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O Governo aprovou um reforço de 282 milhões de euros para reduzir as dívidas dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Ministério da Saúde adianta, em comunicado, que “a verba se destina ao pagamento de dívidas em atraso a mais de 90 dias de 21 hospitais EPE [Entidade Pública Empresarial]”.
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) foi contemplado com 254 mil euros, o que perfaz menos de 0,1% do total disponibilizado pelo Governo. Verba mais baixa só foi atribuída ao Hospital Distrital da Figueira da Foz (18 mil euros).
Olhando para o cimo da tabela verifica-se, por exemplo, que o Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte vai receber 54 milhões de euros e o Centro Hospitalar de Lisboa Central 23 milhões de euros.
Em resposta ao JORNAL DE LEIRIA, o Conselho de Administração (CA) esclarece que o valor atribuído aos hospitais se destina “exclusivamente ao pagamento de dívidas a fornecedores, pelo que o valor em causa não pode ser alocado a outros fins, nomeadamente investimento”.
A dívida actual do CHL a fornecedores é de cerca de 17 milhões de euros, sendo que 5,5 milhões de euros se referem a dívida vencida.
“O valor atribuído ao CHL, como aos restantes Centros Hospitalares, foi definido em função da antiguidade da dívida”, informa ainda o CHL. As verbas atribuídas pelo Ministério da Saúde ao CHL têm sido reduzidas, se comparadas com outros hospitais. “Do anterior reforço financeiro de 1,4 mil milhões de euros, foram atribuídos 9,581 milhões de euros ao CHL”, revela o CA.
“Em 2016, 2017 e 2018, a percentagem de execução [LER_MAIS] do Plano de Investimentos do CHL situou-se nos 51%, 44% e 35%, respectivamente, atingindo uma verba superior a sete milhões de euros distribuídos em obras e equipamentos diversos.”
Por seu lado, o Ministério da Saúde afirma que tem havido “reforço de investimento”, tendo sido investidos mais de 11.1 milhões de euros no CHL entre 2015 e 2018, além de se registar um acréscimo superior a 100 profissionais em comparação com 2015.
Quanto a entradas de capital “destinado a pagamento de dívida vencida”, o CHL recebeu no final do ano passado “mais de três milhões de euros”, tendo diminuído os pagamentos em atraso de 2017 para 2018, em cerca de dois terços do total, segundo as contas apresentadas à Lusa pela tutela.
Em relação a recursos humanos, o Governo refere que em Dezembro de 2018 o CHL tinha 2.073 profissionais de saúde, representando um acréscimo de 43 médicos especialistas, 14 médicos internos e 88 enfermeiros em relação ao final de 2015.
O ministério indica ainda que nos concursos para receber recém-especialistas, em 2018, o CHL abriu 48 vagas, mas apenas 25 foram preenchidas.
