O Município de Leiria está a criar um centro de alojamento de emergência, com capacidade para 14 pessoas, que visa acolher, de forma “transitória”, pessoas em situação de fragilidade social. A nova resposta será instalada num imóvel adquirido pela autarquia na Barreira, onde decorrem já obras de adaptação, prevendo-se que fiquem concluídas no final de Setembro da transferência de competências nesta área, para gerir as situações sinalizadas pela Linha Nacional de Emergência Social (número 144).
“Entre Abril de 2023 e Abril de 2024 houve perto de 70 situações sinalizadas” no concelho, revelou a vereadora durante a última reunião de câmara. Na ocasião, Ana Valentim esclareceu que, neste momento, quando há necessidade de alojamento de emergência, as pessoas são encaminhadas para quartos ou pensões, uma resposta que, reconheceu, “não é, de todo, a mais adequada”.
“Queremos dar uma resposta condigna, com qualidade, dispondo de uma estrutura, com uma equipa devidamente habilitada, não só para acolher essas pessoas, mas também para trabalhar a sua reinserção”, afirmou a vereadora, alegando que “o número crescente de pessoas em situação de desprotecção social justifica a implementação desta resposta”.
O centro será instalado num imóvel, de rés-do-chão e primeiro andar, que funcionará 24 horas por dia, todos os dias do ano. “Vamos proporcionar um conjunto de serviços, como alojamento, alimentação, apoio social, em articulação com os nossos parceiros locais, para assegurar o encaminhamento destas pessoas para a sua inserção social e a sua autonomia”, assegurou Ana Valentim, especificando que estes centros são “respostas de transição”.
“O que está determinado é um acolhimento por 48 horas. Mas, sabemos que é um pouco utópico e que, na maioria das vezes, não se consegue um encaminhamento social” nesse prazo, pelo que, as pessoas “ficarão até haver uma resposta alternativa”. O imóvel custou 270 mil euros e as obras estão orçadas em 97 mil euros.