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Uma empresa do ramo da restauração, na Marinha Grande, procura empregado de mesa com formação superior, disponibilidade para trabalhar a tempo inteiro e com idade compreendida entre os 18 e os 30 anos.
Na região de Leiria, uma escola procura auxiliar para a secretaria, que fique responsável pelo processamento de documentos dos alunos, que exerça outras funções administrativas, e que tenha entre 18 e 35 anos.
Também uma agência de viagens, da mesma zona, procura um funcionário capaz de elaborar roteiros, atender o cliente, vender passagens, organizar excursões e documentação. Um dos requisitos de admissão é que tenha entre os 18 e os 35 anos.
Embora a lei proíba as empresas de impor condicionantes etários na contratação de recursos humanos – tal como acontece, por exemplo, em relação à discriminação do sexo – não faltam anúncios de emprego onde essa limitação é explícita.
Os 35 anos são, em muitos casos, uma barreira intransponível mas, por inércia ou falta de informação, os candidatos não costumam contestar esse critério na Justiça . David Carvalho, que ao longo de 25 anos tem liderado empresas de recrutamento na área do trabalho temporário, explica que os empregadores colocam hoje mais entraves na idade quando se trata de quadros médios e superiores, do que em relação aos trabalhadores indiferenciados.
Para desempenhar determinados ofícios, onde existe escassez de recursos humanos experientes – o que sucede em muitas tarefas da indústria de moldes – a idade não é entrave de modo algum, explica David Carvalho. E por que razão querem as empresas quadros tão novos?
Existem muitos jovens licenciados, à procura do primeiro emprego, e que não têm grandes expectativas em relação ao vencimento. Por outro lado, não tendo ainda constituído família, possuem, teoricamente, mais disponibilidade para se entregar à vida profissional.
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