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Home Sociedade

Leiria: Há uma porta para o além no maior centro espírita da Europa?

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Novembro 23, 2017
em Sociedade
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Leiria: Há uma porta para o além no maior centro espírita da Europa?
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Pelo centro espírita da Barosa, que muitos dizem ser o maior da Europa, chegam a circular mil pessoas por semana. Sexta-feira, 3 de Novembro, depois das canções de louvor a Deus acompanhadas à viola, depois da prece, o salão está praticamente repleto quando começa a palestra de Isabel Saraiva, 75 anos, presidente da Associação Espírita de Leiria. Ali prega-se a imortalidade da alma individual e o regresso ao lado de cá em vidas sucessivas. Mas o que torna o espiritismo diferente é a crença na comunicação com os espíritos por intermédio de médiuns, como quem telefona para o além. "Há justiça através da reencarnação", afirma Isabel Saraiva, dirigindo-se à assembleia, com quase 500 pessoas. "O espírito é imortal, retornará quantas vezes for necessário até alcançar a perfeição relativa da qual nos falou Jesus". Quando termina, já passa das 21 horas e está tudo pronto para os trabalhos da casa, até perto da meia-noite: o passe, a água fluidificada, a evangelização das crianças, o estudo para adultos e a sessão mediúnica de assistência psíquica – o alegado contacto com os que já morreram, que o JORNAL DE LEIRIA presenciou, no âmbito desta reportagem. A maioria dos frequentadores do centro espírita da Barosa conhece mal a doutrina espírita, de matriz cristã. Muitos estão ali pela primeira vez, outros vêm de propósito do estrangeiro. Daí a repetição nas palestras dos fundamentos codificados por Allan Kardec no Livro dos Espíritos, publicado inicialmente em França, no ano de 1857. Toda a prática espírita é gratuita e não existem rituais nem hierarquias sacerdotais. O espiritismo não se apresenta como religião, mas como doutrina filosófica de bases científicas com implicações éticas e morais. Que vê o planeta Terra como uma escola entre outros mundos habitados e a pluralidade de existências como a soma de aprendizagens, provas, missões e oportunidades de expiação. "Algo que a ciência quer pôr no tubo de ensaio, [mas] os espíritos não se apropriam a tubos de ensaio", resume Isabel Saraiva, a mulher que desde a década de 80 lidera o movimento espírita em Leiria.

 [LER_MAIS] 

Fazer a ficha. Quem entra pela primeira vez no centro espírita da Barosa, em busca de ajuda, quase sempre passa pelo atendimento. E faz a ficha. Dá o nome, a morada e relata queixas, as mais variadas: doenças físicas e psicológicas, problemas no trabalho, conflitos na família, depressões de amor ou mesmo fenómenos sem explicação aparente. Daí em diante o processo é cego, ou seja, tudo acontece no anonimato. No dia escolhido, a ficha é levada a um médium, porque o objectivo é ouvir a espiritualidade sobre o caso – a mediunidade, entendida como intercâmbio com os mortos, está na origem do espiritismo e domina o quotidiano do centro espírita da Barosa. Sem o dizer, Isabel Saraiva mentaliza o nome da pessoa que procura auxílio. E um dos mentores da Associação, também chamados guias – segundo a doutrina, são entidades desencarnadas, que existem noutro estado vibratório – responde com recomendações, através do médium. As mais frequentes incluem os trabalhos de desobsessão e o estudo do pensamento proposto por Kardec. Os trabalhos de desobsessão realizam-se três noites por semana, na sala de assistência psíquica, com o contributo de trabalhadores da casa. Na sessão de 25 de Outubro, em que o JORNAL DE LEIRIA também esteve presente, o propósito anunciado é o de sempre: esclarecer, pelo diálogo, espíritos obsessores que continuam ligados a pessoas neste mundo, alegadamente prejudicando-as.

