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Letras | Um Dia Lusíada

Graça Sampaio, professora por Graça Sampaio, professora
Novembro 19, 2022
em Opinião
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Letras | Um Dia Lusíada
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Está na nossa natureza: quando o artefacto está perto de alcançar a perfeição, começa-se a minar, a minar devagarinho, até o desconstruir, até o transfigurar. Completamente!

Em Arte, como em tudo, aliás, nada é definitivo. Cada época refaz a moda da época anterior não tanto por adaptação, mas mais por oposição. O artista tem necessidade de se afirmar e fá-lo transfigurando. É o que tem vindo a acontecer com o romance. Criado a partir de formas de narrativa anteriores, o romance nasceu em Inglaterra em finais do século XVIII e desenvolveu-se durante o século XIX. Quando lhe foram reconhecidas as suas categorias fundamentais – narrador, personagens, ação, tempo e espaço – começaram as variações, a sua subversão. Nomeadamente desde o período do Modernismo.

Têm sido muitos os/as romancistas portugueses que o têm feito de formas mais ou menos desconcertantes – Ana Margarida de Carvalho, por exemplo, da forma mais bem conseguida, embora nada que se assemelhe ao romance Um Dia Lusíada, a primeira incursão do poeta António Carlos Cortês na narrativa.

Para falar deste título, seria preciso dispor de muitos mil carateres em vez dos que me são dados… É daquelas obras que lentamente temos de ir empurrando na leitura até chegarmos ao fim, ou pelo menos a meio, para encontrarmos uma linha que nos oriente. E, chegados ao final, voltar a lê-lo do início lentamente para conseguirmos unir todas, ou pelo menos algumas pontas que o narrador, ou o autor, ou a personagem – o AUCTOR – nos vão deixando soltas. Veladamente.

Ler este romance é uma aventura, um desafio ao leitor porque todo ele é uma mistura, um híbrido. Híbrido não apenas porque entretece a prosa com a poesia, com a epopeia, com o drama, com a epístola, com a oratória, com a reflexão e com a crítica política e social, mas também porque mistura os tempos e os espaços e, muito especialmente, confunde-nos o narrador, com o autor e com a personagem. Além disso, somos constantemente metralhados com as mais diversas referências culturais e históricas que vão desde o discurso antifascista até ao peso que a informática e as atuais redes de informação exercem sobre a população e até ao «pandemónio da pandemia que arrasa os velhos». Uma longa visão crítica da vida, da história, da vivência social e cultural desta nossa Lusitânia – daí o nome Um Dia Lusíada.

Metralhados somos constantemente com referências artísticas e culturais que têm a ver com o ser cultural da personagem – Elias de Moura – mas também com a sabedoria do autor: a literatura definida como «a arte da estatuária» – referência direta a Padre António Vieira. ‘Metralhados’ porque o ritmo da linguagem – seja poética, seja da prosa mais terrena – é, do princípio ao fim do texto, torrencial, autêntico vendaval de palavras, de frases misturadas com citações e com expressões que nos transpõem para tantos autores portugueses.

Um profundo tratado de intertextualidade e de erudição tendo por pano de fundo a lição de Os Lusíadas e do trabalho de (re)escrita de Carlos de Oliveira.

Do enredo falarei depois – todo ele tão enredado!

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