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Letras | Teolinda Gersão (2024), Autobiografia não escrita de Martha Freud OU a fragmentação das identidades

Cristina Nobre, professora do ensino superior por Cristina Nobre, professora do ensino superior
Abril 25, 2025
em Opinião
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Letras | Teolinda Gersão (2024), Autobiografia não escrita de Martha Freud OU a fragmentação das identidades
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Teolinda Gersão [TG: 1940] é senhora de uma carreira académica de excelência, na área dos estudos germanófilos e da literatura alemã. Viveu alguns anos na Alemanha e no Brasil, tendo visitado com vagar Moçambique (onde decorre o romance A árvore das palavras, 1997). Escreveu mais de 20 livros e a sua obra está traduzida em 20 países. Uma das destacadas escritoras portuguesas, foi galardoada com vários prémios literários nacionais (APE, PEN Clube, prémio do Conto Camilo Castelo Branco, prémio Fernando Namora, prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra), e em 2023, com o livro O regresso de Júlia Mann a Paraty (2021), ganhou o Grande Prémio de Literatura dst. Quatro dos seus textos foram adaptados ao teatro e encenados em Portugal, Alemanha e Roménia. Alguns contos deram origem a curtas-metragens.

O último livro, Autobiografia não escrita de Martha Freud, é uma mescla brilhante do seu interesse pela investigação e imersão na criatividade literária. Aliás, o livro inicia com uma “Nota”, onde TG desfaz algumas confusões que o leitor podia ter a partir do título – não se trata de um romance histórico, mas da utilização de figuras históricas (Martha e Sigmund Freud, assim como alguns dos correspondentes epistolares do célebre ‘pai da psicanálise’), através de investigação aprofundada de múltiplas fontes, sobretudo cartas de Freud a Martha, escritas durante o noivado, entre 1882 e 1886, publicadas pela primeira vez em 4 volumes, entre 2011 e 2019. É notório o conhecimento revelado da obra de Freud, mas o ponto de partida é Martha, que viveu ainda mais doze anos depois da morte do marido, ocorrida em 1939, e reflete sobre a sua própria identidade, relendo e reinterpretando as cartas de que foi destinatária íntima, bem como as de um grupo de amigos com quem privaram enquanto casal, e que ela desconhecia. Daí a escrita numa 1.ª pessoa autónoma e paciente, à procura do seu ‘eu’, antes, durante e depois do casamento, com inevitáveis revelações e num percurso fragmentado, assumidamente subjetivo e sempre muito (auto)crítico.

Os documentos epistolares reduzem a fantasia, mas a interpretação é uma exigência de leitura que chega ao leitor através da consciência e do percurso reflexivo de uma mulher que deixou de se silenciar e recusa o estereótipo de esposa, mãe e dona de casa para descobrir a sua personalidade e como ela foi modelada e cinzelada durante tanto tempo pelo marido e pelos preconceitos da sociedade em que viveram. Martha institui-se em ‘psicanalista’ de si mesma, deita-se no divã da memória e lê, em tempos e termos diferentes do original, as cartas de que é depositária: encontra um outro Sigi (diminutivo afetivo), complexo e contraditório, que raramente contestou em vida, mas que enfrenta e dialoga com a escrita reflexiva, ficcionada neste romance. O método seguido é devidamente registado:

[…] Sem teorias nem construções sofisticadas, mas com sensatez e realismo, lancei-me num percurso paralelo ao / que ele fez comigo, e entro em diálogo ou discussão com ele, através das cartas. Quando as leio uma e outra vez atentamente, tentando interpretá-las do modo mais justo, a clarividência começa pouco a pouco a surgir. Saber quem é o outro é também saber quem fomos sendo, na relação com ele. Saber quem amei, e como, é também descobrir a minha própria face. […] (opus cit., pp. 151-2)

As descobertas de Martha percorrem 35 capítulos, escalpelizados até à exaustão por quem se apresenta com a segurança de uma idade provecta e com a persistência de encontrar o que, no passado, o seu ‘conformismo’ familiar e estatuto assumidamente subalterno nunca a deixaram ver. Se a figura de Sigmund Freud nos aparece a uma outra luz, a de Martha entra pela janela da serena contestação, mostrando quão pouco conhecemos dos que nos são próximos, e também sobre nós próprios, sem a terapia da escrita. Uma adaptação dramática ou um filme seriam recursos interessantes de abertura. Porém, a ‘autobiografia não escrita’ por Martha, revela-nos muito sobre TG…

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