A sessão mediúnica. Ao todo, estão umas 40 pessoas, à meia-luz, em silêncio. De acordo com a doutrina espírita, a alma é imortal, preserva a individualidade e existe noutro plano, durante anos, décadas ou séculos, no período entre reencarnações. Espíritos encarnados e espíritos desencarnados podem comunicar e influenciar-se mutuamente, com pensamentos, palavras e actos. Todas as sessões mediúnicas na Barosa são dirigidas à porta fechada por Isabel Saraiva, que começa por distribuir o médiuns e esclarecedores, também chamados doutrinadores, pelas cadeiras disponíveis, numa corrente em rectângulo. Trabalham aos pares: os médiuns dão a voz às comunicações, os doutrinadores dialogam com os espíritos. Além deles, há os esteios, cuja função é sintonizarem-se com vibrações positivas, pela meditação.

Com as imagens de Alan Kardec e Jesus Cristo a quebrarem o branco das paredes em volta, Isabel Saraiva começa por uma leitura, seguida de uma prece.  Para que todos os presentes se harmonizem. Aos olhos dos espíritas, Jesus é o governador do planeta, no sentido literal, o espírito mais perfeito oferecido por Deus para servir à humanidade de guia e modelo. Isabel Saraiva passa depois a convocar a ajuda dos guias e mentores espirituais da Associação para os trabalhos que estão prestes a iniciar-se. Por palavras, roga que se crie um perímetro protector do que vai acontecer. E só então abre a primeira ficha e mentaliza o nome da pessoa, mantendo o anonimato. Pede às equipas espirituais para trazerem à sala os espíritos obsessores relacionados com aquele caso – e, logo que o diz, de imediato os corpos dos médiuns se agitam em transe nas cadeiras como debaixo do efeito de um choque eléctrico e o silêncio dá lugar a uma torrente de conversas, risos e lamúrias que se atropelam.

Vai ser assim por um par de horas. "Trabalhar com mediunidade é trabalhar com energias", afirma. Por uma vez, a responsável interrompe para reequilibrar o ambiente, quando uma médium grita e esbraceja, descontrolada. "Há uma falange de entidades espirituais" que se encontram "nas trevas mais profundas" e "quando se manifestam são de uma dificuldade incrível", refere. Durante a sessão, os doutrinadores procuram expor às entidades que supostamente se manifestam pelos médiuns a reencarnação como instrumento de melhoria moral, intelectual e espiritual com destino à perfeição. "Nós, dialogando com os espíritos obsessores, encaminhamos para que eles se desliguem da pessoa, do ambiente terráqueo", afirma Isabel Saraiva. "Normalmente pretendemos entender o que estão ali a fazer. Muitas entidades nem sabem que morreram. Vêem-se com o mesmo corpo, estão à espera que lhes apareça o céu ou o inferno, como não encontram, é preciso que a gente lhes explique". Também é frequente os doutrinadores enunciarem a lei de causa e efeito: para o espiritismo, todos os actos têm consequências no presente e no futuro, no estado corpóreo e noutros. "É isso que se faz na casa espírita. É dizer a um espírito que odeia que o ódio que ele tem faz-lhe pior a ele do que à pessoa que ele odeia", porque "está-se a prejudicar a ele próprio em primeiro lugar", resume um dos mais antigos membros da Associação. Em cada ficha, o fim é encaminhar os espíritos obsessores para "um lugar de apoio espiritual". A reunião termina com mensagens dos guias e mentores dos médiuns para os trabalhadores da casa.

No espiritismo, os casos mais graves de obsessão têm a ver com relacionamentos e acções de vidas passadas. Na noite da sessão mediúnica, a pessoa que pede ajuda normalmente dirigese ao centro espírita da Barosa, assiste à palestra e recebe o passe, um momento de limpeza psíquica e transferência de energias. Nos meses seguintes, é encaminhada para o curso básico sobre a doutrina. "Ao longo destes anos tenho constatado que os resultados do trabalho espiritual têm sido muitíssimo bons", afirma Isabel Saraiva. Daí a fama de maior centro espírita da Europa. "Penso que Leiria é sem dúvida nenhuma o maior da Europa em afluência", diz Vítor Féria, presidente da Federação Espírita Portuguesa.

