O Instituto Educativo do Juncal (IEJ), no concelho de Porto de Mós, irá, no próximo ano lectivo, reforçar a oferta de ensino profissional, com quatro novos cursos e a duplicação do número de turmas, passando de cinco para dez, “todas já completas”.
Por outro lado, dentro de dois anos a instituição deixará de ministrar ensino secundário regular, sendo que, no próximo ano lectivo, já não abrirá qualquer turma do 10.º ano, mantendo apenas as dos 11.º e 12.º anos.
As mudanças foram reveladas por Tânia Galeão, directora pedagógica do IEJ, durante a última reunião de Câmara de Porto de Mós, realizada no Juncal.
A responsável explicou que, face à redução do número de turmas com contrato de associação – para 2018/19 a tutela só autorizou quatro turmas em início de ciclo (duas para o 5.º ano e outras duas para o 7.º ano) -, a instituição apostou no ensino profissional, com a abertura de quatro novos cursos: Técnico de Maquinação e Programação CNC; Técnico de Produção e Montagem de Moldes; Técnico de Manutenção Industrial- Mecatrónica e Técnico de Turismo Ambiental e Rural. A par da nova oferta, serão mantidos os cursos de Desporto; Técnico de Análises e Técnico de Design Industrial.
[LER_MAIS] “O IEJ reajustou-se à nova realidade“, afirma Tânia Galeão em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, adiantando que a instituição irá apostar “numa formação mais inovadora e articulada com as empresas e com as instituições de ensino superior”.
Segundo a directora pedagógica, a componente mais prática dos novos cursos “será ministrada nas próprias empresas”, sendo que o plano de formação irá “preparar também os alunos para o acesso ao ensino superior, com a possibilidade de apoio às disciplinas de exame desde o 10.º ano”.
Jorge Vala, presidente da Câmara de Porto de Mós, felicita o IEJ por ter conseguido iniciar “uma nova vida com o ensino profissional”, através de oferta “adequada às necessidades das empresas” e colmatando uma lacuna do concelho em termos de oferta formativa.
No novo ano lectivo, o IEJ terá um total de 32 turmas: 10 de profissional e 22 do ensino regular, desde o 1.º ciclo ao 12.º ano, das quais, 15 serão financiadas pelo Ministério de Educação em contrato de associação e sete serão em regime de ensino privado (pagas pelos encarregados de educação).