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Letras | Nariz de mulher, focinho de cão, cu de gente – romance ou novela?

Graça Sampaio, professora por Graça Sampaio, professora
Junho 8, 2022
em Opinião
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Letras | Nariz de mulher, focinho de cão, cu de gente – romance ou novela?
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Não, não venho fazer aqui a apresentação ou a recensão do livro do escritor leiriense David Teles Ferreira porque houve já quem o tenha feito neste espaço em novembro último. O livro saiu faz um ano e logo teve honras de lançamento pelo Professor Carlos André. A questão que se me pôs e que trago aqui é apenas a seguinte: tratar-se-á de facto de um romance, ou deverá ser incluído na ampla categoria da novela? E atenção que isso não lhe retira valor. As palavras, que são as emissoras dos conceitos, mudam constantemente de sentido conforme as épocas e os seus falantes e isso é que faz o objeto bem como o encantamento da semântica que é, tão simplesmente,”o estudo do significado das palavras”.

O conceito de “novela” é, dentro do modo narrativo, dos mais antigos e, talvez por isso, aquele que mais alterações de sentido tem sofrido. Desde a literatura novelística medieval de pendor épico, mágico, aventureiro – recordemos as novelas de cavalaria – até às novelas ultrarromânticas camilianas, passando pelas novelas românticas de Garrett e de Herculano e desembocando nas novelas publicadas em fascículos – o caso de O Mistério da Estrada de Sintra da dupla Eça/Ramalho Ortigão.

No século XX escritores como Régio, Redol ou Aquilino retomaram o modelo episódico camiliano dando novo fulgor à novela. Define o professor Aguiar e Silva a novela (in A estrutura do romance, 1974) como “a representação de um acontecimento, sem a amplidão do romance no tratamento das personagens e do enredo”. Apresenta um caráter condensado da ação, do tempo e do espaço, e um ritmo apressado do desenvolvimento da intriga. Não tem a novela “as longas digressões e descrições próprias do romance” nem “as exaustivas análises psicológicas do romance”. E acrescenta: “Nascida de um aspeto por vezes muito fugidio da vida, conserva uma instantaneidade constante…”

Nasce o enredo de Nariz de mulher… de “um aspeto muito fugidio da vida”: o facto de o narrador-protagonista, de quem nem o nome sabemos, ter acordado um dia com visões absurdas (que continua tendo ao longo da história) e, sem saber como nem porquê, ter começado a voar. Desde esse dia, os voos continuam – por 43 breves capítulos – em modo deambulação pelo bairro onde mora – que talvez se situe em Lisboa pelos sinais que nos vai deixando.

A fazer lembrar a novela picaresca, este “pícaro voador” vai narrando as vidas de certezas e sobressaltos, de infelicidades ou de passageiras alegrias, de mistério (que é o mistério que “agarra” o leitor) dos moradores do bairro – personagens-tipo. Essas narrativas, que poderiam por si só constituir contos independentes, estão apenas ligadas pelo narrador e pelo espaço. O espaço e o tempo são tratados difusamente; a ação é simples e condensada, não há lugar a longas digressões ou descrições, nem a profundas análises psicológicas das personagens. Tudo como convém à novela. Mas, novela ou talvez não, é um bom momento de leitura: leve, agradável, com humor e recheada de ditados populares – para quem gosta…

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