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Home Opinião

Less is more

João Nazário por João Nazário
Dezembro 20, 2019
em Opinião
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Há quem passe o Natal num hotel, há quem o passe a correr de casa em casa, para estar um bocadinho com pais ou avós divorciados, há ainda, cada vez mais, quem o passe a trabalhar, quem termine a noite de consoada numa discoteca, ou até quem aproveite para viajar.

No entanto, nada fará uma diferença tão grande face aos natais de outros tempos como a quantidade de presentes que se oferecem/recebem.

Em coerência com o modo como vivemos actualmente, que Gilles Lipovetsky tão bem descreve na sua obra A Felicidade Paradoxal: Ensaio Sobre a Sociedade do Hiperconsumo, o Natal emergiu nas últimas duas décadas como o expoente máximo do consumismo desenfreado, com as pessoas a acorrerem às lojas em massa para comprar, comprar, comprar.

Se no passado, nas famílias que tinham essa possibilidade, e eram muitas as que não tinham, havia troca de prendas com moderação entre os familiares mais chegados, hoje a prática banalizou-se, com os presentes a circularem também no trabalho, no grupo de padel, entre vizinhos, na escola, entre a malta do almoço das quintas-feiras…

Pior, as crianças passaram a receber presentes de pessoas que mal conhecem, sendo por vezes difícil aos pais explicarem de onde vem mais um puzzle ou a boneca que faz xixi.

À família mais próxima, juntou-se entretanto a de menores relações, chegando presentes da tia-avó distante, da irmã do marido da prima e da vizinha da cunhada do tio, que, como manda a boa etiqueta, têm que ser retribuídos, tornando o Natal numa espécie de entreposto comercial.

Como é óbvio, as crianças não têm capacidade para dar atenção a tantos presentes, muitos dos quais só vêm repetir o que já existe lá por casa, acabando tanta fartura por retirar significado ao que recebem, além de passar uma mensagem pouco pedagógica de facilidade e de que se pode ter tudo e mais alguma coisa.

Para os pais fica reservado o papel de comprar para este e mais aquele, seguindo uma lista que, de ano para ano, vai crescendo à velocidade a que vão nascendo novos familiares e se vão fazendo mais amigos.

Numa época supostamente de tranquilidade e convívio familiar, o stress com as compras de Natal é para muitos um suplício que faz ansiar por um salto no tempo para Janeiro, isto numa época em que vivemos num estado de emergência climática e em que todos já perceberam que teremos que alterar os hábitos do dia-a-dia, principalmente os de consumo.

Em poucas coisas o princípio do less is more se adequararia tão bem como no Natal.

A equipa do JORNAL DE LEIRIA deseja a todos os seus leitores e amigos um feliz Natal e um novo ano diferente dos que temos tido, com mais solidariedade, tolerância e pensamento.

Etiquetas: editorialjoão Nazárioopinião
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