“No dia em que a radiação desaparece, Simon apressa-se em direcção ao coração da zona, levando consigo a sua colega Agathe, na esperança de redescobrir um passado perdido”.
Produzido em França, Wormwood é uma das curta-metragens a concurso, com estreia nacional, que abre a 12.ª edição do Leiria Film Fest, e que será exibido no dia 21 de Maio. A decorrer entre 19 e 25 de Maio, o festival de cinema estende-se este ano por uma semana e inicia um ciclo de homenagens.
Paulo Trancoso é o primeiro eleito. “Chegámos à duração ideal do festival: de segunda a domingo. Vai ser uma semana inteira em que a cidade vai viver ou respirar um bocadinho de cinema”, assume Bruno Carnide.
O co-director do Leiria Film Fest adianta que a sessão de abertura, no dia 20, irá homenagear o actual presidente e fundador da Academia Portuguesa de Cinema, “uma figura muito importante do cinema português”.
“Entendemos que o Paulo era a escolha mais óbvia para começarmos com as homenagens, sobretudo, por todas as contribuições que já deu ao cinema português. O objectivo é todos os anos homenagear uma pessoa que tenha contribuído para o cinema em Portugal”, revela Bruno Carnide. Será exibido o filme Duas Mulheres, de João Mário Grilo, produzido por Paulo Trancoso.
Sempre com entrada gratuita, as nove sessões competitivas do festival de curtas-metragens e de filmes para crianças incluem uma estreia mundial: Os Ecos que Carregamos, de Areeba Naveed será exibido no 23 Maio, no Teatro Miguel Franco.
A edição deste ano, que conta com uma semana de cinema nas categorias de animação, ficção, documentário e filmes para crianças e mais de 60 convidados, apresenta ainda 13 estreias nacionais e outras três europeias. Além desta curta produzida em Portugal, na selecção oficial para 2025 há cineastas de vários países desde a China aos Estados Unidos.
Dos quase 500 filmes a concurso, o júri seleccionou 32 curtas-metragens: 16 nacionais e 16 internacionais.
A edição deste ano volta a não passar ao lado da guerra. The Miracle of Life, de Sabrine Khoury (Palestina, Países Baixos), é um documentário que assenta no cenário da guerra de Gaza, onde é seguida a jornada emocional e física de uma futura mãe palestiniana nos Países Baixos. Será exibido no dia 22.
“Procuramos programar filmes com alguns tipos de história e linguagens audiovisuais mais convencionais, a que o público estará mais habituado, o que nos traz histórias com mais dramas. Este ano, temos duas curtas que estão mais ligadas à comédia”, confessa, ao acrescentar que foram seleccionados quatro documentários portugueses, onde, cada um, faz o “retrato de uma mulher com diferentes importâncias na sociedade”. De realçar ainda a sessão foco Albânia by Tirana International Film Festival.
Outra das novidades deste ano é a realização de três masterclasses, “quase uma espécie de mini curso de cinema”, que se debruçam sobre Argumento para cinema, Música para cinema e Realização e Storyboard.
O festival garantiu este ano financiamento do Instituto do Cinema e do Audiovisual, que assegura já a edição do próximo ano. Um reconhecimento, admite o co-produtor, do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido há 11 anos. A 12.º edição do Leiria Film Fest, que volta a contar com o apoio do JORNAL DE LEIRIA, vai ocupar o Teatro Miguel Franco, o Mercado de Sant’Ana e o m|i|mo – museu da imagem em movimento.