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Home Opinião

Janelas

Paulo Kellerman, escritor por Paulo Kellerman, escritor
Agosto 4, 2016
em Opinião
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Janelas
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Oh menino, tenho mais que fazer do que andar a queixar-me. Desculpe lá chamar-lhe menino, mas é por causa do olhar. Tem um olhar de criança, e isso é raro. O mais comum é encontrar olhares de velho, sejam velhos ou não; aquele olhar de quem está desinteressado no que vê, um olhar virado para dentro.

E vivo num lar, certo?, é natural que esteja rodeada de gente com olhar de velho. Quando encontro alguém com olhar de criança é uma festa porque é bom ser mesmo vista e não apenas olhada. Mas acabei de dizer que tenho mais que fazer do que queixar-me, e aqui estou eu a queixar-me. Enfim, não há mal nenhum em ser contraditória, antes isso que estar cheia de certezas. Aqui, as pessoas têm muitas certezas, é uma coisa que piora com a idade. E são todos velhos não só de corpo mas também de espírito. Alguns até já estão mortos mas ainda não o perceberam; é como se esperassem uma oficialização.

No fundo, são pessoas respeitadoras de preceitos e burocracias, precisam de papéis para tudo; até para morrer. Mas não ligue, menino. Por vezes dá-me para a tolice. A tolice é como uma janela, não concorda? Se não a abrimos de vez em quando, é como se estivéssemos sempre fechados numa sala escura.

O sonho também é uma janela, e essa devia estar sempre aberta. É verdade que tenho sessenta e oito anos mas não será isso que me impedirá de sonhar. Quer saber o que sonho? Tolices, claro; acho que são duas janelas que se comunicam, a do sonho e a da tolice. Olhe, sonho com rojões, nunca fazem disso aqui; ou com filhós de abóbora. Sabe aquilo que se diz sobre tratarem os velhos como crianças? Passa-se muito na alimentação, é triste uma pessoa não poder comer o que deseja. Que mal há em rojões e filhós?

*Escritor
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Etiquetas: paulokellerman
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