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“Leiria é um exemplo que nos deve inspirar. É um orgulho pela força das suas empresas, espírito empreendedor e tradição, de empresas familiares, que têm visão a longo prazo”, valorizava João Rui Ferreira, secretário da Estado da Economia, durante o jantar-conferência organizado pelo JORNAL DE LEIRIA, na Quinta das Silveiras, no âmbito da publicação da revista 250 Maiores Empresas do Distrito de Leiria.
O secretário de Estado viria a representar Pedro Reis, ministro da Economia, que por motivo de doença não pode comparecer no evento.
João Rui Ferreira congratulava as cerca de 250 pessoas, de empresas diferentes, ali presentes, que no seu dia-a-dia até poderão ser concorrentes, mas que, nas horas difíceis, sabem unir-se para ultrapassar dificuldades. Elogiava [LER_MAIS]uma região com mais de 65 mil empresas, responsáveis por negócios de 20 mil milhões de euros, que se destaca pela indústria transformadora diversificada, desde moldes e plásticos, passando pelo vidro, cerâmica e pedra, até à agro-indústria, entre tantos outros domínios, empresas que são “muito exportadoras e com visão global do mundo”.
O governante salientava o papel da Associação Empresarial da Região de Leiria- Câmara de Comércio e Indústria (Nerlei-CCI), pelos projectos de internacionalização que tem vindo realizar, envolvendo as empresas deste território.
“Há ligação entre tradição e história de sectores, com inovação”. Ao mesmo tempo que se mantêm empresas antigas, familiares, “que se reinventam e têm muito futuro”, há também startups que “posicionam Leiria como centro de inovação e excelência.” “São empresas de espírito rebelde, que vão permitir à economia nacional continuar a crescer”, frisava o secretário de Estado.
A Nerlei -CCI foi de resto reconhecida pelo JL neste evento, pelos seus 40 anos de actividade ao serviço das empresas da região.
“Portugal está bem posicionado”
“Vivemos tempos de grande incerteza”, reconhecia João Rui Ferreira, referindo-se à governação de Trump, nos Estados Unidos, e também à situação da União Europeia. “Apesar disso, Portugal tem condições melhores que outros países. Hoje Portugal está bem posicionado”, assegurava o governante, justificando com o nível de talento dos portugueses (aos quais é preciso dar melhor remuneração e condições de trabalho), com o crescimento económico registado pelo País em 2024, e com a visão de como iremos manter o crescimento em 2025. Será necessário desburocratizar, simplificar processos entre Estado e empresas, promover a simplificação fiscal e apostar na inovação.
“Estamos perante o desafio da inovação tecnológica, com práticas mais sustentáveis e temos lançado incentivos para que as empresas invistam nesta área”, realçou o secretário de Estado da Economia. “Leiria tem sabido responder a estes desafios”, por exemplo, através das agendas mobilizadoras, considerava João Rui Ferreira.
No futuro, Leiria contará ainda com o impacto da Linha de Alta Velocidade, que “trará vantagens significativas para pessoas e mercadorias. E “vamos apostar num programa de reindustrialização forte para as empresas, com maior proximidade às empresas, para lhes dar capacidade de capitalizar as suas infra-estruturas”, prosseguiu o secretário de Estado da Economia.
“Vamos duplicar apoio, de 10 para 20 milhões de euros os SIAC (programas de apoio à internacionalização) e lançar um grupo de trabalho para projectos e feiras internacionais”, referiu o governante.
João Rui Ferreira anunciou que será apresentada uma estratégia nacional de Inteligência Artificial (IA), para o sector público e para o sector privado, com incentivos também para a qualificação na utilização destas novas ferramentas. Questionado pelo público sobre a demora no recebimento dos apoios para que os empresários possam avançar com os seus projectos, o governante explicou que a intenção é pagar rapidamente às empresas com projectos submetidos e que está a ser lançado um fundo para ignição de startups com tickets de 150 mil euros para cada uma.
