PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Saúde

Inteligência Artificial aumenta precisão e rapidez das consultas de medicina dentária

Anabela Silva por Anabela Silva
Março 17, 2025
em Saúde
0
Inteligência Artificial aumenta precisão e rapidez das consultas de medicina dentária
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

A utilização de Inteligência Artificial (IA) nas consultas de medicina oral está a tornar-se cada vez mais comum, tendo em conta as vantagens na detecção de cáries, fracturas e de outras patologias, difíceis de ver a olho nu. Graças a esta inovação tecnológica, também é possível mostrar ao paciente o resultado final da colocação de implantes ou de alinhadores, antes de iniciar o tratamento. Além da precisão dos diagnósticos, as consultas passaram a ser mais rápidas. 

Teresa de Vieira e Brito, 51 anos, médica dentista, coordenadora e docente do curso de pós-graduação de Medicina Dentária Digital da CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, refere-se à IA como um “mundo fascinante e em constante evolução”, que muitos dentistas já estão a utilizar, embora sem terem conhecimento disso. Os exemplos são inúmeros.

“A IA destaca-se mais ao nível de diagnóstico da imagem radiológica, ao detectar cáries e doenças periodontais mais precocemente”, afirma a presidente da comissão organizadora do I Congresso Internacional de Inteligência Artificial na Medicina Dentária, que decorreu na Universidade do Algarve, há cerca de um ano. “Faz a leitura de um exame de uma forma mais precisa e mais vasta do que um humano, e alerta-nos para situações que nos poderiam passar despercebidas, por o nosso olho não conseguir ver”, assegura. 

A dentista de Guimarães garante, por isso, que os profissionais de saúde oral ao terem um diagnóstico mais preciso, através dos dados disponibilizados pela IA, conseguem definir um plano de tratamento mais eficaz, e ter mais sucesso na reabilitação. “Pode levar a uma melhoria da saúde oral e da saúde geral”, acredita. 

Através dos algoritmos da IA, as imagens captadas pelos scanners tornaram-se, assim, mais precisas. “Para os adeptos do marketing, temos ferramentas que nos permitem comunicar melhor, expor o plano de tratamento, criar um paciente artificial, e mostrar o desenho do sorriso com que pode ficar, sem ter iniciado o tratamento”, acrescenta Teresa de Vieira e Brito. 

A coordenadora da pós-graduação de Medicina Dentária Digital da CESPU refere ainda a importância da IA na marcação de consultas e na organização de agendas, através do chatbot, software que permite manter uma conversa em tempo real, por texto ou por voz. Contudo, ressalva que a IA não veio ocupar o lugar dos médicos dentistas, mas ajudar. “A saúde sem humanização não é saúde, e os recursos humanos fazem parte do sucesso”, sublinha.

Robôs substituem dentistas
Apesar disso, Teresa de Vieira e Brito revela que já existem robôs a substituir dentistas, em zonas onde não há acesso a estes profissionais de saúde e a meios de diagnóstico. “É uma autêntica revolução, que já está a acontecer”, observa. E prevê que a IA dê um “salto gradativo” dentro de muito pouco tempo. “Não vai fazer bons dentistas, mas com que tenham mais ferramentas e mais capacidade de fazer melhor”, salienta.

“A IA veio para nos dar mais qualidade de diagnóstico de trabalho, e permitir-nos dar mais retorno ao paciente”, assegura a médica dentista. “Temos mais informação, que consegue ser muito precisa, e temos um ganho de tempo e de conhecimento, porque conseguimos construir planos de tratamentos muito rapidamente, e fazer tratamentos mais eficazes, mas tem de haver sempre sentido crítico”, alerta. 

Defende, por isso, que quando se recorrem a ferramentas, como o ChatGPT4, para esclarecer dúvidas, não se pode aceitar tudo como uma verdade absoluta. “Esse é o maior desafio. Não nos podemos esquecer que somos humanos”, reforça. Contudo, afasta visões catastrofistas que defendem que a IA vai destruir o ser humano. “O homem é que se destrói a ele próprio. A IA é uma evolução, e temos de a acompanhar. Quem não a utilizar vai sentir-se ultrapassado.”

Embora se esteja a assistir a um “grande desenvolvimento” desta indústria, Teresa de Vieira e Brito recorda que os protocolos para fazer o scaneamento da boca, ou uma cirurgia guiada, são universais e têm uma base científica, mas, depois, cada um dá o seu cunho pessoal. A título de exemplo, refere que os alinhadores ortodônticos são feitos da mesma forma por todos os dentistas, mas os procedimentos são individualizados na preparação, no polimento, e na escolha da cor.