Milagres? "Não, nem pensar". Mas "que muita gente se cura, cura". As palavras são de Isabel Saraiva, que conta uma história recente. A criança estava doente e chegou pela mão de uma avó. Um tumor no cérebro, em fase terminal. Filha de pai francês e mãe portuguesa. Na Barosa, participou nma sessão orientada para a saúde, que em regra acontecem de 15 em 15 dias, à quinta- feira. "Quando voltou a França, os médicos ficaram baratinados. E, no entanto, nós não fizemos nada. Tudo é espiritual", diz a presidente da Associação Espírita de Leiria. Sobretudo no Brasil, mas também em Portugal, são muitos os médicos, investigadores e professores universitários que seguem as ideias de Kardec. Na perspectiva do espiritismo, não há injustiça na doença. Nem mesmo quando está em causa uma criança. A doença é aceite como uma experiência que tem por finalidade o próprio doente ou os que lhe são próximos, sejam familiares, amigos ou profissionais de saúde. Com origem em pensamentos e actos, desta e de outras vidas, que provocam desequilíbrios, afirma Isabel Saraiva. "Congregamos energias, que podem actuar em qualquer parte do nosso organismo, energias que afectam as nossas células. Ao afectarem as nossas células, logicamente podem criar os mais variados tipos de problemas". Quando solicitada a ajuda dos mundos invisíveis, "a melhor explicação" para os resultados, diz a presidente da Associação Espírita de Leiria, "é o comportamento humano".

Na Barosa, as reuniões de assistência espiritual à doença realizam- se à porta fechada, em ambiente reservado, duas vezes por mês. Não há interacção humana com os doentes, que permanecem todo o tempo deitados em camas. Durante meia-hora, o procedimento consiste exclusivamente numa sucessão de preces, cânticos e momentos de relaxamento acompanhados por música. São os mentores da casa espírita que deixam orientações para o que fazer após o trabalho, através dos médiuns presentes na sala. Incluindo conselhos de saúde, mas nunca receitas de medicamentos.

Água fluidificada e passe de energias. Um elemento central no centro espírita é a água fluidificada, que também é usada na assistência espiritual à saúde. De acordo com as teses de Kardec, a água é um veículo que pode receber, preservar e transmitir energias com qualidades poderosas. Na Barosa, alguns trabalhadores da casa dedicam-se a passar para água em garrafas e garrafões o que acreditam ser o fluido cósmico universal.

Foi Franz Mesmer que no século XVIII propôs o conceito de magnetismo animal que está na origem do passe praticado nos centros espíritas. "O passe é um trabalho de reposição de energias", que pretende "harmonizar um desequilíbrio energético", descreve Isabel Saraiva. Baseia- se na "sintonia mental e doação de energias". A energia "vem do passista, da entidade espiritual e do próprio fluido cósmico que está no universo". Sem diálogo nem toque. A quem recebe, pede-se "pensamento positivo".

De braço dado com a ciência
Barosa, 16 de Setembro de 2017. As instalações da Associação Espírita de Leiria acolhem o XXIV Fórum Nacional de Ciência Espírita, com um programa que viaja através dos distúrbios mentais, da depressão, dos segredos do cérebro e da consciência, da quântica, dos transtornos de comportamento e das alterações biológicas no declínio da vida. Os oradores são médicos e académicos, portugueses e brasileiros, para quem não existe fronteira entre a ciência e o espiritismo. Propõem uma leitura do ser humano que conjuga os planos físico, psicológico, biológico, social e espiritual. Em que "as disciplinas médicas não são rechaçadas, mas integradas dentro do ponto de vista espiritual", explica a psiquiatra Gláucia Lima.

Palestras e conferências constituem um pilar da actividade da Associação Espírita de Leiria. As receitas da Associação provêm de donativos, quotas dos associados, da livraria, do bazar. A casa ajuda famílias carenciadas, distribuindo cestas básicas de alimentação e roupa.

Além das conferências e palestras, também são permanentes na Associação os cursos e estudos acerca da doutrina: aulas, leituras e reflexões divididas em dois cursos: à sexta-feira, o curso básico, para aqueles a quem é detectada uma sensibilidade acima da média. Ou, simplesmente, para quem queira saber mais. À segunda-feira, o curso avançado para os trabalhadores da casa. Para eles, e para os médicos espíritas, o espiritismo explica ao mesmo tempo a doença e a saúde, física e psicológica. Na linha do que defendia Allan Kardec, para quem a doutrina espírita era, desde a primeira hora, uma doutrina de bases científicas.

