O Ministério da Administração Interna (MAI) decidiu encerrar a discoteca Mandarim, em Leiria, pelo ” prazo máximo de seis meses “, confirmando o fecho provisório feito pela PSP, após uma acção de fiscalização.
Em comunicado, a tutela explica que se trata de uma “medida cautelar” tomada com base na proposta de apresentação pela PSP na sequência dos desacatos ocorridos neste estabelecimento de diversão nocturna .
Segundo o MAI, em causa estão “actos de violência” registados “no interior e no espaço envolvente ao estabelecimento “. O mais recente aconteceu no passado dia 18 de junho , “com agressões a cidadãos por parte de elementos de segurança do estabelecimento “.
O Ministério, tutelado por José Luís Carneiro, decidiu que, “como suporte à decisão”, a PSP apresentou um relatório dos incidentes ocorridos nos últimos três anos naquele local. Foi também ouvido o presidente da Câmara de Leiria , Gonçalo Lopes, que transmitiu à tutela que o último incidente “provocou alarme social” e solicitou “a adoção das diligências necessárias para evitar o perigo de perturbação da tranquilidade, da ordem e da segurança pública” .
De acordo com o comunicado do MAI, a reabertura da discoteca “fica submetida ao cumprimento das medidas determinadas pela PSP para a substituição das condições de segurança no local e do funcionamento normal” do espaço.
O MAI informa ainda que solicitou à Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil que ” examine o cumprimento das normas de segurança contra incêndios ” dos edifícios onde funciona o espaço. Foi também pedido à câmara para verificar ” a evolução da lotação ” prevista à dimensão do espaço , bem como o horário de funcionamento.
Após os incidentes do dia 18, a empresa acolhedora do Mandarim, a Contemplestrela, Lda, veio ao público “repudiar” as agressões e expressar disponibilidade para, em conjunto com as autoridades competentes, estabelecer “um plano de patrulhamento adequado da diversão nocturna na cidade de Leiria, prestando a colaboração e informação necessária”.