Empenhada em partilhar os seus conhecimentos com outros médicos dentistas, Teresa de Vieira e Brito previa ministrar um curso clínico online, na segunda-feira, dia 10, entre as 21:30 e as 23:30, intitulado “Como utilizar a IA na medicina dentária: tendências actuais e perspectivas futuras”. Promovido pelo Centro de Formação Contínua da Ordem dos Médicos Dentistas, contavaainda como formador Rocha Jorge, médico dentista com um master em implantologia oral. 

Diagnósticos mais fiáveis
Sandra Ferreira, 53 anos,  médica dentista nas clínicas Mollaris, em Leiria e na Marinha Grande, tem dificuldade em precisar há quantos anos começaram a utilizar a IA. “Muitas vezes, ela já está presente nos sistemas e processos que adoptamos, sem que nos apercebamos”, justifica. “A sua integração ocorreu de uma forma natural, sendo incorporada em plataformas e fluxos de trabalho já existentes.” As clínicas Mollaris aplicam a IA em diversos procedimentos clínicos, entre os quais o diagnóstico radiográfico. “Os algoritmos de IA melhoram a análise das imagens, permitindo um alinhamento mais preciso dos planos, reduzindo distorções ou alterações causadas pelo posicionamento incorrecto do paciente na aquisição do raio-X, de que resultam diagnósticos mais fiáveis e precisos”, justifica.

A Inteligência Artificial é ainda utilizada no planeamento de tratamentos, e na criação de planos de tratamento personalizados, especialmente em áreas como ortodontia, reabilitação oral estética, reabilitações totais, implantologia e harmonização orofacial. “Estes sistemas permitem ao paciente antever o resultado final e participar activamente no processo de decisão”, confirma a médica dentista.

A impressão 3D é outro dos procedimentos clínicos em que a IA é usada para optimizar a produção de coroas e de próteses dentárias, guias cirúrgicos e guias de reconstrução estética. “Esta tecnologia permite-nos melhorar o design, tornando os processos mais rápidos, precisos e reprodutíveis, garantindo melhor eficiência e qualidade nos tratamentos”, acrescenta Sandra Ferreira.

Aponta, assim, como principais vantagens da IA a obtenção de diagnósticos mais precisos, a criação de planos de tratamento mais eficazes, a redução de erros humanos e tecnológicos, a reprodutibilidade dos procedimentos, e a optimização dos processos clínicos. Benefícios que resultam na melhoria na comunicação com o paciente, tornando o atendimento mais personalizado e eficiente, e na redução do tempo de tratamento.

Apesar das mais-valias da Inteligência Artificial, Sandra Ferreira tem consciência de que ainda há muito por explorar na área da medicina dentária. No entanto, defende que “a IA nunca substituirá a parte humana e a relação médico/paciente, fundamental na medicina dentária”. Médica ortodontista, Carla Barata, 37 anos, também ressalva a importância dos profissionais de saúde. 

Máquinas podem falhar
“Como máquina, a IA pode ter falhas, como as outras máquinas, pelo que a mão humana tem de estar sempre presente”, argumenta Carla Barata, que dá consultas em diversas concelhos da região Centro, entre os quais Leiria. “Temos a nossa massa cinzenta para direccionar e orientar”, acrescenta. Apesar de não esconder o seu entusiasmo com os avanços introduzidos pela IA na área da medicina dentária, defende que se tem de continuar a fazer estudos para “melhorar tudo”.

Utilizadora da Inteligência Artificial há cerca de um ano, Carla Barata aponta como uma das grandes vantagens poder monitorizar os pacientes à distância, quando trocam de alinhadores, destinados a corrigir dentes tortos, afastados, e mordidas incorretas, de uma forma discreta. “Com o virtual care, o paciente tira fotografias à boca, e envia através de uma aplicação, que se descarrega gratuitamente, para vermos se o tratamento está a correr bem, ou se há algum ajuste a fazer”, explica. 

A médica ortodontista esclarece que a própria aplicação gera uma notificação se entender que é necessário antecipar a consulta programada. “Dá-me muito mais conforto, e o paciente não se sente abandonado”, afirma. A simulação do “sorriso do paciente”, antes de iniciar o tratamento, através da impressão digital 3D, produzida a partir de um scanner da boca, é outro benefício introduzido pela IA.

