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Inversões

Paulo Henrique por Paulo Henrique
Janeiro 25, 2018
em Opinião
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Do encontro com um personagem real, reflexões, analogias e comparações invertidas vieram à luz num ano onde o sete deu lugar ao oito, transformando o ano. Mas o oito invertido continua a ser um oito, ora que um seis ao inverso passa a ser um nove.

No diálogo com o personagem, compreendemos a um momento este feito: Que as árvores não dão frutos, somos nós que os tiramos.

A partir desta evidência, conseguimos por analogia entrever outras similitudes onde nada está lá para nos oferecer nada, mas que é o ser humano que usa e por vezes abusa da natureza generosa das coisas.

Discutimos depois um evento, onde o que é dito e o que de facto se passou inverte o interesse pessoal, pela maneira como é dito e colocado num contexto, quando o ato em si não estava ligado a esse contexto mencionado mas a um outro.

Aquando da Lisboa Capital Europeia da Cultura 94 foi organizada a primeira exposição de Fado, com Amália Rodrigues convidada para a inaugurar. O responsável pela exposição faz uma palestra e fala de um dos vestidos de Amália com as mangas rasgadas usado em Paris nos finais dos anos 60.

Faz a relação dos rasgos com a revolução de Maio de 68 e diz que ela se insurgiu no palco e rasgou as mangas como eco à causa da revolução. Ora, Amália, que estava presente, acompanhada do personagem real, disse-lhe: 'mas não foi nada disso!

Eu estava apenas a ensaiar as luzes para o espetáculo no palco com o vestido que iria usar e ao sair para o camarim a manga prendeu-se num cabo e rasgou-se. Ora eu, no camarim, resolvi descoser ainda mais e descoser a outra manga. Até anulei uma entrevista para poder acabar os rasgos'.

Esta necessidade de reinventar as coisas, dando um outro ar, ora que a manga rasgada nada tinha a ver com a revolução em Paris, faz-nos lembrar outras inversões, sobretudo na política e na forma de inverter o sentido das mesmas sem refletirmos na autenticidade.

As agora chamadas fake news (noticias falsas) são igualmente uma expressão em voga nas redes sociais e que pode remontar à arte da retórica, como à do aldrabão. Afonso Lopes Vieira, poeta de Leiria, colaborou em jornais fazendo passar novas ideias.

 [LER_MAIS] Antes, uma pessoa influente (mesmo um comerciante) podia comprar um anúncio num jornal e pedir em troca que falassem por exemplo de Jazz. O Jazz em Portugal começa a ter a sua importância porque certas pessoas escreviam sobre esse estilo musical. Assim o Jazz consegue ter voz, chegando a outras pessoas menos influentes.

Hoje em dia, estas mesmas inversões existem. Na sua maioria, não para disseminar e dar a conhecer algo de inovador a todos, mas para contrabalançar, um indivíduo, um poder político, etc.

Para conseguir destituir o outro em seu próprio benefício (pessoal, empresarial, político, social ou cultural). O incrível é que depois a maioria desta informação não é verificada, ou pouco, e tudo passa sem uma atitude crítica e de análise.

O que podemos nós inverter nas nossas relações com a informação, com os outros, connosco, com a natureza, com o nosso tempo? E voltando à árvore de fruto, foi o homem que tirou o fruto antes que ele caia, que criou esse ato abrupto na existência mútua.

Ora, quando tirar e porquê tirar ? E nós, o que é que podemos dar, como e quando? A revolução dos outros talvez não seja a nossa. Nem oito nem oitenta.

*Coreógrafo
Texto escrito de acordo com a nova ortografia

Etiquetas: opiniãopaulo henrique
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