“Quer saber como começou o surf na Nazaré? É uma história que tem que ver com a PIDE!” Joaquim Grilo tem 64 anos e há quase cinco décadas foi o primeiro nazareno a aguentar-se em cima de uma prancha.
Não gosta que lhe chamem surfista, porque pouco mais fazia do que equilibrar-se, mas foi ele o pioneiro, quem abriu a Caixa de Pandora que nos últimos anos, a cavalo numa onda, tem levado o nome da vila a todos os cantos do Mundo.
“Era uma luta em cima da prancha, nova, polida. Quem sabia agarrar-se em cima daquilo?” O irmão João, três anos mais novo, seguiu-lhe as pisadas, mas ele sim, é surfista até hoje.
Imbuídos de um espírito aventureiro, resolveram fazer o que nunca tinha sido feito por aquelas paragens. Estávamos nos finais dos anos sessenta do século passado. Eusébio era craque do Benfica, Portugal vivia em ditadura e a informação proveniente do exterior era reduzida.
De surf, então, não se ouvia falar. “A televisão era a preto e branco e acabava à meia-noite."
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo