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Luís Tinoco: “A nível nacional é reconhecido o trabalho de formação musical que tem sido feito em Leiria”

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Dezembro 17, 2022
em Viver
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Luís Tinoco: “A nível nacional é reconhecido o trabalho de formação musical que tem sido feito em Leiria”
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Para assinalar o Dia Internacional dos Migrantes, a Leiria Cidade Criativa da Música Unesco organiza um concerto dedicado ao álbum Alepo e Outros Silêncios, de Luís Tinoco, interpretado por vários vencedores do Prémio Jovens Músicos da Antena 2. Domingo, 18 de Dezembro, às 21:30 horas, no Teatro Miguel Franco, em Leiria.

Traz a Leiria Alepo e Outros Silêncios, que é também um comentário sobre o mundo em que vivemos.
A peça que dá o título ao disco chama-se “Alepo” e outras são peças que lidam com a ideia de silêncio, não necessariamente numa perspectiva tão política, mas no sentido de uma expressão mais nostálgica, de uma música mais silenciosa, com mais espaços, em alguns aspectos até um bocadinho mais estática, por oposição a uma velocidade e a um ritmo que vivemos no nosso dia a dia, que é muito acelerado. Esta é uma música que convida a parar para ouvir. “Alepo” é um trio de clarinete, violino e piano que me foi encomendado pelo Schostakovich Ensemble, do pianista português Filipe Pinto-Ribeiro, para um concerto em que o título ia ser Crossings, e, portanto, essa ideia de transversalidade, de cruzamentos, estava implícita. Cruzamento cultural, geográfico, ir buscar influências eventualmente de outras tradições que não a tradição habitual de música erudita europeia, que podiam ir desde o jazz às músicas do oriente. Escolhi o tema Alepo porque é um drama que vivemos, as pessoas deslocadas, as migrações forçadas, a fuga à procura de alguma salvação possível. A palavra crossings não no sentido de cruzamentos musicais mas de travessia. O que inspira essa peça são as pessoas que se metem em barcos para atravessar o Mediterrâneo para tentarem salvar a sua vida na Europa.

O concerto é uma iniciativa da Leiria Cidade Criativa da Música na rede Unesco e assinala o Dia Internacional dos Migrantes. Que lugar ocupa a música na relação com o tema dos migrantes e dos refugiados?
Em várias peças que tenho escrito ao longo dos anos tenho sentido o impulso de que aquilo que faço seja o reflexo das coisas que vou vendo, porque tudo o que vivemos, tudo aquilo que escrevemos, por mais que queiramos estar imunes ao que nos rodeia, pode ter um significado político, porque nos posicionamos em relação às coisas e somos afectados por elas. A música pode posicionar-se em relação a isso. Não sei, no contexto de se gravar uma música, de se escrever e de ela ser tocada em público, qual é o verdadeiro impacto, no sentido de melhorarmos as coisas que nos deixam preocupados. Num mundo ideal, eu gostaria de pensar que sim, que é possível, ao falarmos sobre as coisas e ao propormos uma cultura de reflexão, que isso contribua para um estado de alerta e para uma partilha de preocupações que acho que temos de ter.

Qual é o estado de espírito dominante neste disco?
É um estado reflexivo, no sentido de convidar o público a fazer uma escuta atenta, a parar para ouvir. Muitas vezes ouvimos música enquanto fazemos coisas e isso obviamente que é possível para determinado tipo de produção musical, que resiste a essa escuta passiva, e eu não tenho nada contra, não estou a fazer nenhuma crítica, mas acho que também é preciso haver uma escuta activa e às vezes para se ouvir o silêncio é preciso escutá-lo, parar para ouvir. Isso tem implicações que tanto podem ser lidas nessa perspectiva mais social, da mensagem que está aqui incorporada nesta peça, “Alepo”, mas também pode ter implicações numa perspectiva meramente musical, de um músico, da fruição da obra, do som da música, de as pessoas serem um bocadinho mais generosas e sentarem-se para ouvir, que é uma coisa que acho que acontece cada vez menos. Paramos para ler um livro mas raramente paramos para ouvir música.

