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Letras | # Gramática da Fantasia: Entre os pingos da chuva

Patrícia Martins, mediadora cultural e artística, escritora e investigadora por Patrícia Martins, mediadora cultural e artística, escritora e investigadora
Maio 12, 2023
em Opinião
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Letras | # Gramática da Fantasia: Entre os pingos da chuva
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Escrevo este texto no Dia da Europa, ainda no rescaldo de uma situação quase inimaginável para um cidadão europeu, que trabalha, estuda, dirige projetos e está habituado a valores de tolerância, respeito pelo outro, empatia e que defende a dignidade humana. Um cidadão que defende uma escola sem muros e um mundo sem fronteiras definidas e onde todos podem escolher onde estar, viajar, trabalhar, morar… e que se preocupa na medida do que lhe é humanamente possível do cuidar do outro, seja de forma elogiosa, ou de abertura e afetuosidade.

Também no rescaldo da ideia de que é impossível colocarmo-nos no lugar do outro, pois nunca seremos o outro e não sentimos, o que o outro sente, a forma exata como pensa ou como percepciona as situações. Podemos ser empáticos e doces, mas não conseguiremos nunca sentir o que o outro sente.

Sou daquelas que muito raramente faz um trabalho de casa aprofundado quando em visita a um local que não é o meu, aquele onde arrumo as roupas e os livros e as lembranças de família, e os papéis amarfanhados das compras do supermercado. Gosto de ser surpreendida, de sentir as pessoas e o território, as almas, o bulício, os cheiros, o genius locci… gosto de olhar os campos tingidos de amarelo e perguntar que flores serão aquelas e para que servirão tantas, seguramente nos tempos que correm não será apenas pela beleza… é canola serve para fazer óleo… e é originária do Canadá, e lá que é muito cinematográfico e bonito é…

Sou daquelas que ainda se espanta por visitar um país da Europa em que ainda há escolas para rapazes e escolas para raparigas mesmo que as aulas acabem às 15h30, e que se deixe o resto da tarde para fruir e estar deitado na relva ou a jogar, ou a “joggar”. Uma pesquisa rápida na internet diz que nestas escolas há um maior índice de concentração e criatividade do que nas mistas e que há inclusivamente uma tendência para deixar de haver casas de banho com distinção de género. Também há as que deixam liberdade aos seus alunos para serem o que quiserem e se vestirem como quiserem, mas essas ainda são as exceções à regra.

Também não vi muitas bicicletas, nem mobilidade verde, mas na verdade encontrei as últimas tendências no que respeita a eco-pontos que separam os resíduos sozinhos e que isso importará na redução da emissão de CO2. Não consegui também inteirar-me da interculturalidade, ou da multiculturalidade, ou das especificidades de cada pessoa… não era algo que saltasse à vista como noutros locais que espelham os valores europeus… mas que encontrei hospitalidade e pessoas educadas, simpáticas e acolhedoras, e isso não posso negar…

Bem tudo isto para vos contar que no mês do dia da Europa, fiz uma direta num qualquer McDonald’s europeu, vi expulsar um senhor porque já lá pernoita há três noites, e onde também eu aproveitei para comer, e lavar a cara e os dentes, porque por vários momentos em vários espaços de aeroportos europeus, numa viagem que poderia ter demorado pouco mais de três horas, e demorou um dia inteiro e uma madrugada de burocracias e de cartas, e de desinformação, porque no nosso grupo levávamos dois adultos chineses, estudantes numa cidade bonita e democrática, num dos países mais democráticos do mundo, impecáveis, trabalhadores, simpáticos e doces… mas que não tinham visto para circular fora do espaço Schengen, mesmo que a embaixada desse país em Portugal nos afiançasse que não haveria qualquer problema.

Faz agora um ano que viajei com dois alunos menores para o coração da democracia europeia, e ninguém sequer me perguntou nada… porque não estavam a fazer esse controle… nem à saída nem à chegada… Não tenho a ilusão de me conseguir pôr no lugar dos outros, mas parece-me que o bom senso nalguns casos, e para algumas pessoas poderia ajudar…. talvez entre os pingos da chuva e com o barulho das luzes até se safassem…

 

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