PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Entrevista

João Santos: “A restauração evoluiu de uma forma, em que os preços perderam o controlo”

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Janeiro 9, 2025
em Entrevista
0
João Santos: “A restauração evoluiu de uma forma, em que os preços perderam o controlo”
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Lançou recentemente o livro Sangue, Suor e Gestão. Em que pontos se cruza a história dessa empresa familiar com a história do Rei dos Frangos?
O livro Sangue, Suor e Gestão nasce em parte da minha experiência e do meu dia-a-dia, mas também é muito inspirado em histórias e experiências que “recebi” de outros gestores de empresas familiares. Gerir uma empresa familiar tem particularidades emocionais que por vezes se sobrepõem à componente profissional na gestão e é importante estudar e explicar como podemos tirar partido dessa componente emocional e como podemos manter o profissionalismo. Quis explorar esses temas e apresentar algumas ideias e soluções.

A história do Rei dos Frangos começa em 1989, com a abertura da primeira churrasqueira na Rua Capitão Mouzinho de Albuquerque, em Leiria, por iniciativa do seu pai e da sua mãe, João e Anabela Santos. Mas já existia alguma experiência da família neste sector?
Já. Tudo começou com a churrasqueira que era do meu avô paterno, nas Caldas da Rainha. Até comprámos todas as lojas que antes eram João dos Frangos. Agora são Rei dos Frangos. Chegou a ter frango no espeto, depois evoluiu para o frango assado no carvão.

O negócio correu de feição e pouco depois, em 1991, começa a expandir-se uma cadeia de lojas. Actualmente quantas são?
Neste momento, temos 20 take away e quatro restaurantes. Todas as lojas localizadas entre Coimbra e Montijo.

O objectivo é abrir só em Portugal?
Nós já nos internacionalizamos através da Frangus, enquanto lógica de exportação. Temos uma marca de produtos congelados que exportamos muito. Temos um produto estrela, que mais ninguém tem, que é o frango na brasa ultracongelado. Já é um negócio muito interessante, [LER_MAIS]que já é representativo. Trabalhamos muito no mercado da saudade com esse negócio.

Esperam abrir mais restaurantes?
Temos já em Coimbra, Leiria, Fátima e Odivelas e vamos abrir em Caldas da Rainha uma loja muito parecida com a de Fátima. É um modelo que queremos repetir. Tem um bom take away e restaurante com design apelativo, moderno e acolhedor, com algumas obras de arte. O conceito do restaurante Frangus irá um bocadinho por aí, como solução para a classe média. E não deixamos de lado a ideia de podermos abrir só take aways Rei dos Frangos. É algo que depende da zona. O Frangus traz uma solução muito em conta para a classe média, com uma gama de comida relativamente alta e um preço justo. E ajuda muito quem trabalha, com diárias de segunda a sexta-feira, com bom preço e serviço elegante. Julgo que toda a gente gosta. E tentamos ter sempre muita variedade nas diárias. A restauração evoluiu de uma forma, em que os preços perderam o controlo. E a sociedade em geral precisa que as coisas sejam um pouco mais em conta. Tentamos ser responsáveis. Não conseguimos fugir aos aumentos, mas tentamos ter um preço/ dose muito simpáticos. E é um investimento contínuo que temos de fazer.

Que entendimento têm sobre o franchising?
Presentemente, temos três lojas franchisadas: em Alcobaça, Entroncamento e Montijo. Desenhámos um modelo, em 2010, para fazer uma rede de franchising um pouco maior, mas percebemos que as mentalidades, na área da restauração, são muito diferentes. Há pessoas que pensam que, por algo vender muito, vai dar muito dinheiro. Mas a restauração não é um negócio de grandes margens, as coisas têm de ser bem geridas. E tem de existir foco no serviço e no produto. Dá muito trabalho, exige equipas motivadas, treinadas. É difícil às vezes explicar às pessoas que é essencial focar na qualidade do produto. Temos muitos pedidos de franchising. Mas já não aceitamos.

Exportam refeições para diversas latitudes. Adaptam a comida ao gosto das comunidades?
Não estou a dizer que não vamos fazer receitas adaptadas quando necessário, mas este tipo de produtos que vendemos actualmente seguem princípios à volta de uma receita tradicional. Chamar frango de churrasco ou frango assado a carvão à portuguesa com molho picante, e depois, de um momento para outro, meter soja ou outra coisa qualquer, para nós não é frango assado português. Tentamos respeitar o que é a premissa do produto, a identidade. O que não quer dizer que não venha a fazer adaptações, devido a alergénios, por exemplo.

Quanto a pratos vegetarianos, vegan e outros nichos?
Há muito boa comida vegetariana e nós também temos lasanha vegetariana entre outros pratos. Mas nós somos o Rei dos Frangos, era um bocadinho ridículo estar a dizer agora sou muito amigo de fazer comida vegan. Temos soluções vegetarianas e há pratos muito bons, mas não concordo muito com variação de receitas muito conhecidas que, de um dia para o outro, são vegetarianas. O movimento vegetariano deve crescer, com receitas desse movimento.

