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Mais conforto, maior isolamento térmico e acústico, luminosidade e laboratórios modernos presentes no primeiro bloco remodelado surpreenderam toda a comunidade educativa da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, em Leiria, que há mais de 40 anos não sofria obras estruturantes.
O primeiro bloco dos seis que vão ser completamente remodelados está concluído. Olhando só de fora a diferença é logo visível comparando com os edifícios do lado. Quando se entra não há comparação possível com o passado.
“Está tudo igual e tudo diferente”, constata Lara Miguel, vice-presidente da Associação de Estudantes, salientando que as “condições estão espectaculares”. “Apesar de ter acompanhado um pouco as obras, o resultado é surpreendente”, acrescenta Rodrigo Monteiro, presidente da Associação de Estudantes da ESALV.
A mesma opinião tem um grupo de alunas do 11.º ano do curso de Auxiliar de Saúde: “Está muito bonito. O conforto é enorme. Não se sente frio. Ter estas condições nas salas de aula dá uma motivação extra para estudar e até dá gosto vir para a escola”, reforçam.
Das três escolas secundárias da área urbana de Leiria, a ESALV era a única que não tinha tido qualquer requalificação, tendo ficado de fora das intervenções da Parque Escolar.
Nos edifícios o frio no Inverno era difícil de suportar, o que ‘obrigava’ os alunos a levarem mantas para as salas de aula. O calor dos aquecedores – com fraca potência – perdia-se pela falta de isolamento da estrutura. A humidade era visível e havia locais onde a chuva mais intensa entrava. Ainda antes de ter o financiamento garantido, a Câmara de Leiria avançou com o projecto de requalificação, num investimento de cerca de cinco milhões de euros, que prevê “a melhoria dos materiais térmicos e acústicos, a compatibilização do edificado com as exigências de ventilação, climatização e de segurança, a melhoria do ambiente estético e modernização de equipamentos e mobiliário interior”.
Na segunda-feira, o executivo camarário visitou o primeiro novo edifício concluído, onde os alunos já começaram a ter aulas. Gonçalo Lopes sublinha que “as obras desta escola têm um atraso de décadas”.
O presidente da Câmara de Leiria espera abrir outro bloco durante o início do próximo ano lectivo, estando a conclusão total das obras prevista para 2026. “À medida que a obra vai decorrendo vamos libertando espaço novo”, explica, ao sublinhar que o novo edifício, que alberga salas de aula e laboratórios, “não tem comparação” com o que existia.
As intervenções estão a decorrer ao mesmo tempo do que as aulas, cumprindo um plano faseado. Os alunos aprendem em contentores enquanto a intervenção está a ser realizada no seu edifício, que os receberá de novo assim que estiver concluído. “Esta é uma escola muito importante no contexto educativo e as obras vêm corrigir uma grande injustiça educativa. Um terço dos adolescentes tirou os seus níveis de ensino em condições muito degradantes em comparação com as outras duas escolas da cidade. Esta é uma das escolas que também recebe um conjunto de população estudantil que mais necessita de condições para recuperar a igualdade de acesso ao ensino e, sobretudo, de oportunidades”, reforça o autarca.
