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Home Economia

Maçã de Alcobaça sustenta inovação e novos negócios

Raquel de Sousa Silva por Raquel de Sousa Silva
Março 26, 2019
em Economia
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Maçã de Alcobaça sustenta inovação e novos negócios
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Foi há 25 anos que a Maçã de Alcobaça obteve a qualificação de Indicação Geográfica Protegida (IGP), reconhecimento que viria a mudar o panorama da fruticultura na região.

Duas décadas e meia depois, é reconhecida a notoriedade da marca, que tem dinamizado o aumento da produção (mais qualificada), o surgimento de novos fruticultores, novos negócios e produtos inovadores.

“O projecto acabou por trazer diferenciação e uma identidade às nossas maçãs. Hoje vendemo-las certificadas como produto que gera confiança para quem consome e para quem produz”, aponta Jorge Soares, presidente da Associação dos Produtores da Maçã de Alcobaça (APMA), entidade gestora da Indicação Geográfica Protegida.

Mas o caminho foi feito de “muitos altos e baixos”, num percurso que se iniciou ainda antes da obtenção da IGP, quando os produtores perceberam a necessidade de se associarem para “terem futuro”.

Quando os fruticultores se juntaram para obter a IGP havia três organizações de produtores: Mercoalcobaça, Frubaça e Cooperativa Agrícola de Alcobaça.

“A gestão da IGP foi atribuída à entidade que mais produtores integrava, que na altura era a cooperativa. Só que esta era também uma parte do processo, era utilizadora. Rapidamente tivemos de corrigir isso”.

A percepção de que as coisas não estavam a funcionar como esperado, a par do “processo complicado” que a cooperativa entretanto enfrentou, precipitaram a necessidade de criar uma nova entidade que pudesse fazer a gestão da IGP.

Foi então iniciado o processo de constituição da APMA, agora já não só com entidades do concelho de Alcobaça, mas também de outras da área geográfica abrangida, nomeadamente de Porto de Mós, Óbidos e Caldas da Rainha. A associação arrancou em 2001, com oito organizações de produtores e dois agrupamentos de empresas.

Ao mesmo tempo, “entendeu-se que se devia dar o grande passo de criar uma imagem colectiva”. Com isso, os resultados começaram a surgir.

“Foi o grande salto, a grande diferenciação, não apenas do produto, mas também no modo de abordar o projecto”, reconhece Jorge Soares. “Conseguimos convencer-nos todos que trabalhar para uma marca colectiva era melhor do que cada um trabalhar individualmente com a sua marca”.

Lidl, maior vendedora de Maçã de Alcobaça

O arranque da marca colectiva “foi forte” e a Maçã de Alcobaça chegou a estar disponível nas 13 marcas de supermercados que então operavam no mercado nacional. Mas a tendência de concentração da grande distribuição e a prioridade que em certo momento esta passou a dar à marca própria abriram portas a um novo paradigma e a Maçã de Alcobaça viveu “alguns anos difíceis”.

A dada altura percebeu-se que a opção mais acertada seria “não contrariar” a tendência da grande distribuição e vender-lhe maçã da região, embora não certificada como Maçã de Alcobaça, “embora muitas vezes tivesse de apresentar igualmente o mesmo referencial de qualidade”.

A entidade gestora da IGP não desistiu e foi fazendo um trabalho concertado de promoção da marca junto de várias entidades e de públicos estratégicos, acabando por “conseguir pôr o consumidor a valorizar o produto, muitas vezes a pedi-lo nos pontos de venda e a comprá-lo”.

A Lidl foi em Portugal a primeira a apostar seriamente na Maçã de Alcobaça. A parceria com a APMA tem dez anos e recentemente a associação reconheceu a cadeia de origem alemã como a maior compradora deste fruto.

Na campanha 2017/2018 foi a que mais maçã certificada vendeu: quase cinco mil toneladas, o equivalente a 40 milhões de maçãs, um crescimento de 40% face à campanha anterior. Entretanto, a Lidl começou mesmo a exportar este produto da nossa região para Espanha.

Este ano, “por iniciativa própria”, foi a Sonae quem apostou na Maçã de Alcobaça, marca com a qual passou a vender uma variedade de maçã que antes vendia com marca Continente.

Para esta opção da cadeia de distribuição não será alheio o facto de “haver já indicadores de mercado que apontam que os supermercados que têm Maçã de Alcobaça vendem mais do que os que não têm”, aponta Jorge Soares.

Negócios de 40 milhões de euros

O volume de negócios anual gerado pela produção da Maçã de Alcobaça tem rondado os 40 milhões de euros. A estes junta-se todo o valor criado pelos novos negócios e produtos que ao longo destes anos surgiram ancorados na Maçã de Alcobaça (ver texto ao lado).

Neste momento há mais de 2000 hectares de pomares de produção de maçã certificável. “Dentro de dois anos chegaremos aos 2500 hectares”, acredita Jorge Soares. Há jovens a entrar na fruticultura e a actividade tem-se tornado cada vez mais qualificada.

“Tanto os produtores como os trabalhadores têm de ter formação em várias áreas”. Sem isso, as explorações (que têm de cumprir um conjunto de regras específicas) não podem certificar a fruta que produzem.