Afinal, o segredo do sucesso não está só no molho?
Não. Mas é engraçado que para o frango assado na brasa ultracongelado, o nosso segredo vem da técnica dos temperos e do molho. Somos ultra puristas e as receitas ainda estão na família. O segredo do sucesso do Rei dos Frangos vem muito de tentarmos defender sempre uma lógica familiar. Temos pessoas com 30 anos de casa. Temos pessoas a quem conhecemos os filhos, os maridos, ou seja, é uma empresa que tem 200 e muitas pessoas, mas, ao mesmo tempo, há ligações, há pessoas que se esforçam, que vestem verdadeiramente a camisola, porque gostam de estar aqui. O sucesso vem das pessoas. Dá muito trabalho fortalecer as equipas. E nunca tentámos atalhar caminhos na qualidade, nunca tentamos fazer subidas brutais de preço. Muito longe disso. Até por vezes fazemos o contrário. Quando é possível, tentamos descer. Acho que é justo e nós também não estamos a olhar para um negócio a um ou dois anos. Estamos a olhar para um negócio a mais 50 ou 100 anos. E defendemos a portugalidade e as pessoas que estão cá sentem que estão a ser defendidas numa cultura que também é delas.

Essa portugalidade é muito valorizada no mercado da saudade?
Esse mercado percebeu que há forma de fazer boa comida congelada e que isto não é só um negócio, também é uma forma de estar. Há confiança total. Mas neste momento, também já fechamos um bocadinho esse leque de clientes na Europa, até para não tirarem negócio uns aos outros. Já estamos a saltar um bocadinho para os mercados locais, a entrar nalguma distribuição local. É um trabalho que demora. Mas o mercado da saudade ajudou-nos muito e valorizamos muito esse mercado. Temos essa gratidão.

Que tipo de competências estimulam na vossa equipa?
Valorizo o ser boa pessoa. Aliás, muito se fala agora em soft skills e a parte da componente técnica tem que existir, mas as empresas também têm que ser uma escola. Se estas não forem, também não servem. Se a pessoa for de bom íntimo, trabalhadora, dedicada e se ajudar os outros, em equipa, ajuda a empresa a um crescimento muito mais sustentado.

O bem-estar animal está na vossa lista de preocupações?
Tem que ser uma preocupação. Se os animais contribuem para a nossa alimentação, tem que haver alguma nobreza no processo, até chegar à nossa mesa. Acho fundamental e Portugal está muito à frente neste nível. O problema é que há outros países na Europa onde isso não acontece. Depois sofremos por via do preço. Lá fora há algum descontrolo, mas Portugal está no caminho certo.

Além de comida, também vendem vinhos da marca Petiz.
Petiz é uma marca nossa. E agora também temos uma cerveja, a Espalha Brasas. Há 12 ou 13 anos, ao analisar a carta que tínhamos no Rei dos Frangos, chegamos à conclusão que tínhamos vinhos iguais aos dos supermercados. Numa das primeiras conversas com os enólogos, Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, percebemos que havia forma de ter vinhos relativamente diferentes. O público até poderia não estar treinado, mas nós poderíamos ajudá-lo a perceber que há vinhos melhores. E começámos com o Petiz. Percebemos que mostrar mais regiões a um preço justo, com uma boa qualidade, era muito simpático de oferecer na prateleira de uma churrasqueira. Embora tivesse que lutar contra o facto de uma prateleira de churrasqueira não ser reconhecidamente um sítio onde se experimentam vinhos. A decisão que tomei na altura foi retirar todas as marcas e só colocar Petiz. E teve muito sucesso. Se de início produzíamos 18 mil garrafas, agora fazemos cerca de 50 mil.

Podemos esperar investimento numa quinta para a produção de vinho?
Vou ser realista. Eu prefiro trabalhar com os lotes que eu quero, trabalhar com os enólogos, perceber o que é possível ou não de fazer, a investir em quintas para produção vínica. Mas é uma área que eu gosto bastante. E costumo dizer que a minha velhice será numa quinta.

Como gostariam que fosse esta empresa daqui a mais de 35 anos?
O grande objectivo, não sei se é tangível ou não, é tornar o nosso frango na brasa ultracongelado, para os portugueses, como a piza está para os italianos. E é muito fácil de colocar noutras culturas. É impossível alguém provar e não gostar. Em termos de lojas, é ter uma rede bem representada em Portugal e ter algumas soluções lá fora. O foco é tentar expandir devagar com responsabilidade logística. O nosso próximo objectivo é desenvolver um projecto grande, em Caldas da Rainha, que irá ficar construído em 2026. Além disso, vamos continuar a melhorar o actual edifício, na ZICOFA. Junto a este, teremos no futuro mais 30 a 35 mil metros quadrados de área produtiva. Vamos ter uma fábrica pensada para a área da exportação, que vai empregar 200 ou 300 pessoas. Gostaríamos que estivesse a trabalhar dentro de seis anos.

 

Trajecto: Entre o negócio e o lazer

João Santos gere o Rei dos Frangos em articulação com a irmã, também com a mãe e o pai, fundadores do negócio. É natural de Caldas da Rainha, estudou Gestão na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, colaborou em empresas de marketing antes de se dedicar à empresa familiar. Enologia e leitura fazem parte dos seus passatempos.

 

Etiquetas: entrevistaJoão SantosRei dos Frangos
Previous Post

Engenhos pirotécnicos e alcoolismo impedem 13 adeptos de aceder ao jogo Benfica-Braga

Próxima publicação

Reincidente detido pela PSP de Pombal a conduzir embriagado

Próxima publicação
Reincidente detido pela PSP de Pombal a conduzir embriagado

Reincidente detido pela PSP de Pombal a conduzir embriagado

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.