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A imagem peregrina de Nossa de Fátima ajuda a fomentar o turismo religioso nesta cidade-santuário, defende João Heitor, professor universitário natural de Ourém e autor de uma tese de doutoramento sobre este ícone religioso.
Dessa investigação, resultou um livro, com prefácio do reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, que será apresentado, esta quarta-feira à tarde, em sessão online.
O docente explica que no âmbito da sua investigação fez o levantamento dos locais por onde a imagem passou, durante dez anos, e os grupos de peregrinos que, nos anos seguintes se deslocaram à Cova da Iria, encontrando uma ligação entre estes dois factores.
“Registei um elevado número de grupos [vindos desses territórios], o que confirma a importância desta imagem para o turismo religioso desta cidade-santuário”, revela João Heitor, confessando-se surpreendido pelo número de países por onde a imagem já passou e por em muitos desses locais “a maioria dos seus habitantes nem sequer ser católica”.
O docente, que é também secretário-geral do Instituto Superior de Gestão, assume ainda que ficou impressionado com os relatos das primeiras viagens da imagem peregrina pela Europa, “que se levantava dos escombros da II Guerra Mundial”, e a recepção que teve em África e na Ásia.
Recepções essas que decorreram “com inúmeras ofertas e inaugurações de ruas, praças, avenidas, aeródromos e igrejas” e “na presença de governos, reis, exércitos”. Uma realidade que, no seu entender, ajuda “à compreensão das relações humanas e da dimensão que este ícone granjeou e granjeia em todo o mundo”.
“A imagem peregrina encurta distâncias e concretiza vivências que, para muitas pessoas, são a única oportunidade de ‘viverem Fátima’”, acrescenta João Heitor, convicto que, em tempos de pandemia, a imagem ganha ainda maior relevância.
O investigador frisa que ao ser “o único ícone religioso no mundo que efectua um movimento inverso ao das peregrinações tradicionais e ao ir ao encontro das pessoas, reforça a sua importância no actual momento”, por “poder circular na via pública”.
Dessa forma, leva “a todos aqueles que assistem à sua passagem, um pouco do que existe, se vive e se sente no Santuário de Fátima”.
Intitulado Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, o livro de João Heitor conta “a história da criação da imagem”, “as conquistas ocorridas nas primeiras cinco viagens, nos cinco continentes, os períodos em que ocorreram réplicas, assim como outras informações de cariz mais reservado”.
Natural de Ourém, João Heitor, natural de Ourém, professor universitário no Instituto Superior de Gestão, instituição onde desempenha também as funções de secretário-geral e de coordenador Científico da Licenciatura em Gestão do Turismo. O livro que agora apresenta resulta da investigação que fez no âmbito do seu doutoramento em Turismo com tese sobre a importância da Imagem Peregrina de Nossa Senhora para o turismo religioso em Fátima.
