que já obrigaram a reencaminhar doentes para outras unidades da região, por falta de resposta. Há dias em que são admitidos mais de 300 utentes e os tempos de espera ultrapassam facilmente as 12 horas. Com uma afluência elevada, os responsáveis vêem-se obrigados a recusar novas inscrições para ‘escoar’ os doentes que já estão na urgência, até porque alguns ficam mais de 24 horas a aguardar por uma decisão de internamento, por exemplo.

“Estamos com muito afluência. Há falta de resposta nos cuidados de saúde primários e as pessoas vêm muito prematuramente à urgência sem grande necessidade. Sendo sintomas gripais, muitas queixas são normais para as patologias. Culturalmente há má literacia para os estados gripais”, avisa Maria João Canotilho, directora do Serviço de Urgência Geral de Leiria.

A médica confirma que têm surgido infecções respiratórias virais, típicas da época, “alguma gripe A” e pneumonia, esta patologia “porque a seguir a infecções virais o sistema imunitário fica um pouco mais frágil”.

Maria João Canotilho realça que as urgências têm tido uma média diária mínima de 200 pessoas, chegando a um máximo de 300. Por isso, constata que é “impossível cumprir tempos de espera”. “Compreendo as pessoas, mas têm de esperar. Não é possível lidar com tanta gente ao mesmo tempo. Estamos muito mal. Andamos há anos sobrelotados e temos ainda o problema dos lares”, revela.

Urgência não é internamento

A médica diz que há muitos idosos a serem levados para as urgências. “Tem de haver uma articulação completamente diferente e os lares têm de desempenhar um papel mais pró-activo e contratar pessoas. Os idosos ficam horas infindáveis e em más condições. O serviço de urgência não está vocacionado para ser um serviço de internamento. Apesar de cada vez mais funcionar como serviço de internamento”, lamenta.

Referindo que foi, contudo, criado um internamento dentro da urgência para os doentes de tomada de decisão rápida, com 20 camas disponíveis, Maria João Canotilho afirma que o “serviço de urgência, neste momento, é [como] um hospital”. “Somos responsáveis por 60 camas de internamento, mais o serviço de urgência.”

A responsável acrescenta que aparecem “doentes muito graves, não tanto por ser Inverno, mas com doenças arrastadas”. São pessoas idosas, com multipatologias e muito frágeis. “Os hospitais estão cá para tratar estas pessoas”, frisa.

Com escalas deficitárias e com a chegada do Inverno, quando se espera uma afluência ainda maior às urgências, Maria João Canotilho afirma que terão de ser activados os planos de contingência e adiar consultas em especialidades onde não há lista de espera e cirurgias não urgentes.

Inverno pode piorar

“É mau, mas tem de ser assim”, assume, antevendo uma situação “preocupante” nos próximos tempos, com todos os hospitais à volta a estarem também sobrelotados.

Na Pediatria, “mais de metade das situações” não são urgentes, mas são crianças que não tiveram resposta nos cuidados de saúde primários. “Se viessem só os casos referenciados pelos colegas, os recursos humanos que temos estariam dimensionados para a procura”, adianta Ester Gama, reconhecendo também que o número de internamentos tem aumentado o que já obrigou a cancelar cirurgias programadas não urgentes, porque “é preciso dar resposta a situações agudas urgentes”.

“Compreendemos o descontentamento das pessoas, mas precisamos de aumentar o número de camas. Estamos a trabalhar para aumentar o número de camas, mas para isso também precisamos de aumentar os recursos, porque precisamos de gente para cuidar dos doentes”, reconhece a pediatra.

 

Nariz entupido e febre fora da Urgência
Os serviços de urgência estão sobrelotados e muitos dos atendimentos poderiam ser resolvidos em casa ou nos cuidados de saúde primários. Os médicos apelam para a população ter consciência real dos sintomas.
“A maioria das infecções respiratórias são benignas e só em situação de gravidade é que se deve acorrer às urgências hospitalares.” Febre, congestionamento nasal, dores no corpo e de cabeça associadas a gripe não são um motivo.
Ir à urgência apenas:
  • Dificuldade respiratória (não associada a congestionamento nasal)
  • Prostração e pouca reacção fora dos períodos de febre
  • Vómitos repetitivos (mais de duas situações)
  • Aparecimento de manchas associadas à febre
  • Dores de corpo muito intensas
  • Febre que não baixa
Etiquetas: hospital de LeiriaMedicina Internapediatriasaúdesociedadeurgências
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