A construção da nova loja do Lidl na antiga Ferrus, em Leiria, vai implicar a construção de uma rotunda na rua Paulo VI, bem como o desvio do traçado da rua dos Camponeses, actualmente paralela ao IC2.
As intervenções serão executadas e custeadas pela empresa, segundo avançou o vereador das Obras Particulares, Ricardo Santos, durante a última reunião de câmara, onde foi aprovado o contrato de permuta de terrenos entre a câmara e o Lidl, que viabilizará as obras na rede viária.
O acordo prevê que o município ceda à empresa 738 metros quadrados (m2), área que corresponde à parte do troço da rua dos Camponeses que integra o domínio público rodoviário municipal (zona a roxo da planta). Como contrapartida, a autarquia recebe 2.415 m2, que são propriedade da sociedade Lidl e Companhia e que vão servir para “relocalizar” a rua dos Camponeses, cujo traçado ficará a sul da futura unidade comercial (zona azul marcada na planta).
No cruzamento desse ponto com a rua Paulo VI nascerá uma nova rotunda, que fará também a ligação à rua das Fontainhas. Segundo o vereador Ricardo Santos, a solução permitirá “resolver situações de conflito de tráfego” naquela zona. É uma forma de “optimizar os pontos de interface, satisfazendo o constante aumento de tráfego e mobilidade, promovendo a segurança rodoviária do local”, acrescenta a deliberação da câmara.
O mesmo texto refere ainda que a operação de permuta vai “resolver, concomitantemente, as expectativas da sociedade requerente na construção da loja Lidl” e permitir ao município “materializar a transferência do arruamento existente, adaptando o novo traçado às construções adjacentes, ao tráfego local, dotando-o, ainda, das infra-estruturas necessárias atendendo à segurança dos utilizadores”.
De acordo com Ricardo Santos, a intervenção no local deverá iniciar-se em Junho, com a construção da nova rua dos Camponeses. O edifício da futura loja do Lidl ocupará 2.153 m2 e contará com 130 lugares de estacionamento.
O contrato de permuta foi aprovado por unanimidade, mas o vereador Álvaro Madureiro, independente eleito pelo PSD, questionou o facto de o princípio adoptado neste caso, com as alterações viárias a serem custeadas pelo promotor, não ter sido seguido com as recentes intervenções em Santa Clara. Em resposta, Ricardo Santos esclareceu que “houve comparticipação da Homa e Mercadona”.