Os números “não estão ainda totalmente apurados”, mas a quebra de produção superior a 30% na actual campanha, devido às condições climatéricas adversas, apontam para que a quantidade de maçã certificável não ultrapasse em muito as 40 mil toneladas. Este ano, a exportação não deverá chegar aos 25%. “Quisemos dar prioridade ao mercado nacional”, diz Jorge Soares.

O Reino Unido tem sido o principal mercado, embora registe actualmente alguma quebra, devido à incerteza associada ao Brexit. O Brasil é outro dos mercados que estão a acolher bem esta fruta da região de Alcobaça. Países árabes e Espanha são outros dos destinos onde a Maçã de Alcobaça tem tentado impor-se.

“Se quisermos alinhar os preços pelos dos países produtores nossos concorrentes, temos espaço nos mercados. Mas o que procuramos são mercados que valorizem um pouco mais o produto”, explica o presidente da associação de produtores.

 [LER_MAIS] “A Maçã de Alcobaça é hoje uma das mais valorizadas do país. Se não fosse o processo de certificação, se tivéssemos de nos comparar às maçãs mais baratas, receberíamos pela fruta, no mínimo, 20% a menos”, exemplifica Jorge Soares.

Marca dinamiza novos projectos na região
Consórcio investe 2,5 milhões para produzir alimentos funcionais

Ao longo destes 25 anos de Indicação Geográfica Protegida Maçã de Alcobaça, não só cresceu a produção de fruta, e a sua exportação, como apareceram vários novos produtos e empresas 'à boleia' do dinamismo criado pela marca.

O exemplo mais recente é a Alitec – Alimentos Tecnológicos, em Valado dos Frades, que já está a produzir os chamados alimentos funcionais. Três organizações de produtores do Oeste – Campotec (Torres Vedras), que lidera o consórcio, Frutalvor (Caldas da Rainha) e Narcfrutas (Alcobaça) – juntaram-se e investiram 2,5 milhões de euros nesta nova fábrica de onde vão sair produtos (desidratados e polpas) nos quais a Maçã de Alcobaça é a principal matéria-prima.

A unidade permitirá “escoar a chamada fruta feia, que não se vende. Terá como foco a maçã, mas também outras frutas e legumes servirão de base aos produtos”, explicou ao JORNAL DE LEIRIA Jorge Soares, que é também presidente do Conselho de Administração da empresa.

“O projecto insere-se na lógica da economia circular. Toda a produção da Maçã de Alcobaça passa a ter destino, não haverá desperdício alimentar”. A lógica de aproveitamento da maçã que não pode ser vendida fresca com a imagem colectiva (só a das categorias extra e I podem sê-lo) tem estado na base do aparecimento de novos negócios e produtos na região.

“Há o grande exemplo da Frubaça, cujos sumos são hoje conhecidíssimos, porque foi a primeira empresa na Europa a usar a técnica de pressão a frio. Vendia maçã fresca e os sumos surgiram para aproveitar a fruta não passível de ser vendida em fresco certificada”, lembra Jorge Soares.

“Em boa hora algumas organizações perceberam que saltar para a indústria era fundamental”, aponta o dirigente, explicando que à medida que a produção cresce aumenta a percentagem de fruta 'feia', que os consumidores não querem. Dependendo dos anos, essa percentagem pode variar entre os 10% e os 50%.

À medida que a notoriedade da Maçã de Alcobaça foi crescendo, várias empresas apostaram em novos produtos à base deste fruto, e usando a imagem da marca, resultado de protocolos estabelecidos com a APMA. Há a maçã fatiada vendida no MacDonald's, os purés, as barritas, os desidratados, os doces, os bolos, entre outros.

A Vários Sabores, por exemplo, produz uma tarte de Maçã de Alcobaça e Maçã de Alcobaça assada. Está a preparar uma nova tarte – Rosa de Maçã – a lançar em breve. Marmelada e doce são os dois produtos com Maçã de Alcobaça que a Cister Doce tem no mercado, há cerca de dez anos.

 E a Atelier do Doce produz um bolo rei com esta fruta, também já lá vai uma década. Ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA, todos os responsáveis destas empresas da região admitem que a associação à Maçã de Alcobaça é “sem dúvida uma mais-valia”, por se tratar de uma marca “reconhecida pelo mercado”.

Todos os produtores que queiram usar o nome Maçã de Alcobaça nos seus produtos têm de cumprir várias obrigações: “usar fruta certificada, que pode ser de categoria II, ter uma ficha técnica [do produto] devidamente aprovada e uma unidade de fabrico certificada pelas entidades competentes e devidamente legalizada”, explica Jorge Soares. E o produto tem de ser diferenciador e ter valor-acrescentado.

Apesar de serem “casos isolados”, tem havido situações de “oportunismo”, aponta o dirigente, que diz que já houve situações que levaram anos a resolver. Por isso, agora, e para evitar males maiores, duas vezes por mês a APMA vai junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial verificar se não há pedidos de registo de marcas de produtos associados à Maçã de Alcobaça sem a devida autorização da associação.

Etiquetas: alcobaçaeconomiafruticulturamaça
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