PUBLICIDADE
A época passada foi uma desilusão para a Juve Lis. Principalmente para a equipa masculina, que entrou na 2.ª Divisão com expectativas elevadas de alcançar metas históricas para o andebol da cidade.
No entanto, os resultados tardaram em chegar e a equipa acabou por falhar o acesso à fase final da prova.
Na segunda-feira, o grupo de trabalho reatou os treinos tendo em vista a edição 2020/21 da 2.ª Divisão.
Entre as cautelas decorrentes da pandemia e as incertezas que ainda existem sobre o processo competitivo, o treinador Paulo Félix arranca pela primeira vez uma época à frente de uma equipa masculina, depois de anos ao mais alto nível no andebol feminino da região.
Agora, na Juve Lis, quer realizar “uma época positiva”. “Estamos num processo de estruturação e construção do grupo de trabalho que começou um pouco tarde devido a várias circunstâncias, mas está a ser realizado com o máximo de rigor”, sublinha o responsável.
Não quer quantificar, contudo, o que isso significa nem pretende dar aso a especulações sobre uma eventual candidatura à subida ao primeiro escalão.
Uma tarefa difícil e que no distrito só foi conseguida uma vez, pelo Atlético Clube da Sismaria, há mais de quatro décadas.
“Todas as pessoas do andebol dizem que Leiria devia ter uma equipa na 1.ª Divisão masculina, mas dizer é uma coisa, acontecer é outra”, diz Paulo Félix.
Para que tal aconteça, prossegue o treinador, há “duas hipóteses”: ou “muito dinheiro” ou uma “estrutura forte e organizada”, que passa pelo “staff directivo, técnico e, principalmente, mais atletas jovens a jogar, com apoio de qualidade para poderem evoluir”.
“Caso contrário, estamos lá um ano e descemos com mazelas profundas na organização do clube. Como o dinheiro não abunda, a escolha é simples”, prossegue o treinador, que para 2020/21 terá um plantel “mais curto”, mas com todas as entradas a serem escolhidas de “forma criteriosa” no que diz respeito “a aspectos técnico-tácticos, mentalidade e de acordo com as necessidades do grupo”.
Até ao momento a Juve Lis conta com Ruben Serrano (ex-AC Sismaria), José Nuno Silva (ex-Sporting da Horta) e o brasileiro Jonas Alves (ex-Águas Santas) como reforços, mas é expectável a entrada de mais um par de atletas.
A criação de uma equipa sub-23, que irá competir na 3.ª Divisão, permitirá a “evolução dos jovens, sempre com a possibilidade de entrarem na equipa sénior”.
Para que a época seja de sucesso, Paulo Félix espera uma equipa “alinhada”, “comprometida” e com “capacidade de adaptação à actual conjuntura”. “Muita coisa será diferente no dia-a-dia do clube e dos atletas.”