Isabel Saraiva: "Uma explicação lógica e científica". Isabel Saraiva chegou cedo ao espiritismo. Logo a seguir ao 25 de Abril, em Leiria, depois de frequentar as reuniões em casa do Pai Pires. Mas também tem histórias de África para contar. As coisas da avó e o amigo da família com mediunidade. Foi lá, em Angola, que recorreu a médiuns pela primeira vez. Já tinha perdido uma gravidez e temia pelo filho acabado de nascer. "O bebé chorava noite e dia, chorava e não comia. Eu estava aflita, não sabia o que fazer, beber o leite era um suplício, eu praticamente não tive leite. A senhora era uma médium inconsciente, não sabia o que dizia. Manifestou-se uma entidade e virou-se para mim, a sorrir: não te preocupes, o doutor alimenta-o". Segundo Isabel Saraiva, uma promessa cumprida. "O bebé continuou praticamente na mesma, não comia, e quando eu ia pesá-lo ao fim da semana engordava as 220 gramas". Em Leiria, aprofundou o interesse e o estudo. Deu aulas na Escola Secundária Domingos Sequeira, ao mesmo tempo que se dedicava à Associação Espírita da Barosa, onde o filho, já adulto, lhe faz companhia nas reuniões mediúnicas. De berço católico – "morava no Bairro dos Anjos e desde criança frequentei a igreja, fugia à minha mãe para ir à catequese, à missa" – Isabel Saraiva diz que encontrou no espiritismo a resposta para as perguntas que a inquietavam desde a infância. "Foi um clarão, uma explicação lógica e científica".

"O que é facto é que isto mudou a minha vida". Dinis já faz parte da mobília, é ele próprio que o diz. Chegou há 27 anos, aconselhado por alguém que encontrou numa sala de espera, nas capelinhas da crendice popular. "O meu problema nunca era resolvido, até que essa senhora me indicou a Associação Espírita de Leiria". Chegou e ficou. "Recebi ajuda, muita ajuda, a minha vida deu logo uma volta grande, para melhor, a nível profissional", assegura. "Passado um mês, mês e meio, era como que uma teia a que se começam a desmontar os nós". Diz-se "alertado para situações anormais" desde novo, pelo que ouvia à mãe. E há aquele episódio em África, num acidente de viação, o risco de morrer electrocutado, no escuro da noite. "Fugi, mas não sabia para onde, e de repente ouço uma voz que me diz pára. Eu parei e tinha os cabos de electricidade a 20 centímetros da minha cara". Na Associação Espírita de Leiria também fez a ficha – "posso dizer que nas primeiras desobsessões tive de saltar da cadeira porque os médiuns vinham direito a mim com vontade de me malhar. Os médiuns fisicamente, mas era o espírito que me queria cascar nas orelhas" – e recebeu como recomendação dedicar-se ao estudo da doutrina. Hoje orienta aulas e participa como esclarecedor nas sessões mediúnicas. "Até hoje ainda não descobri que tipo de sensibilidade é a minha, o que é facto é que isto mudou a minha vida. Comecei a perceber que tinha de viver de outra maneira". O empresário de 60 anos diz-se "muito céptico, sempre preparado para questionar tudo e mais alguma coisa". Mas nunca encontrou motivos para virar as costas ao espiritismo. "O que aconteceu comigo foi que eu fiz tudo o que a minha ficha dizia. E à medida que ia fazendo, ia gostando daquilo que ia aprendendo".

José e Ana, médiuns: "Há forças muito negativas, às vezes saltamos da cadeira". Há coisas a que já não dão importância. Por exemplo, frascos de vidro a explodir lá em casa, de tempos a tempos, sem motivo evidente. Outras são impossíveis de ignorar, como o impacto físico, o sentimento de despersonalização e a sensação de desorientação mental, quando entram num espaço com muita gente. "Temos a percepção da vibração em que a pessoa está e repercutimos no nosso organismo". José e Ana, marido e mulher, frequentam a casa espírita desde 2005. E actualmente pertencem ao quadro de médiuns, algumas dezenas, que se dedicam à assistência psíquica. Não moram em Leiria, mas deslocam-se à Barosa duas noites por semana. Religiosamente. À sexta participam nos trabalhos da sala mediúnica, à segunda no estudo avançado da doutrina. Para eles, a mediunidade é uma antena que capta influências de outras entidades espirituais, boas e más. Como uma bateria que absorve energias e cuja carga aumenta à medida que os dias passam. Quanto mais tempo sem o intercâmbio com os espíritos, nas reuniões de desobsessão, mais perturbados e desequilibrados se sentem interiormente, explicam ao JORNAL DE LEIRIA.

