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Home Opinião

Literatura | Isabel Stilwell (2016), Isabel de Borgonha. Ínclita Geração OU a ficção da História

Cristina Nobre, professora do ensino superior por Cristina Nobre, professora do ensino superior
Janeiro 28, 2021
em Opinião
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Em paralelo, escreveu livros de ficção, contos e histórias para crianças. Em 2007, estreou-se na escrita de romances históricos com Filipa de Lencastre, e em 2020 já tinha 8 romances escritos sobre rainhas e 1 sobre um rei, com um número de exemplares considerável, três traduzidos para inglês e um publicado no Brasil.

Há muito que esperava ter um tempo ‘morto’ para poder ler um dos seus romances históricos, género híbrido entre a Literatura e a História, que desde o século XIX, com Walter Scott, se tem tornado popular.

O ‘confinamento dos nossos dias’ colocou-me nas mãos Isabel de Borgonha. Ínclita Geração, de 2016, e tive uma grata surpresa.

O romance tem como balizas temporais 1429 – 1471, o tempo que vai desde o contrato real de casamento da infanta D. Isabel (então com 32 anos), filha de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, com Filipe, o conde de Borgonha, até à sua morte, e à notícia tão esperada de que os restos mortais do infante mártir, D. Fernando, irão, finalmente, voltar de Ceuta e descansar no túmulo do convento de Stª Maria da Vitória, na Batalha.

Só ela, a única filha sobreviva da Ínclita Geração, ficará de fora da ‘Capela do Fundador’… O livro, enquanto documento histórico, apresenta numa estrutura rigorosa e explicita, com rigor, as fontes documentais utilizadas.

A estrutura formal da narrativa aparece dividida em IV grandes partes, todas cronologicamente datadas, e um Epílogo, mas apenas a I.ª parte apresenta algo de semelhante a capítulos, através da enumeração das 4 estações do ano.

Porém, quer nesta primeira, quer nas restantes três partes, os capítulos vão ser substituídos por uma indicação topográfica em itálico, que acaba por mostrar ao leitor a importância dos lugares e das deslocações: a constante peregrinação da história das vidas, desde as encenações dos fulgores máximos, batalhas e derrotas, até ao epílogo final da morte e dos túmulos, que cabem a cada personagem/pessoa da História.

O narrador omnisciente vai-nos dando conta da progressão dos acontecimentos, salpicando-os com a dramatização dos diálogos entre as personagens, que dão a ler os conflitos / acordos / desacordos / conluios permanentes.

No entanto, esporadicamente (e grafado a itálico, para que o leitor dê pela diferença de vozes), aparecem as reflexões da própria Isabel, infanta de Lencastre e depois condessa de Borgonha, ou sobre os seus irmãos (Pedro: pp. 41-43; Henrique: pp. 58-59; Duarte: pp. 71- 73; João e Fernando: pp. 81-84) ou sobre as situações que está a viver no momento – é a maneira inteligente de a perspetiva da protagonista dominar todas as outras e de lhe dar o lugar de destaque, pois é a vida dela que está em jogo e a escrita reflete os seus pensamentos ficcionados.

Em destaque e em itálico, aparecem ocasionalmente missivas trocadas entre Isabel e os seus irmãos ou o seu irmão colaço (Lopo Gonçalves, irmão do pintor Nuno Gonçalves, filhos da ama Mor, por quem foram alimentados ao peito).

Este último, Lopo, foi o grande companheiro de infância da infanta, e nunca deixará de ser o seu confidente e o homem de confiança, em quem confia as angústias e o empenho na resolução de impasses políticos.

O leitor pressente nesta ligação a entrada da ficção na História…

Meu querido Lopo, meu irmão e amigo, Subitamente sinto a distância de uma forma tão pungente, que dói e me tira o ar. Que saudades, Lopo, que saudades. De ti, de nós, de todos nós, da nossa infância dourada, do quarto de brinquedos, do picadeiro em que me ensinavas a montar a cavalo, dos nossos passeios pelas veredas de Sintra, pelos penhascos de Peniche – lembras-te de como o Henrique ficava excitado com a vista das Berlengas, que pareciam tão próximas nos dias transparentes e de céu azul? Fecho os olhos e imagino que estou contigo no Mosteiro da Batalha, banha-dos naquela luz doce e mágica, eu pela mão da minha mãe e tu fascinado com aquilo que dizia o arquiteto Huguet, que o avô John of Gaunt enviara para Portugal a pedido da filha, e de como depois os deixávamos a falar e corríamos por entre os enormes blocos de pedra, a jogar à apanhada. […] (opus cit., p. 508)

Etiquetas: Cristina Nobrecríticaliteraturaopinião
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