PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Isto e o Bowie

Carlos Martins por Carlos Martins
Janeiro 22, 2016
em Opinião
0
Isto e o Bowie
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

O centro comercial já não cheira a purpurina, cheira a salas de espera de hospital e a Fátima. A democratização do consumismo já não é excitante, é uma noção que se auto implode com a rapidez que ela própria imprimiu na máquina.

O centro comercial está morto. Outro dia não consegui desligar a ideia de estranhar tanta diversidade bacoca e desalmada, o charme do centro comercial deu lugar a uma feira de mofo extremamente pirosa, diferente mas igual, cheia de ácaros, desnecessidades e corporações amparadas por securitas.

Vazou de mim aquela questão de não pertença outra vez, deduzi como sempre deduzo que não sei falar com as pessoas e não pretendo que saibam sequer que existo porque a dar-se esse caso, não saberia o que dizer.

Lembro-me de haver excursões a Lisboa para visitar aquela obra do Taveira cheia de lojas lá dentro mas nós não íamos para ver as lojas ou sequer comprar coisas, íamos para conhecer aquela ideia tão progressista que daqui a 3 ou 4 anos desapareceria. Só que não. Afinal não. Cresceu, maturou e morreu.

Sente-se que se está a entrar num espaço mal lavado, desleixado, falido até. Bem se sabe que não é o caso, não se trata de contenção de custos, trata-se de o mínimo ser o suficiente, dar mais do que isso é mimo interpessoal, perigoso, semi socialista. Rodeado por tanta figuração, de iguais multicolores que já nem de neon precisam para compor a cinzentude, sente-se solidão.

Apesar de se querer evidenciar um sentimento de superioridade, a verdade é que ele não existe porque seja que prazer for, ele só existe se denunciadamente partilhado. E, se fores clinicamente antisocial, essa tarefa revela-se particularmente difícil.

Do alto das dissonâncias que só dão trabalho infecundo, dá-me para esquecer isso tudo e redescobrir Bowie. Nunca me tinha apercebido que era tão boa pessoa e não é por ter morrido, é porque era mesmo.

Era completo, inspirado, inspirador e muito muito bonito. Nunca tinha pensado que podia morrer. Nem que era possível ter-se tanto charme a encenar a própria morte. Foi uma encenação generosa que respeita a dor, abrevia tumultos existenciais e ao mesmo tempo exibe uma saída com a maior piscadela de olho da história.

Músico

Previous Post

Mecenato

Próxima publicação

“Dois” comentários sobre as eleições presenciais de 24 de janeiro de 2016

Próxima publicação
“Dois” comentários sobre as eleições presenciais de 24 de janeiro de 2016

“Dois” comentários sobre as eleições presenciais de 24 de janeiro de 2016

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.