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Letras | As Ondas, de Virginia Woolf

Graça Sampaio, professora por Graça Sampaio, professora
Março 10, 2023
em Opinião
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Letras | As Ondas, de Virginia Woolf
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Outros romances li da portentosa escritora e fundadora da “crítica literária feminina” que iniciou com Um Quarto Que Seja Seu (1929) na canónica apreciação de Harold Bloom, mas como nenhum outro, nem mesmo o estranhamente belo Orlando (1928), me entusiasmou, me encantou tanto como As Ondas (1931).

Ainda Bloom diz ser VW uma “romancista lírica” e que “As Ondas tem mais de poema em prosa que de romance” – daí o meu encantamento. Jorra-nos poesia de todos os aspetos do texto: da maleabilidade e da escolha poética da linguagem, das imagens palavra a palavra desenhadas e das verdadeiras sensações físicas que delas ressaltam, do aparentemente simples evoluir das personagens e, acima de tudo, da fabulosa construção da narrativa. Não obstante o perfeito encaixe de toda esta conjuntura novelística, não é um livro de leitura fácil.

Na entrada de 17 de julho de 1931 do seu Diário, VW escreve: “Na minha opinião – oh, céus – é um livro difícil.” Deu-o a ler ao marido, o seu primeiro crítico, que disse: “‘É uma obra-prima’. É o melhor de seus livros”; e acrescenta que “as primeiras 100 páginas são extremamente difíceis, e é duvidoso que um leitor comum vá muito mais longe.” Sobre As Ondas disse J.L. Borges: “Não há argumento, não há conversa, não há ação.” Tudo nos é dado através das vozes interiores de seis personagens – Bernard, Neville, Louis, Jinny, Susan e Rhoda – cujas vivências, personalidades e sentimentos nos vão sendo por cada um deles desde o jardim de infância até ao fim das suas vidas. Cada uma das partes que correspondem às fases da vida, nove, (a que a autora chama de solilóquios) são precedidas por paralelas fases do dia (nove): a viagem que o sol descreve desde a aurora até descer no horizonte e do seu efeito sobre o mar, quebrando-se as ondas ao ritmo que se quebram as ondas da vida. A estas extasiantes descrições poéticas da viagem do sol chamou a autora interlúdios.

Aquelas seis personagens, vivendo cada uma os seus medos, os seus complexos, os seus defeitos, a sua imensa solidão, as suas aspirações, de que o leitor toma conhecimento através dos seus monólogos interiores em discurso direto, acompanham-se no colégio interno ao longo da infância e da adolescência e, embora se afastem no início da idade adulta, continuam a encontrar-se até à velhice. Na sombra de todos eles move-se uma sétima personagem, Percival, (a sugerir talvez o mítico Parcifal, Cavaleiro da Távola Redonda que viu o Santo Graal) que apenas conhecemos a partir das recordações de cada um dos outros e que funciona como um breve mas forte traço de união entre todos.

No último solilóquio aparece apenas a voz interior de Bernard, o escritor, a personagem das frases e das histórias (um possível alter ego da escritora) que discorre sobre a vida em geral e de cada um dos seus amigos e reflete sobre mistério e até o medo da morte, mas sobre a sua necessidade de silêncio, de tranquilidade, que foi o oposto da(s) sua(s) vidas.

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