Vai apresentar obras escritas entre 1998 e 2021.
São quase todas mais recentes, da última década. Acontece que há uma das peças no disco que é de 1998, chamada “Lugares Esquecidos”, que tem, principalmente no último andamento, um carácter, uma poética que tem a ver, do ponto de vista estético, com o resto da música que reuni neste disco. A razão porque fui desenterrar, entre aspas, uma peça tão antiga, é porque há ali uma afinidade, uma certa nostalgia, que já aparecia em algumas peças minhas do final dos anos 90 e que depois durante algum tempo estiveram menos presentes porque eu escrevia uma música essencialmente mais rítmica, mais agitada. A fase em que estou agora, como se vê pelo meu discurso, é uma fase mais calma, mais estática.

Há quanto tempo não eram apresentadas obras suas em Leiria?
Tenho tido algumas coisas tocadas, às vezes em contexto académico, a música de câmara que é tocada ao vivo muitas vezes nós nem sabemos, mas sei que ao nível das classes dos alunos dos conservatórios algumas peças têm sido tocadas. Um concerto em que a minha música esteja em foco, em Leiria, é a primeira vez. Tenho estado presente de uma forma relativamente superficial, com algumas peças integradas num programa ou noutro de concertos com vários compositores. Espero que não seja a última. Todas as pessoas que participam no disco são laureados do Prémio Jovens Músicos, de gerações diferentes. Os intérpretes são de grande nível, todos eles.

Mantém-se ligado a Leiria?
Mantenho uma ligação forte a Leiria, do ponto de vista afectivo. Costumo dizer que sou um leiriense de segunda geração, mas, na realidade, não é uma piada, é verdade, tenho de facto essa ligação com a cidade que começa com a minha avó Carlota. Os meus avós eram duas pessoas que tiveram uma ligação muito forte à cidade e à vida cultural da cidade e eu precisamente comecei a estudar música com a minha avó Carlota, foi a minha primeira professora de piano. A minha tia, irmã da minha avó, foi professora de ballet em Leiria muitos anos. Quando eu era miúdo, às vezes a minha avó ia acompanhar as alunas de dança ao piano – a minha avó na esperança de que eu fosse ouvir os ensaios pela música, na realidade, eu ia a Leiria por causa das brisas do lis. Há um período em que estou menos presente. Depois, quando a cidade de Leiria começou a interessar-se pelo trabalho do meu pai como artista plástico [José Luís Tinoco] e a apresentá-lo em exposições, tenho estado sempre presente, até muitas vezes em representação do meu pai. Estive por causa de uma homenagem que foi feita à minha avó, portanto, os meus antepassados próximos levam-me a Leiria por várias razões e com regularidade.

E acompanha a área da música e da formação de músicos em Leiria?
Sim, e uma das coisas que me deixa feliz é ver que há de facto uma intensificação, inclusivamente, na parte da música erudita e da música jazz. Claro, o festival Música em Leiria já acompanho há alguns anos e é um festival em que já tive música minha tocada. Através do Prémio Jovens Músicos temos uma parceria com o Orfeão de Leiria no sentido de que os laureados possam ser apresentados em concertos, mantenho também essa ligação profissional enquanto promotor. Vejo com muita felicidade a direcção e o rumo que a música tem tido em Leiria. Quem é leiriense sabe, mas a nível nacional [também] é mais do que sabido e reconhecido, o trabalho de formação musical a nível das camadas mais jovens, que tem sido feito, não só na cidade de Leiria, mas em outras cidades circundantes, que tem sido excelente. É uma zona do país que tem produzido grandes talentos.

Etiquetas: ConcertosLeiriaLuís Tinoco
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