Ana e José juntaram-se à Associação Espirita de Leiria depois de muitos anos a percorrer médicos e hospitais em Coimbra e Lisboa. Ela manifestava problemas de saúde "que ninguém sabia de onde vinham". Dores musculares, o estômago às voltas, vómitos, o corpo sem forças, mau estar, uma espécie de febre inexplicada. Sintomas que começaram durante a gravidez. "Via-me fora do corpo e isso assustava-me terrivelmente". E que pioraram depois do parto. "Nervosa, ansiosa, comia e tudo me fazia mal, vomitava sempre". Algo escondido no sistema imunitário? Stress? Distúrbio psicológico? Os médicos avançaram hipóteses, mas nenhum diagnóstico. Nem a consulta no Instituto Ricardo Jorge desvendou as respostas. E as visitas às senhoras dos trabalhinhos e das rezas pareciam prejudicar mais do que ajudavam. Só no centro espírita da Barosa "as coisas mudaram completamente", garantem. "Os mentores espirituais da Associação fazem um trabalho espiritual muito grande desde que a pessoa tenha predisposição e abertura para ser ajudada".

Depois de dois anos e meio de aulas e leituras, começaram a trabalhar como médiuns. Ele continua a afirmar- se céptico e racional. Descrevem as reuniões na sala de assistência psíquica como momentos em que uma força invisível se impõe à vontade. Sentem-se presentes em espírito, ao lado do próprio corpo, com o apoio de mentores espirituais. "O meu pensamento é influenciado e tenho que dizer aquilo que a entidade está a dizer. Muitas vezes o que nos querem mostrar é como se fosse uma tela, é-nos mentalizado pelos guias". De acordo com o espiritismo, o médium é um telefone, um objecto. E há sempre afinidade entre o médium e o espírito que comunica. Mesmo com os apelidados espíritos obsessores. "Às vezes há ali forças muito grandes negativas e não é fácil. Às vezes saltamos da cadeira". Numas noites sentem– se bem, noutras "esgotados fisicamente". Manter a rotina prende- -se sobretudo com o desejo de "dar um passo rumo à caridade e ao amor" ao próximo. "É isso principalmente que nós aprendemos ali. É muito importante para mim doar algo".
 

O que é ser espírita?

A doutrina espírita apresenta-se como doutrina filosófica de bases científicas e de consequências morais e éticas

Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas e de todos os mundos habitados

A alma é imortal e conserva a individualidade, em vidas sucessivas

No período entre reencarnações, o espírito permanece noutro estado vibratório, durante anos, décadas ou séculos

Espíritos encarnados e espíritos desencarnados comunicam e influenciam-se mutuamente através de pensamentos, palavras e actos

Jesus é o governador do planeta Terra e o espírito mais perfeito oferecido por Deus para servir como guia e modelo à Humanidade

São leis naturais o amor ao próximo, a caridade e a igualdade de direitos de todas as criaturas humanas

O planeta Terra, como outros mais ou menos adiantados, é uma escola

Pluralidade dos mundos habitados: os espíritos encarnados e desencarnados habitam diferentes moradas no universo, de acordo com diferentes graus de adiantamento

O progresso ocorre através de sucessivas experiências, em inúmeras reencarnações, que incluem aprendizagens, provas, missões e oportunidades de expiação. E neste planeta obedece às leis morais ensinadas por Jesus

Causa e efeito: todas as acções têm consequências no presente e no futuro e produzem efeitos na alma, quer esteja encarnada num corpo físico ou não

A diversidade permite a interacção entre as almas de estádios e necessidades diferentes com vista à evolução

Os espíritos atraem-se por afinidade de sentimentos e pensamentos

Há em cada ser humano três coisas: o corpo, a alma e o perispírito, que faz a interligação entre a alma e o corpo físico

O livre arbítrio existe nos vários planos espirituais, incluindo o nosso

Etiquetas: associação espírita de leiriacentro espírita da barosaespiritismoleiria: há uma porta para o além no maior centro espírita da europasociedade
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