“Nos equipamentos mais recentes, conseguimos tirar a foto com a aplicação, que é passada para o scanner, e permite ver como é o sorriso actual, e como pode ficar depois, mas nós é que delineamos o plano de tratamento, com base no algoritmo avançado e melhorado, a partir dos 19 milhões de casos tratados mundialmente”, esclarece. 

“Com o upgrade que houve nestes scanners mais recentes, noto que as pessoas ficam muito mais entusiasmadas, e que isso as motiva para iniciarem o tratamento”, comenta Carla Barata. Não tem, por isso, dúvidas de que o investimento em Inteligência Artificial vale a pena. Apesar de tornar os tratamentos mais dispendiosos, diz que as vantagens compensam. 

Tratamentos personalizados
Sofia Barbosa, do departamento de Marketing da Imaginasoft – Health Care Solutions, empresa que desenvolve soluções digitais à medida para clínicas médicas e dentárias, confirma que a chegada da IA ao campo da saúde oral está a abrir portas para diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e uma experiência geral mais eficaz para pacientes e para profissionais.

“A Inteligência Artificial refere-se à capacidade de as máquinas executarem tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana”, refere Sofia Barbosa, num artigo publicado no site da Imaginasoft. Como exemplos, refere o diagnóstico assistido por IA, tratamentos personalizados, chatbots e atendimento ao cliente, monitorização da saúde oral, e a aprendizagem e previsão de problemas.

No âmbito do diagnóstico assistido por IA, refere que é possível analisar imagens dentárias, como radiografias e imagens de tomografia, para detectar anomalias que podem passar despercebidas a olho nu. Desta forma, garante que “permite um diagnóstico precoce de problemas, como cáries, doenças periodontais e anomalias estruturais”.

“A IA pode analisar os dados do paciente, incluindo o histórico médico, imagens dentárias e informações genéticas, para desenvolver planos de tratamento personalizados”, assegura Sofia Barbosa. “Além de melhorar a eficácia do tratamento, também reduz consideravelmente a possibilidade de reacções adversas”, afirma.

A utilização de chatbots, impulsionados por IA, no atendimento ao cliente é outra das mais-valias apontadas. “Os chatbots podem responder a perguntas frequentes, agendar consultas, fornecer informações básicas sobre procedimentos e, até mesmo, oferecer dicas de cuidados dentários”, especifica. Esta ferramenta garante um atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana, reduzindo o trabalho administrativo, e permitindo aos profissionais de saúde da clínica concentrarem-se em tarefas mais complexas.

Os dispositivos ‘wearables’ e as aplicações móveis permitem aos médicos dentistas monitorizar a saúde oral dos pacientes em tempo real. “Desde o rastreamento de hábitos prejudiciais, como ranger de dentes, até lembrar os pacientes de seguir as rotinas de higiene oral recomendadas, a IA está a capacitar os pacientes a serem mais proativos na manutenção da sua saúde oral”, garante Sofia Barbosa.

Outros dos benefícios da IA identificados é que os algoritmos de aprendizagem podem analisar grandes conjuntos de dados clínicos, para identificar padrões e tendências, ajudando os dentistas a prever possíveis problemas e a tomar medidas preventivas. O diagnóstico torna-se, assim, mais rápido e mais preciso, ao detectar problemas que podem ser difíceis de identificar manualmente.

“A Inteligência Artificial está a moldar um futuro promissor para a medicina dentária, oferecendo soluções inovadoras que melhoram tanto os resultados dos pacientes quanto a eficiência clínica”, defende Sofia Barbosa. “No entanto, é importante realçar que a IA não substituirá os profissionais de saúde, mas sim complementará as suas habilidades”, salienta. “Os dentistas e as suas equipas continuarão a desempenhar um papel crucial na tomada de decisões clínicas.”

Etiquetas: cariesconsultadentáriadentiçãodentistasdiagnósticoIAimplantesinovaçãoLeiriamedicinaprevençãoregião de Leiriasaúde oraltecnologia
Previous Post

PSP detém imigrante ilegal com antecedentes criminais em Caldas da Rainha

Próxima publicação

Demissões deixam PS de Alcobaça sem presidente

Próxima publicação
Demissões deixam PS de Alcobaça sem presidente

Demissões deixam PS de Alcobaça sem presidente

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.