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Letras | Uma velha rica, um general falido e um jovem embeiçado entram num casino

Ana Moderno, autora e conservadora de museus por Ana Moderno, autora e conservadora de museus
Junho 6, 2025
em Opinião
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Letras | Uma velha rica, um general falido e um jovem embeiçado entram num casino
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O que têm em comum a raspadinha, o euromilhões e o tiro ao alvo? Para todos é necessário sorte e pontaria. São mínimas as possibilidades de se acertar nos símbolos do pé de meia, nos números e nas estrelas, e no anel central. A probabilidade de ganhar o primeiro prémio com uma aposta do euromilhões é de 0,0000007 por cento. É mais que nada ainda assim; o suficiente para a tentação da tentativa. Não vai à primeira, mas pode ir à segunda. Não vai esta semana, mas pode ir na próxima. É o gosto de jogar, o anseio pelos resultados, o hábito, a fezada naqueles números tão bem escolhidos, a chave que é sempre a mesma e que um dia sai de certeza. Ou isso ou a compulsão pelo jogo; ou até a adição, em casos mais extremos.

O caminho para a ludopatia pode ser mais curto que o esperado. Um termo terminado em “patia” que, como outras “patias”, não traz simpatia no resultado. A ludopatia, de acordo com os entendidos, é o vício de jogar e apostar sucessiva e descontroladamente, um problema com consequências na vida pessoal e social e, inevitavelmente, na carteira.

Quem nos dá uma bela lição do jogo e dos seus ciclos viciosos é Fiódor Dostoiévski, no seu aclamado O Jogador, obra que revela muito conhecimento de causa e das causas. Não há euromilhões neste jogo literário de roleta, conduzido pela narração do jovem Alexei Ivanovitchque, protagonista. Há apostas reais em luíses, fredericos, francos e rublos. Há também apostas psicológicas nos números de desespero e de euforia. E há uma paixão que dá voltas à cabeça e à roleta.

O humor ácido de Dostoiévski acerta na mouche das vaidades e manias humanas, nas extravagâncias, na sede do dinheiro e do poder. Fiódor escancara, sem pudor, os podres de cada personagem, mas também sabe ser generoso com aqueles que acha que o merecem. Os seus problemas financeiros e a dependência compulsiva do jogo motivaram a obra, escrita em 1867, sob a pressão de prazos apertados. Dostoiévski exorcizou o seu próprio caos interno em que então vivia e transformou-o numa obra que é hoje um clássico incontornável da literatura mundial.

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